quinta-feira, 30 de maio de 2013

Site do Cartão do Cidadão foi invadido

Hackers descobriram a password de backoffice, entraram no site do Cartão do Cidadão (CC) e descobriram que usava uma variante da versão 1.0 da plataforma de gestão de conteúdos Joomla!, lançada em 2005 e, entretanto, descontinuada. Os atacantes, que fizeram a gestão do site durante o passado fim-de-semana, consideraram, segundo a Exame Informática, que esta desatualização é uma «má prática».

Vários especialistas têm, agora, vindo a público pôr em causa os dados que circulam a respeito de cada um de nós, dada a facilidade com que o sistema pode ser invadido.

Os dois sites regressaram ao ativo na passada segunda-feira mantendo, de acordo com a mesma publicação,  vários componentes da versão descontinuada do Joomla!

Segundo a base de dados do site CVEDetails, desde 2005 até à atualidade foram detetadas 94 vulnerabilidades (algumas com grau de perigosidade máximo) nas plataformas Joomla!. O número de vulnerabilidades diminuiu significativamente depois de 2008 (ano em que saiu a versão 1.5).

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Repositório de Boas Práticas de e-Government em Portugal



OBJECTIVOS:

Este questionário pretende efetuar um levantamento o mais exaustivo possível das melhores práticas de administração pública eletrónica em Portugal, por forma a evidenciar o que está feito e o que está por fazer e contribuir para o funcionamento de serviços públicos mais rápidos, mais económicos e de maior qualidade.

RECOLHA DOS DADOS:

Trata-se de uma experiência de "inteligência coletiva" e de "crowdsourcing", para se chegar a um repositório global dos sistemas de informação na administração pública portuguesa.

Por favor recolha previamente todos os dados possíveis offline e só depois conclua o preenchimento online, pois não poderá voltar a editar este formulário depois de concluído.

Poderá no entanto preencher o número de formulários que entender, de preferência sem repetir o mesmo caso. Quando se tratar de uma versão nova de um caso já por si introduzido, alerte-nos nas observações. Iremos posteriormente editar os resultados e abrir um documento partilhado por todos os membros do GR@P interessados, para chegar a um relatório final.

Pode recorrer às várias fontes de informação conhecidas como a Rede Comum de Conhecimento da AMA http://www.rcc.gov.pt, o SIMPLEX, os prémios de boas práticas já instituídos ou recorrer a pessoas que conhecem com maior pormenor as várias aplicações e sistemas de informação nos vários sectores da administração pública portuguesa.

Pode pedir o preenchimento a pessoas relevantes, enviando-lhes o seguinte link https://pt.surveymonkey.com/s/APDSI_GRAP_e-Gov_PT

Para qualquer dúvida, poderá contactar-nos através do mail vidigal.luis@gmail.com

Clique aqui para responder ao questionário

quinta-feira, 23 de maio de 2013

APDSI promove conferência sobre "Privacidade, Inovação e Internet"


A APDSI realizou, a 22 de maio de 2013, uma conferência sobre "Privacidade, Inovação e Internet" na qual estas questões foram abordadas a partir de diferentes perspetivas de análise. A abertura da sessão esteve a cargo do presidente da direção da APDSI, professor José Dias Coelho, que destacou a pertinência do tema face à contradição que os próprios conceitos de privacidade e inovação encerram: "São dois temas em conflito porque a privacidade condiciona a inovação. Este é um tema atual, em ebulição, e enquanto não ficar claro o que está a acontecer vamos continuar a promover o debate".

O engenheiro José Gomes Almeida, coordenador da conferência e membro da direção da APDSI, começou por contextualizar o significado atual de privacidade, dando como exemplo os mapas que existem online com vistas de ruas, ou do Facebook que mostra a nossa história de vida, recordando que já em 2009 a APDSI tinha organizado uma conferência dedicada às "TIC para um mundo mais seguro": "O debate público sobre privacidade na Internet está instalado num novo patamar: no terreno dos valores culturais e comportamentais".

Sendo unânime a opinião de que a consciência global dos cidadãos está a mudar sobre os riscos associados à utilização da Internet, o professor Paulo Veríssimo referiu-se a dois conceitos importantes quando se fala de segurança na web: personalidade e privacidade digitais. "Em breve não ter personalidade digital e como não ter cartão de cidadão mas isso implica que uma boa parte da nossa vida fique algures. E algures para mim, neste contexto, é a melhor tradução de online", advogou Paulo Veríssimo. Os comportamentos de risco por parte dos jovens também mereceram a atenção do professor que lançou o desafio: "O Estado e os juristas têm a obrigação de começar a pensar nisto a sério. A digitalização da sociedade é um caldeirão e a questão que se levanta nesta altura é a quem é que interessa preservar a privacidade e a quem interessa não o fazer. A escrita das leis está virada para as soft matters e não pode ser assim porque no ciberespaço os perigos são muitos", ao mesmo tempo que alertou para a facilidade com que pode ocorrer o roubo de uma impressão digital: "Se a lei não acautelar a robustez do meio utilizado, no campo da biometria, por exemplo, então torna-se ineficaz. Não há nada mais nefasto que más leis; é pior do que leis nenhumas".


Novo regulamento sobre proteção de dados em 2015

Ilustrando o seu ponto de vista, a advogada Magda Cocco contrapôs algum do cepticismo inicial e acrescentou dados referentes à recente Proposta de Diretiva sobre Segurança das Redes e da Informação levada a cabo a 7 de fevereiro deste ano. "Na Europa sempre prevaleceu a privacidade em vez da segurança. Foi o 11 de setembro que passou a consagrar alguns valores de acesso a informação considerada pessoal até à data. Antes dos atentados já havia muita informação que estava retida. Foi o efeito Bin Laden na Europa que levou à criação de um novo pacote legislativo sobre e-privacy", afirmou, considerando positivas as mudanças que se sucederam: "Hoje em dia temos autoridades de proteção de dados em cada um dos Estados Membros. Este novo regulamento reduzirá a burocracia e corresponde à poupança de mais de dois milhões de euros por ano. O pacote legislativo de protecção de dados que está em discussão deverá entrar em vigor em 2015".

Também está previsto um significativo agravamento do valor das coimas a aplicar. O "privacy by design" será um conceito usual a partir de 2015 que implica que a proteção da privacidade e dos dados pessoais esteja incorporada em todo o ciclo de vida das tecnologias, desde a fase inicial de projeto até à sua implantação, utilização e eliminação final.

Perante estas novas regras Magda Cocco defende não pode haver uma lei única a aplicar no mundo inteiro: "É impossível legislarmos algo que circula livremente. Tem que haver uma adequada proteção dos dados com base numa cooperação enorme entre o mundo inteiro. A legislação americana é contraditória nalguns aspetos com princípios europeus, por exemplo".

O impacto da Internet na economia global

A abordagem na necessidade de se equilibrar três dimensões - privacidade, economia e inovação, bem como o papel que os consumidores e as empresas têm de ter, foi feita por Bárbara Navarro, Directora de Políticas Públicas e Assuntos Institucionais da Google para o Sul da Europa. Assim, do ponto de vista legislativo, um dos fatores que deve ser tido em consideração é o custo da regulação e a forma como os padrões locais podem não ser suficientemente eficientes para dar resposta aos desafios globais.
Bárbara Navarro destacou a rápida evolução dos utilizadores de Internet que em 2000 eram 650 milhões e em 2010 já eram dois mil milhões. "O debate da proteção de dados não pode esquecer estes números de pessoas conectadas diariamente em todo o mundo porque falar de proteção de dados também é economia. A Internet é dos poucos setores que pode levar a um crescimento económico com um forte impacto no PIB porque a Internet não é exclusiva aos setores TIC. A economia digital tem impacto nas PMEs, no comércio electrónico, na transformação da Administração Pública, na cidadania e na circulação de dados. Esta é uma grande revolução", expôs a responsável da Google.

A manipulação de imagem foi outra questão que, para José Magalhães, tem de ser punida futuramente com castigos mais severos para os infratores, nomeadamente com responsabilidade disciplinar, civil e criminal. "O equilíbrio é possível" augurou o ex-ministro antes de concluir a sua intervenção fazendo referência à "Lei Carolina Dieckmann", que entrou em vigor no dia 2/4/2013, no Brasil, e considerou crime a invasão de aparelhos eletrónicos para obtenção de dados particulares, com pena de três meses a um ano de prisão e multa.

Coube ao professor Bacelar Gouveia, constitucionalista, encerrar a conferência "Privacidade, Inovação e Internet" com as informações que concretizam o propósito legal por detrás desta discussão. "Estamos numa fase importante de transição em que vamos ter um instrumento normativo no que respeita à proteção de dados pessoais", antecipou.

No encerramento da sessão o constitucionalista recordou o tão falado Artigo 35 da Constituição Portuguesa, que é anterior à da Internet e dos computadores em uso massificado. O Artigo 35 consagra o direito do cidadão à autodeterminação informacional - direito a conhecer dados, à sua eliminação, retificação e a não serem usados sem consentimento. "A Constituição foi excelente na antecipação do futuro na medida", finalizou.

O encontro, que decorreu sob coordenação do Eng.º José Gomes Almeida, teve lugar na Culturgest, em Lisboa.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

APDSI assinala o Dia Mundial das Telecomunicações e da SI dedicado à segurança rodoviária


A Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação assinalou, na sexta-feira, 17 de maio de 2013, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação com uma mesa-redonda sobre o tema "ICTs and improving road safety". 17 de maio é, agora, também conhecido como o Dia Mundial da Internet.

Sendo Portugal um dos países mais desenvolvidos da União Europeia no que diz respeito à Sociedade da Informação, José Luís Almeida Mota, Presidente da Fundação Portuguesa das Comunicações, considera que é fundamental haver uma reflexão sobre as implicações desse desenvolvimento na sociedade: "Com as redes de telecomunicações a crescerem desde os anos 90, fomo-nos esquecendo da altura em que comunicar à distância era falar ao telefone ou mandar telegramas. O desenvolvimento dos últimos 25 anos mudou drasticamente a forma como comunicamos no nosso dia-a-dia".

Carlos Lopes, Diretor de Serviços da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária, começou por fazer um enquadramento que, num contexto de crise, desperta as atenções para o tema deste 17 de maio. Em Portugal, os custos com acidentes rodoviários correspondem a 1,64% do PIB, ou seja, os acidentes de viação tiveram, no estudo apresentado por Carlos Lopes, entre 1996 e 2010, um custo económico e social anual médio que rondou os 2.500 milhões de euros. "Algumas características de personalidade do Ser Humano são mais propensas a causar acidentes. O fator humano intervém em 96% dos acidentes, pelo que podemos dizer que os atos inseguros por detrás da condução podem ser intencionais e não intencionais", revelou o representante da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária.

Como exemplo de intervenção das TIC na segurança rodoviária, Carlos Lopes apontou o controlo automático de velocidade e a sua fiscalização que, desde o momento da infração até à cobrança da multa, é um processo que já está totalmente informatizado, e defendeu um parque automóvel mais moderno como forma de combate à sinistralidade rodoviária.

Pedro Barradas, do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, reforçou como as políticas de promoção e de adoção de novas tecnologias podem contribuir para uma melhoria da segurança rodoviária. Sendo que cerca de 44% das mercadorias são transportadas pela rodovia, a União Europeia tem vindo a investir em normas técnicas harmonizadas. Para o Chefe de Departamento de Normalização Técnica do Instituto, o White Paper 2050 para o transporte na União Europeia, vai trazer mudanças em vários quadrantes da sociedade: "As TIC vão ter um papel fundamental na contribuição para transbordos mais simples e mais fiáveis. As orientações estratégicas também apontam para uma melhoria do consumo energético. A qualidade de vida vai ser medida em função da qualidade do transporte", diz.

"O Papel das TICs na Conceção e Requalificação da Rede Rodoviária Nacional Presente e Futura" foi o tema defendido por António Palma Ramalho, Presidente da Estradas de Portugal. "Não sendo a infraestrutura um elemento essencial da segurança rodoviária, é uma das parcelas do triângulo [infraestrutura | veículo | condutor] que está a enfrentar enormes desafios: redução de fundos, aumento da idade média do parque automóvel e uma gestão da atitude e comportamento do utilizador”, reconhece Palma Ramalho que está, no entanto, otimista quanto ao futuro: “a comunicação veículo-veículo está em estado de maturidade mas precisa de inovar".

Paulo Pereira, Consultor Principal da Direção da Segurança das Comunicações da ANACOM, baseia-se em dados da União Europeia para sustentar que 2500 vidas serão salvas anualmente e a severidade dos ferimentos pode reduzir-se até 15% assim que começar a vigorar a eCall - chamada de emergência (112) feita pelos próprios veículos. "A chamada de emergência é desencadeada automaticamente por sistema específico (IVS) instalado no veículo. É estabelecida uma chamada de voz e é enviada informação relevante para o tratamento da chamada de emergência", explicou Paulo Pereira. Esta medida será harmonizado por toda a União Europeia e a partir de 1 de outubro de 2015 todos os veículos novos deverão ter este equipamento incorporado de série.

Quanto às preocupações com a questão da privacidade, o consultor da ANACOM tranquiliza os mais céticos: "A informação não é rastreada durante todo o tempo de utilização do veículo. A aplicação só é ativada em caso de acidente e os dados ficam na rede apenas durante uma hora. A privacidade é garantida com o fim do tratamento da chamada de emergência".

O encontro culminou com uma mesa-redonda sobre como o mercado e as tecnologias estão a dar resposta às TIC e à questão da Segurança Rodoviária, moderada por Reginaldo de Almeida, Jornalista e Professor Universitário.

Jorge Sales Gomes, da Brisa Inovação, Ana Dias, da Portugal Telecom, Joel Silveirinha, da Cisco e Hélder Alves, da Indra, apresentaram os equipamentos de sucesso desenvolvidos pelas respetivas empresas.

Este dia teve enquadramento na proposta da UIT – União Internacional das Telecomunicações "ICTs and improving road safety" para o ano de 2013. A mesa-redonda da APDSI decorreu na Fundação Portuguesa das Telecomunicações, em Lisboa.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

APDSI discute aplicabilidade do Business Intelligence na Administração Pública



Na sessão de abertura da conferência "Serviço Público Inteligente", que decorreu na quarta-feira, 15 de maio de 2013, no Campus de Campolide da Universidade Nova de Lisboa, o professor José Dias Coelho, presidente da Direção da APDSI, começou por considerar que "é uma grande ousadia falar de serviço público inteligente. O objetivo da conferência é estudar como as ferramentas de Business Intelligence podem contribuir para melhorar o serviço público".

A necessidade de haver independência entre o âmbito político e a gestão da Administração Pública, com maior responsabilização dos gestores e a definição da estratégia de um organismo e da sua implementação, foram apontados como "princípios que marcam a diferença entre o uso das ferramentas de BI e a criação de um sistema de BI", alertou João Catarino Tavares, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) "Business Intelligence" da APDSI.

No entender de João Catarino Tavares, uma democracia mais participada ocorrerá quando o evoluir das questões relacionadas com o Governo e a Administração Pública for divulgado na Internet com acesso disponível a todos os cidadãos. O Biorc (Business Intelligence + Orçamento) foi apontado como um repositório de dados com um conjunto de ferramentas desenvolvidas à medida "onde a informação está integrada e podemos cruzar dados que até hoje estavam estáticos", ressalvou coordenador do GT Business Intelligence da APDSI. O Biorc facilita a elaboração de relatórios dinâmicos com "todo o tipo de análises possíveis e alertas mensais enviados por e-mail que permitem a verificação de um conjunto de dados, o que resulta numa melhoria do sistema de tomada de decisão".

Nesta primeira apresentação percebemos que os recursos humanos são cada vez mais escassos na Administração Pública mas a sua estrutura habilitacional tem vindo a aumentar.

A apresentação de Elsa Cardoso, professora e diretora do Mestrado de Sistemas Integrados de Apoio à Decisão do ISCTE, focou-se nos sistemas de BI voltados para o management para se conseguir perceber as causas de sucesso e insucesso de uma unidade de negócio. Reconhecendo que "é preciso medir para gerir e melhorar, para uma gestão pró-ativa, positiva, que premeia o sucesso e não o desconhecido", a professora sublinhou, ainda, que "há inúmeros dados na fonte da organização que serão integrados num repositório central, o datawarehouse. Mas também é preciso uma camada de exploração de dados que ajuda a perceber quais os que são úteis para as decisões que eu quero tomar. Isso é o que conta ao final do dia". No decorrer da apresentação foram apresentadas diversas formas técnicas de explorar e tirar partido desses dados.

Os instrumentos legais de gestão levados a cabo pelo CEAGP - Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública, que envolve 19 instituições, foram demonstrados por Henrique O'Neill, professor associado do ISCTE. Segundo o professor, o trabalho de formulação da estratégica deve cumprir três fases: a da caracterização do organismo público, a missão comunicacional, o diagnóstico estratégico e o operacional de onde sai uma matriz de prioridades a desenvolver e uma proposta de solução. "Os valores da instituição são pilares fulcrais nos indicadores de desempenho. Os instrumentos legais e de gestão são outros componentes que constituem avaliação para esta abordagem metodológica", resumiu Henrique O"Neill.

José Carlos Ramos, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, concretizou o exemplo bem sucedido em matéria de Business Intelligence da instituição que representa, bem como António Gameiro Marques, Chief Information Officer da Marinha, que também desvendou a experiência daquele organismo do Estado na gestão estratégica de portfolio e de projetos.

A necessidade de gestão da informação de referência também levou à aplicação do Business Intelligence no Banco de Portugal, como ficou demonstrado na apresentação de Manuel Sequeira cuja arquitetura dividiu em negócio, concetual e tecnológica. Os Bancos da Sérvia e da Alemanha estão a procurar adaptar alguns destes processos e experiências portuguesas de BI. "São agregados estatísticos que permitem também agregar o setor ao país", disse Manuel Sequeira para justificar o interesse de bancos estrangeiros na estratégia nacional.

Uma das apresentações que mais questões suscitou entre a audiência foi a de Paulo Rui Oliveira, da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nomeadamente no que concerne aos contribuintes a inspecionar: "Dantes a seleção de contribuintes para inspeção era feita com base em critérios estáticos. Neste momento existe um sistema que permite a criação, gestão e avaliação de critérios de seleção de contribuintes. O cruzamento dessa informação fiscal leva à deteção de divergências e faltas declarativas das obrigações fiscais dos contribuintes". Apesar de alguma contestação, Paulo Rui Oliveira reconheceu a importância da AT combinar conteúdos numa só unidade de informação.

O Portal Base de contratos públicos online, cuja base de dados é alimentada permanentemente pelo Diário da República Eletrónico, plataformas eletrónicas e entidades adjudicantes aos contratos e execução dos mesmos, foi alvo de atenções por parte de Isabel Rosa, atualmente aluna de Doutoramento. O Portal Base recorre ao BI, como explicou Isabel Rosa: "O Business Intelligence é uma ferramenta que nos dá a capacidade de olharmos para o passado e situarmo-nos no futuro".

Nelson Trindade, da SocioSistemas, ressalvou que a questão da mudança em sistemas complexos tem de ser feita através de lógicas fluídas. "Não há preto nem branco, há cinzento muito escuro e cinzento muito claro. Para se fazer a mudança em sistemas complexos temos que ir além do óbvio. As soluções não são contínuas, são feitas em "S", ou seja, nascem, crescem, decaem e morrem. Quem antecipa a nova curva enriquece. Fazer mais e melhor não chega; é preciso fazer diferente", provocou o professor.

O professor do ISEGI, Fernando Bação, concluiu que "o valor da informação aumenta com a sua exactidão", enquanto apresentou um modelo próprio sobre como criar organizações inteligentes.

O Grupo de Business Intelligence (BI) existe desde o último trimestre de 2012, e é composto por elementos da administração pública, professores universitários e representantes de empresas de BI.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Gonçalo Quadros galardoado com Prémio da Sociedade de Informação e Mário Fernandes Costa homenageado a título póstumo



A Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, com o patrocínio das empresas Oracle e CGI e o apoio do semanário Expresso, promoveu, no dia 14 de maio de 2013, mais uma cerimónia de entrega do "Prémio Personalidade da Sociedade da Informação" e "Homenagem a Uma Vida", que se realizou no Hotel Altis Belém, em Lisboa.

Na abertura da cerimónia, o Presidente da Direção da APDSI, professor José Dias Coelho, congratulou-se pela realização da 10ª edição da entrega destes prémios: "Como tenho sempre dito nestas cerimónias, estes Prémios e Distinções pretendem promover a excelência neste domínio de relevância social", lembrou, nesta que terá sido a última cerimónia de entrega de prémios em que participou na qualidade de presidente da Associação.

Mário Fernandes Costa foi homenageado a título póstumo. A vida do Dr. Fernandes Costa está intensamente ligada à história da evolução das tecnologias da informação e comunicação em Portugal e o seu contributo para a melhoria das relações Estado, Sociedade e Empresas é assinalável. "A sua atuação, quer na qualidade de gestor de empresas de sistemas e tecnologias de informação, quer na qualidade de dirigente de organismos do Estado ou de Professor de Cálculo Automático ou Informática, contribuiu decisivamente para a promoção e desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento no nosso país", considerou o professor José Dias Coelho.

Mário Fernandes Costa foi agraciado pelo Presidente da República a 31 de março de 1995 com o Grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito.

Gonçalo Quadros, tem 46 anos e é licenciado em Engenharia Eletrotécnica, ramo Informática, e doutorado em Redes de Computadores pela Universidade de Coimbra. Foi galardoado com o Prémio "Personalidade da Sociedade da Informação" do Ano 2012 por ser "um homem da inovação e do empreendedorismo", destacou o presidente da Direção da APDSI, sem esquecer que esta é "uma vida ainda curta mas cheia de sucesso na sua componente empresarial resultado da sua visão e empreendedorismo".

Gonçalo Quadros recebeu, como lembrança, um quadro com a sua imagem, pintado pelo artista Nuno Viegas. O galardoado felicitou a Associação pela iniciativa: "É muito especial receber um quadro pintado por um artista nosso, é um prémio que me foi atribuído muito generosamente por um caminho que tenho que ser capaz de continuar a fazer. Sinto-me, de fato, orgulhoso pelo júri, pelos homenageados antes de mim e porque vem da APDSI que se tem dedicado à Sociedade da Informação, uma área que é a causa e a consequência desta mudança a que temos vindo a assistir no mundo em que vivemos".

O director-Geral e CEO da Critical Software deixou claro que "o acesso ao conhecimento está a democratizar-se e isso permite-nos tornarmo-nos mais inteligentes e ambiciosos. Com a Sociedade da Informação o Homem cresce e respira melhor. Sociedade da Informação é sinónimo de liberdade".

O evento contou a presença dos vários elementos ilustres que integraram o júri.

Nas edições anteriores foram galardoadas as seguintes personalidades:

- Eng.º Francisco Godinho, Prémio Personalidade 2003;
- Eng.º João Picoito, Prémio Personalidade 2004;
- Prof. António Dias de Figueiredo, Prémio Personalidade 2005;
- Dr. José Magalhães, Prémio Personalidade 2006;
- Prof. José Tribolet, Prémio Personalidade 2007; 
- Dr. João Tiago Silveira, Prémio Personalidade 2008;
- Dr. Vasco Trigo, Prémio Personalidade 2009;
- Eng.º Zeinal Bava, Prémio Personalidade 2010;
- Prof. António Barreto, Prémio Personalidade 2011.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Prémios e Homenagens - Sociedade da Informação 2012



A cerimónia de entrega dos Prémios e Homenagem "Sociedade da Informação", irá decorrer amanhã, dia 14 de maio de 2013, pelas 18h00, no Hotel Altis Belém, na Doca do Bom Sucesso.

Dia 14 de maio | Hotel Altis Belém (Doca do Bom Sucesso).

Programa:

18h00 | Receção dos convidados
18h15 | Boas Vindas Prof. Dias Coelho
18h30 | Atribuição de prémios
19h15 | Cocktail

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A APDSI no Youtube


A APDSI está no Youtube. Veja aqui a versão sintetizada da 15ª Tomada de Posição do Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI, sobre Transparência e Sigilo na Administração Pública - A questão dos dados fiscais.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Olimpíadas Nacionais de Informática (ONI’2013) - Já são conhecidos os alunos que vão à Austrália


Já estão apurados os quatro vencedores das Olimpíadas Nacionais de Informática (Oni’2013), um concurso de âmbito nacional, promovido e organizado pela APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, em colaboração com o Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, destinado aos jovens que frequentam o ensino secundário ou o ensino básico em todo o território nacional.

Os quatro primeiros classificados da final nacional, que decorreu na passada sexta-feira, dia 3 de maio, vão representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Informática 2013, que se realizam de 6 a 13 de julho, em Brisbane, na Austrália. A equipa portuguesa será constituída por Afonso Santos (11º ano do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa), Pedro Silva (11º ano do Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado, de Vila Nova de Famalicão), David Gomes, 12º ano da Escola Secundária Infanta D. Maria de Coimbra e Victor Meriqui (11º ano do INETE - Instituto de Educação Técnica, de Lisboa).

Desde 1992 que Portugal participa neste evento, enviando os seus melhores alunos seleccionados através das Olimpíadas Nacionais de Informática, organizadas pela APDSI.

Os dez primeiros da final vão também ser convidados a representar Portugal no CIIC, o Concurso Ibero-Americano de Informática por Correspondência.

Pode ver a classificação oficial aqui

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Conferência: Privacidade, Inovação e Internet



A APDSI vai realizar uma conferência sobre "Privacidade, Inovação e Internet", na qual estas questões serão abordadas a partir de  diferentes perspetivas de análise.

O encontro, que decorre sob coordenação do Eng.º José Gomes Almeida, vai ter lugar a 22 de maio de 2013, na sala 2 da Culturgest (Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa). A inscrição na conferência é gratuita mas obrigatória através do e-mail secretariado@apdsi.pt.

O debate público sobre a privacidade na Internet está a instalar-se num novo patamar, no qual os alvos se encontram tanto no terreno técnico, como no jurídico, como no dos valores culturais e comportamentais. Isto acontece, sobretudo, porque aumentou a consciência de cidadãos e organizações relativamente aos riscos a que estão expostos os seus valores. Esses valores estão associados à segurança e à estabilidade.

Não há dúvida que é importante discutirem-se as implicações individuais e também as implicações coletivas das mudanças que estão a acontecer neste domínio na Europa e no Mundo. Neste sentido, é importante que se perceba como conjugar a proteção da privacidade com a adaptação aos desafios das novas tecnologias, num contexto em que é igualmente necessária a adoção de medidas para estimular e promover a economia.

Além destes aspetos, o fato de o quadro regulatório nacional mais diretamente relacionado com o tema ter mudado, em resultado da transposição de diretiva da Comissão Europeia sobre ePrivacy (cuja discussão pública foi tímida e insuficientemente promovida pelas entidades públicas), torna oportuna a realização de um fórum com o objetivo de analisar a relação entre privacidade, o direito, a sociedade e a Internet.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

APDSI participa no Dia Mundial das Telecomunicações e da SI 2013 com mesa-redonda sobre "ICTs and improving road safety"


A APDSI junta-se às comemorações do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, a decorrer na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, a 17 de maio de 2013.

Este ano o tema escolhido internacionalmente, e sobre o qual a APDSI organiza a mesa-redonda para assinalar a data, foi "ICTs and improving road safety". Um encontro que tem coordenação do Prof. J. Dias Coelho (APDSI) e do Eng.º José Luis Almeida Mota (FPC).

A APDSI e a Fundação Portuguesa das Comunicações pretendem atribuir a este evento uma relevância que assegure a notoriedade desta efeméride. Assim, à semelhança de anos anteriores, irá procurar dar-se ao Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação a projeção mediática que o papel atualmente desempenhado por estes setores na sociedade portuguesa justamente merece.

Esta mesa-redonda pretende envolver entidades representativas de diversos setores da vida nacional, nomeadamente entidades públicas, empresas e centros de investigação e de desenvolvimento que estejam ligados ao tema das TICs na melhoria das condições rodoviárias ao nível nacional e europeu. O objetivo é debater e esclarecer quais as políticas e os principais eixos de desenvolvimento que estão hoje em curso, bem como as expetativas que se abrem no domínio da melhoria das condições de segurança rodoviária pela via das TICs.

Consulte o programa no sítio na web da APDSI.

O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação comemora-se a 17 de maio, (WTISD - 2013 World Telecommunication and Information Society Day), sendo levado a cabo sob os auspícios da ONU desde 1969.

Internet fez 20 anos



O primeiro site da World Wide Web voltou ao ativo no endereço original, para celebrar os 20 anos da Web.

Foi a 30 de abril de 1993 que o CERN, o mesmo grupo de investigação responsável pela recente descoberta do Bosão de Higgs, decidiu tornar domínio público as tecnologias "escondidas" na World Wide Web, a Internet como ficou conhecida. Sir Tim Berners-Lee decidiu não só levar a tecnologia a público como também torná-la livre de royalties, o que faciltou o seu assombrosamente rápido crescimento.

Para celebrar a data, a equipa do CERN lançou um sítio na web com a história da rede das redes. Os profissionais envolvidos pretendem recolher e preservar todos os bens digitais associados à criação da Web e tornar este espaço um repositório de informações para as gerações futuras.