quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Cyberbullying com manifestações em Portugal



O cyberbullying, recurso à Internet como meio para ofender terceiros com ameaças, difamações e violência psicológica, é um fenómeno que também tem incidência em Portugal. Este é o resultado de um estudo levado a cabo por José Ilídio de Sá, investigador da Universidade de Aveiro e autor de uma tese de doutoramento sobre o fenómeno, divulgado no final de novembro.

Na dissertação, intitulada "Bullying nas Escolas: Prevenção e Intervenção", o autor ressalva que o cyberbullying traduz uma forma mais complexa de bullying. «Em muitos casos surge como a continuação do bullying presencial mas noutras situações desponta como o espaço predileto do agressor», sublinha o também diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida (Espinho) que estudou turmas do 7º e do 10º ano.

O investigador conclui que o cyberbullying assume contornos ainda mais graves que o bullying físico, na medida em que os agressores podem atuar com a verdadeira identidade escondida e socorrem-se de smartphones (em especial com câmaras digitais), tablets, computadores e acesso fácil à Internet; um meio que, de acordo com o investigador, é cada vez mais «utilizado pelos jovens para ofender terceiros».

Para combater este problema, José Ilídio de Sá apela a uma maior participação por parte das famílias dos jovens, essencialmente em áreas como a vigilância e monitorização da utilização da Internet por parte dos jovens, além de sugerir o estabelecimento de limites aos tempos de utilização, ou até mesmo à própria localização, dos equipamentos.

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