quarta-feira, 10 de março de 2010

Tecnologia do Dinheiro em época de crise do Euro

O nosso Sistema de Pagamentos (na verdade a face mais visivel da Tecnologia do Dinheiro para a Sociedade Portuguesa desde há mais de 25 anos) é um sistema maioritariamnente baseado em cartões de plástico, agora com chip, utilizando a rede SIBS, (antes rede Multibanco).
Nasceu,cresceu,evoluiu e lá vai fazendo o seu percurso de vida em base serena, com a sua lógica de um bom Modelo de Negócio, utilizando uma tecnologia tradicional e segura, operada por um grupo de profissionais dedicados e garantindo uma grande confiança por parte dos utilizadores diários.
E,principalmente, com a boa actuação tecnológica dos Bancos Portugueses que funcionam bem como bancos comerciais, como banca de proximidade com clientes satisfeitos (Tem dias ...).
Entretanto, enquanto esta tecnologia do dinheiro tem sido um nosso ponto de orgulho nacional, o mundo vai mudando (e a Europa tambem...)neste dominio mas não só.
E ainda que relativamente slow, esta mudança, com o tema da crise a alterar algum do caminho traçado, vai certamente acelerar no pós crise e tambem naturalmente no campo da tecnologia do dinheiro.Como sempre acontece, mesmo que de uma forma um pouco diferente da esperada.
Assim a crise financeira talvez até dê lugar ao FMI europeu.Talvez consolide a SEPA (single euro payments area) e reforce o principio humorístico "tecnologias há muitas seus palermas".Seriedade na sua utilização é que não.

Logo, porque me parece que o tema "Tecnologia do Dinheiro em sentido lato" em Portugal (mas não só, como a crise do Euro evidencia), é um tema que deverá ser discutido na directa relação com a util desmaterialização das transações financeiras e do combate à economia paralela (ainda está o Programa PRODIGI em execução?)em época de PEC e sem perder a necessidade de modernização segura (e não monopolista mesmo que temporariamente), o "Sistema Multibanco" tambem terá de mudará (ou talvez não dirão alguns sábios dos que sabem sempre tudo).
E tal como acontecerá com o Banco de Portugal, a mais curto prazo. Por "cause" evidente.
É claro que pode sempre fazer-se como a Coca Cola fez quando lançou com a Nestlé o Nestea.Aliar-se.Mas sempre e só no negócio das bebidas...ou tambem no do dinheiro (sob qualquer forma, para comprar bebidas?
A questão aqui está em saber se há ou não novo paradigma em aberto para cross production e cross selling, com novas tecnologia do dinheiro em sentido lato.Como bem viu o criativo dono do grupo Virgin noutras áreas ligadas à tecnologia do dinheiro.

Mas como e porquê, é que é a grande questão!E é também a razão porque aqui a coloco, com justificação simples: o comportamento dos clientes vindouros e actuais (pessoas,familias,empresas num contexto Euro cheio de problemas)face a um "cartão bancário", já não estarão para grandes " temas de chip ou não chip", máquina ou não máquina", mas para outra formas tecnológicas seguras de "receber ou pagar" em que o controlo interactivo do processo "seja tão natural como a sua sede".E isso até vai aparecendo.

As alterações para os pagamentos, por exemplo, que ainda estão demasiado no dinheiro vivo, exactamente como eram para os nossos pais vão ou não mudar?
E esta crise poderá criar condições para repensar bem o tema?
Ou só depois de o Euro estabilizar se pode pensar bem no tema?
E como ultrapassar muitas das utilizações tradicionais dos cartões financeiros / bancários, como o que já está a acontecer no campo dos social media systems?

Aqui deixo link para artigo da revista Wired, para lançar o debate (para simples cidadãos que pagam e por vezes não recebem) e que se orgulham, dos êxitos portugueses (como o do sistema Multibanco) mesmo que sejam por vezes mais "rosé " do que puro tinto ou branco na SICSS.
E, no caso Europeu, face à necessidade de salvação do Euro, para já, como dizia o saudos Vasco Santana o " tema é politicamente palheto".
Mas será "carrascão" tecnológicamente falando?

http://www.wired.com/magazine/2010/02/ff_futureofmoney/

FVRoxo

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