quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Prémios "Personalidade da Sociedade da Informação" e Homenagem a "Uma Vida"


                                                          

A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação - tem o prazer de anunciar os galardoados com os Prémios "Personalidade da Sociedade de Informação" e Homenagem a "Uma Vida" em 2012.


Gonçalo Quadros, tem 46 anos e é licenciado em Engenharia Eletrotécnica, ramo Informática, e doutorado em Redes de Computadores pela Universidade de Coimbra.

Iniciou a sua carreira num projeto de sistemas de informação do Banco Espírito Santo (BES), em 1986, ainda enquanto concluía a licenciatura. Um ano depois entrou para o centro de formação da EDP, de onde saiu três anos mais tarde para criar o primeiro sistema de informação para uma fábrica de papel, para a Soporcel. Em 1993 ganhou uma bolsa para frequentar o doutoramento e foi contratado para dar aulas nas universidades de Coimbra e de Aveiro.

Em 1998 fundou com colegas do doutoramento a Critical Software, empresa de que é Diretor-Geral e CEO. A empresa tem sede na Zona Industrial do Taveiro, em Coimbra, e Centros de Engenharia em Lisboa e Porto. Tem subsidiárias em San José (EUA), Southampton (Reino Unido), Bucareste (Roménia), São José dos Campos (Brasil), entre outras.

Mário Fernandes Costa, homenageado a título póstumo. A vida do Dr. Fernandes Costa está intensamente ligada à história da evolução das tecnologias da informação e comunicação em Portugal e o seu contributo para a melhoria das relações Estado, Sociedade e Empresas é assinalável.

A sua atuação, quer na qualidade de gestor de empresas de sistemas e tecnologias de informação, quer na qualidade de dirigente de organismos do Estado ou de Professor de Cálculo Automático ou Informática, contribuiu decisivamente para a promoção e desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento no nosso país. Licenciado em Ciências Matemáticas e em Engenharia Geográfica em 1947 e 1948, respetivamente, pela Faculdade de Ciências de Lisboa, entrou no mundo da informática em 1954, ao ingressar nos quadros técnicos da TAP, onde começou a interessar-se pelo cálculo automático, no desempenho das funções de matemático do Gabinete de Estudos do Serviço de Operações.

Em 1975 foi nomeado diretor dos Serviços Mecanográficos do Ministério das Finanças, onde desempenhou um papel proeminente na reestruturação destes Serviços.

Em 1978 cria o Instituto de Informática tendo sido o seu primeiro Presidente e é nestes serviços que desenvolve o maior Centro de Processamento de Dados da Administração Pública, ao mesmo tempo que introduz uma dinâmica inovadora de gestão nas carreiras de informática.

Mário Alberto Fernandes Costa foi agraciado por S. Exa. o Presidente da República em 31 de março de 1995 com o Grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito.

A seleção foi efetuada por um Júri, formado por personalidades de reconhecido mérito e idoneidade, com a seguinte composição:
- Prof. J. Dias Coelho, Presidente da APDSI, que presidiu
- Eng.º Francisco Maria Balsemão, Administrador da Impresa;
- Eng.º. Vitor Rodrigues, Director-Geral da Oracle Portugal:
- Eng.º José Carlos Gonçalves, Presidente da Logica;
- Eng.º Paulo Neves, Presidente da AMA;
- Prof. Pedro Carneiro, Executive Board da FCT
- Dr. Pedro Norton, Presidente da APDC
- Eng.º Francisco Godinho, Prémio Personalidade 2003;
- Eng.º João Picoito, Prémio Personalidade 2004;
- Prof. António Dias de Figueiredo, Prémio Personalidade 2005;
- Dr. José Magalhães, Prémio Personalidade 2006;
- Prof. José Tribolet, Prémio Personalidade 2007;
- Dr. João Tiago Silveira, Prémio Personalidade 2008;
- Dr. Vasco Trigo, Prémio Personalidade 2009;
- Eng.º Zeinal Bava, Prémio Personalidade 2010;
- Prof. António Barreto, Prémio Personalidade 2011.

Com estas distinções, que contam com o patrocínio da Oracle e da Logica - CGI e com o apoio do semanário Expresso, a APDSI pretende realçar a ação daqueles que mais contribuíram para a prossecução dos objectivos da Associação, nomeadamente a promoção e dinamização de projectos de relevância pública no âmbito da Sociedade da Informação em Portugal.

Estes prémios deverão ser entregues durante o mês de janeiro de 2013, em data e local a designar, contando novamente com o patrocínio da Oracle e da Logica e o apoio do Jornal Expresso.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

IT4Legal 2013



A 24 de janeiro de 2013 vai realizar-se a 2ª edição do IT4Legal Forum.
O encontro, no qual vão ser debatidos temas como a cloud e a gestão do risco, gestão do conhecimento, ou estratégias colaborativas, decorre na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Auditório Agostinho da Silva - no Campo Grande, em Lisboa.

Este fórum é organizado por gestores TI de sociedades de advogados que criaram este espaço de debate para analisar questões e desafios comuns ao nível da tecnologia, com o objetivo de promover o uso das Tecnologias de Informação nas sociedades de advogados portuguesas.

A inscrição para o fórum é gratuita e deve ser feita através do site. O grupo de trabalho promotor do IT4legal foi criado com o objetivo de promover a partilha de informação e a colaboração entre quadros TI da área legal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

World Conference on Computers in Education



A Universidade Nicolaus Copernicus, de Torun, e a Sociedade de Processamento de Informação da Polónia, em cooperação com a IFIP TC 3 (Comité Técnico - Informática na Educação) vão organizar a 10ª Conferência Mundial sobre Computadores na Educação.

O evento vai decorrer em Torun, na Polónia, entre os dias 2 e 5 de Julho de 2013, e é aberto a associações e empresas, bem como a cidadãos individuais.

Trata-se do congresso mais importante do TC3 da International Federation for Information Processing.

Para mais informações veja o site oficial da conferência.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Será que a "Água" e o "Azeite" se podem misturar na Administração Pública?

É incrível como a generalidade dos políticos de sucessivos governos e até alguns académicos de referencia acreditam e propagam para a sociedade que o cumprimento e o respeito pela lei, que deve orientar os valores e a ação dos serviços públicos, não se mistura com a boa gestão, como se se tratasse de água e azeite. Ou seja parece que na administração pública existe uma incompatibilidade natural entre o “Princípio da Legalidade” e a “Boa Gestão”.
Esta atitude fatalista e preconcebida baseada em crenças conduziram o país a um descalabro institucional em que para se ser bom gestor na administração pública se tem de ser “fora da lei”. A criação descontrolada de institutos, agências, fundações e entidades empresariais é um testemunho desta fuga à lei e aos mecanismos de controlo próprios de um Estado democrático.
Deixem-me usar uma metáfora, pois sou um alentejano que sabe como a água e o azeite se podem misturar numa boa açorda se tivermos outros ingredientes adequados como o alho e os coentros. Na cozinha mediterrânica esta mistura saudável do azeite e da água é reconhecida em todo o mundo.
Também na administração pública é urgente acabar com este preconceito e a crença de que não pode haver boa gestão com legalidade e que é possível ter uma Governance que respeite os princípios do serviço público e da democracia.


Dependência e custos do outsourcing na Administração Pública e não só

A estratégia do atual governo parece contrariar todos os princípios e boas práticas de contratação externa de sistemas e tecnologias de informação (SI/TI). A gestão do outsorcing no Estado, suportada por algum “apoio espiritual” académico mal informado e deslumbrado pela ribalta política e mediática, está a seguir o caminho contrário ao que os maiores especialistas na gestão do outsourcing e que o próprio bom senso recomendam.
O Estado está a entregar e a centralizar em fornecedores e em produtos únicos sistemas de baixa especificidade de negócio (“pão com manteiga”) e em que existe muita oferta e diversidade de produtos e competências técnicas no mercado, como é o caso da gestão financeira, dos recursos humanos e dos recursos patrimoniais (ERP) e ainda da gestão documental, entre outros.
Esta entrega a fornecedores únicos de sistemas em que existe muita oferta e concorrência no mercado poderá ter uma redução de custos no curto prazo por razões de escala, mas conduz a médio e longo prazo a uma captura por parte dos fornecedores escolhidos e a uma dependência do Estado que irá com toda a certeza degenerar em custos finais muito mais elevados (TCO) e a uma perca de soberania a que nenhum país do mundo pode estar sujeito.
Dar o “pão com manteiga” a fornecedores únicos é um erro básico e de quem não sabe o que é gerir outsourcing. Trata-se de “commodities” ou de produtos de alto consumo em que se tem de apostar sobretudo em normas e mecanismos de interoperabilidade entre eles. Como recentemente recomendou Andrea di Maio do Gartner "Slow down on centralization. Re-empower agencies by focusing on commoditization and interoperability".
Bem basta os constrangimentos a que estamos sujeitos na dependência de maior longo prazo e no aumento de custos no outsorcing de sistemas que têm baixa oferta no mercado e de grande especificidade, como os sistemas fiscais, de segurança social, de justiça, de defesa e segurança interna, etc. Trata-se de “pratos gourmet” a que o Estado deverá ter a maior atenção, podendo nalguns casos reservar para si o controlo soberano ou até ter uma estratégia deliberada de insourcing com recursos técnicos e humanos próprios.
Esta quadro foi apresentado numa conferencia que efetuei há mais de 10 anos, e parece-me que está perfeitamente atualizado.


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

APDSI avalia impacto das TIC no setor da Saúde


As oportunidades criadas e os desafios que o futuro apresenta em virtude da aplicação das novas tecnologias à área da Saúde foram ontem alvo de discussão na conferência realizada, pelo terceiro ano, pela APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação.

"As TIC e a Saúde no Portugal de 2012" decorreu poucos dias após a Comissão Europeia ter aprovado o Plano de Ação eHealth 2012-2020 (a 7 de dezembro).

Henrique Martins, Assessor do Secretário de Estado da Saúde, começou por salientar que os tempos de dificuldades económicas que atravessamos estão a provocar um crescente interesse do Governo pelas tecnologias da saúde. "A evolução tecnológica é normalmente o que pressiona a legislação, a própria política não sabe da tecnologia; esta é trazida pelo setor académico e privado à mesa da discussão da necessidade", começou por clarificar.
Tendo o setor académico, civil e privado o dever de apresentar as novidades tecnológicas para se avaliar a sua melhor utilização, precisam, contudo, de regulação para chegarem a bom porto e trabalharem em conjunto. 2011 foi um ano de mudança política e, portanto, de alteração nos setores de TIC (Tecnologias para a Informação e Comunicação) com presença no Sistema Nacional de Saúde "com a priorização dos serviços partilhados (compra centralizada, plano estratégico de saúde e a criação do GPTIC - Grupo de Projeto para as Tecnologias de Informação e Comunicação)". Com esta evolução, “tem havido uma tensão natural entre programas para o cidadão e para os profissionais de saúde; tem havido uma espécie de competição entre estes dois”, afirmou Henrique Martins.

No alinhamento europeu, Portugal tem tido um desempenho considerável, desde iniciativas privadas que se estendem pela União Europeia, até áreas públicas e académicas. "Somos vistos como um país homogéneo, como um país com boas tecnologias para a saúde", concluiu o Assessor do Secretário de Estado da Saúde.

Quanto ao futuro, passa, de acordo com este orador, pela poupança em custos e em investimento nas TIC, também pela aposta, no caso português, no turismo de saúde e pela normalização de todos os sistemas já implementados.

Rui Vilar, embaixador do Global eHealth Ambassadors' Program, salientou a importância das TIC na melhoria da prestação dos cuidados de saúde, nomeadamente nas campanhas de natureza preventiva e na construção de bases de dados. "As diferentes TIC funcionam como auxiliar de leitura de diagnósticos e contribuem para a atualização científica e técnica dos agentes da saúde", afirmou.

Rui Vilar apresentou as evoluções na área da eHealth e os seus diferentes protagonistas (embaixadores) ao longo dos anos, estabelecendo como objetivo futuro do projeto a angariação de mais mulheres para o seu seio. O embaixador do Global eHealth Ambassadors' Program alerta para a preocupação que deve existir com o ambiente das práticas dentro das quais as TIC podem cooperar para melhorar os resultados. Este ambiente varia consoante a região e o país, por isso, os modelos organizacionais são diferentes e têm que ser adaptados ao respetivo ambiente. "O uso do telemóvel estará na linha da frente, juntamente com a Internet. O potencial da eHealth pode permitir o desenvolvimento noutros domínios educativos como a educação ou o comércio. Os pobres precisam, não só de mais saúde, mas de uma vida melhor", preconiza Rui Vilar.

Gonçalo Oliveira, Diretor de Consultoria Empresarial da Portugal Telecom, apresentou diversas estatísticas que apontam para crescimentos significativos na área dos smartphones e tablets o que, complementado pela voz, faz com que passemos a ter mais do que um simples cartão de telefone. "Já ninguém tem um telemóvel só para fazer chamadas. Estamos a aproximar-nos de uma utilização massiva, se o combinarmos com tecnologias cloud, que têm que proteger os dados dos utilizadores deste tipo de solução", observou Gonçalo Oliveira.
Com base em estatísticas apresentadas na conferência, concluiu-se que há vários dispositivos móveis que vão passar a fazer parte da saúde como componentes fundamentais de todo o processo. "Os dispositivos móveis e biossensores estão a alterar a forma como gerimos a nossa saúde e os utentes já interiorizaram que a tecnologia está nas suas mãos", referiu.

Henrique Martins voltou a falar sobre as seis grandes áreas de intervenção plasmadas na "Agenda Digital 2015 Europa e Portugal": investigação e desenvolvimento, iliteracia, qualificação e inclusão digital, acesso à banda larga e mercado digital, combate à fraude e evasão fiscais contributivas e prestacionais, resposta aos desafios societais, empreendedorismo e internacionalização do setor das TIC.

A Comissão Interministerial para a Agenda Portugal Digital elabora anualmente um relatório de progresso conseguido. Até 2015 pretende-se que seja feita uma consolidação da infraestrutura de suporte ao Sistema de Informação da Saúde, que seja implementada a plataforma de dados de saúde e que haja um aprofundar da prescrição e requisição eletrónica desmaterializada permitindo um maior desenvolvimento dos serviços de proximidade digital.

Coordenada por Helena Monteiro, docente universitária e investigadora no Centro de Administração e Políticas Públicas, a conferência teve por objetivo tornar públicas as atividades que estão a ser aceleradas depois da adoção das TIC nas questões relacionadas com a Saúde, dando a conhecer a situação de Portugal no atual quadro político e económico.
A iniciativa foi desenvolvida em articulação com entidades do Ministério da Saúde, entidades prestadoras de cuidados de saúde públicas e privadas, com instituições universitárias e com fornecedores de soluções e tecnologias.

A conferência realizou-se no Auditório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.

domingo, 9 de dezembro de 2012

ALAN TURING - Conferência


«O ano de 2012, que assinala o centenário do nascimento de Alan Turing, tem sido celebrado por todo o mundo. Considerado o pai da informática, Turing foi um cientista brilhante, cuja obra teve um impacto preponderante no desenvolvimento do século XX, quer em termos científicos, quer em termos históricos na defesa da sociedade moderna.
No dia 11 de dezembro, a Fundação Calouste Gulbenkian acolhe um simpósio, organizado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, para celebrar o centenário de Alan Turing e discutir o seu legado. Entre os palestrantes convidados encontram-se Sidney Brenner, laureado com o Prémio Nobel em Fisiologia e Medicina em 2002, o escritor David Leavitt, e os investigadores Luís Rocha (Instituto Gulbenkian de Ciência e Indiana University), António Machiavelo (Universidade do Porto) e Christof Teuscher (Portland State University).
A conferência “The Alan Turing Centenary Symposium” tocará vários aspetos da obra de Turing: Informática, Biologia, Matemática, Ciência Cognitiva, Criptografia, História e Sociedade. Este evento procura envolver a sociedade portuguesa num diálogo sobre a vida e o trabalho de Turing».
Mais

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ciclo de vida dos documentos é preocupação fundamental para a APDSI

A APDSI realizou ontem a conferência "Gestão Documental na Administração Pública" que juntou na Torre do Tombo, em Lisboa, vários oradores com créditos dados na área da informação e gestão documental na Administração Pública que concluíram que o ciclo de vida dos documentos é, hoje em dia, uma preocupação fundamental.No atual contexto económico de Portugal, a redução de custos foi o ponto de partida para a discussão e a questão dominante na apresentação de Luís Vidigal, da Direção da APDSI, que questionou a boa aplicabilidade dos investimentos já feitos na área da gestão documental na Administração Pública. "É preciso repensar as organizações para tirar partido das ferramentas", advogou.

Estando os conteúdos da sociedade em geral cada vez mais complexos, Luís Vidigal alerta para a necessidade do Estado saber escolher os produtos que melhor obedecem às normas mais relevantes na matéria da gestão documental da administração pública para que "se preservem os nossos ativos e se evolua na tecnologia sabendo que processos e dados estão protegidos".

Enquanto alertou para o facto de muitos documentos de bibliotecas e arquivos se estarem a perder, Luís Vidigal notou ainda que está a verificar-se uma politização excessiva dos ministérios que estão a ser absorvidos por aquilo que é o próprio Governo. "Porque não criar uma identidade que permaneça para além de uma legislatura?", desafiou este membro da Direção da APDSI, concluindo que "é preciso distinguir custo de investimentos e a gestão documental é uma área urgente. Vamos ter que fazer mais com menos, ou seja com menos tempo e menos custo, aumentar a qualidade e remover as arbitrariedades".

Maria João Marques, Gestora de Projeto na AMA - Agência para a Modernização Administrativa, apresentou as várias medidas em curso com vista a uma melhor gestão documental. Na origem da criação de um grupo de trabalho nesta área está a proliferação de plataformas e soluções díspares que foram trazendo dificuldades na integração de informação entre si. O grupo de trabalho da AMA tem por objetivo uma orientação e redução de custos nas TIC, tendo como finalidade um estímulo ao crescimento económico através de uma reorganização das tarefas.

A resposta da DGLAB - Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, assenta na metainformação para a interoperabilidade. "A ideia é que para a informação poder ser utilizada e reutilizada tem de haver interoperabilidade técnica e semântica", ressalvou Pedro Penteado, Diretor de Projeto de Desenvolvimento da Macroestrutura Funcional. Para tal, 34 entidades aderiram voluntariamente ao programa PAEIS - Programa Administração Eletrónica e Interoperabilidade Semântica e aceitaram o compromisso de adotarem instrumentos comuns de interoperabilidade.

A segunda metade da conferência foi reservada à apresentação de casos de sucesso na área da desmaterialização de processos e gestão documentação na Administração Pública. Um deles foi trazido pela EPAP - Entidade de Serviços Partilhados na Administração Pública. Gonçalo Caseiro, Vogal do Conselho Diretivo da ESPAP, destacou as iniciativas levadas a cabo pelo Ministério das Finanças na área da gestão documental. "Entre reformas, desafios e iniciativas aqui temos boa gestão pública que deu resultados", afirmou.

Foi, ainda, a presentado o caso da Polícia Judiciária (onde apenas falta criar interoperabilidade com o Ministério Público) e do Sistema de Gestão Documental do Exército.

A conferência terminou com a apresentação do livro "Gestão Documental na Perspetiva do MoReq 2010" da autoria de Rafael António.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

AP obrigada a cumprir com regras de acessibilidade

A Comissão Europeia apresentou uma proposta que visa introduzir uma diretiva que imponha regras de acessibilidade aos sites Web de serviços públicos essenciais nos vários países da União Europeia. Se a proposta for aprovada, a partir do final de 2015 cerca de 12 categorias de serviços públicos online terão de cumprir, obrigatoriamente, um conjunto de normas de acessibilidade obrigatórias.

Em comunicado, a CE esclarece que os serviços online abrangidos por esta obrigatoriedade vão desde a segurança social, saúde, procura de emprego, inscrição em universidades e emissão de documentos pessoais e certificados, por exemplo.

A proposta foi apresentada no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de Dezembro) e os responsáveis acreditam que irá beneficiar mais de 100 milhões de cidadãos da União Europeia, nomeadamente os 80 milhões de cidadãos europeus com deficiência e os 87 milhões de europeus com mais de 65 anos de idade.

Na apresentação da proposta de diretiva, Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia, sublinhou que "estamos, praticamente todos, dependentes, de uma forma ou de outra, do acesso à Internet no nosso dia-a-dia e temos, todos, direito à igualdade de acesso aos serviços da administração pública em linha. Esta proposta vai fazer deste direito uma realidade e não apenas uma ideia. Vai criar melhores condições de mercado e mais empregos e, para a administração pública, vai tornar menos dispendioso o processo de "acessibilização" dos seus sítios Web".