quarta-feira, 13 de abril de 2011

Censos 2011 pode ter sido o último

Terminou ontem o prazo para responder ao censos 2011 através da internet mas os formulários em papel ainda vão ser recolhidos até ao próximo dia 24. No entanto, este pode muito bem vir a ser o último Censos da história de Portugal. Vários técnicos estão a estudar as bases de dados de entidades públicas para perceber se é possível, através do cruzamento dessas informações, traçar um retrato da sociedade portuguesa.

A presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Alda Carvalho, é a primeira a defender o fim do actual processo de recenseamento: «Era bom que o Censos 2011 fosse o último».

Em vez da tradicional recolha de informação junto da população, o futuro deverá passar pela utilização dos dados existentes nos organismos públicos. Esta hipótese já estava prevista no decreto-lei do recenseamento que já não haveria Censos em 2021, referiu a responsável do INE.

O processo actual deverá custar ao Estado cerca de 50 milhões de euros. Dinheiro que, segundo a presidente do INE «podia ser poupado se se usasse a informação administrativa existente na Segurança Social, no Instituto do Emprego, no Cartão do Cidadão ou no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)». O estudo da «qualidade» da informação existente e da possibilidade de a usar para fins censitários começou há mais de dois anos.

Esta tendência descentralizadora das administrações públicas já tinha sido defendida pela APDSI em 2009. na altura em que organizou workshops sobre as perspectivas de desenvolvimento da Sociedade de Informação. Paralelamente aos serviços de proximidade, os cidadãos e as empresas exigem cada vez mais serviços em linha, que tirem partido de todas as potencialidades que a Sociedade da Informação hoje nos oferecem. Pode consultar as conclusões aqui: http://bit.ly/eXmzaS.

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