segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

itSMF debate Estratégias de Cloud Computing



Na edição de 6 de dezembro do IT’S TIME TO TALK ABOUT, a itSMF debateu as várias Estratégias de Cloud Computing que existem e podem vir a existir no mercado.

As pequenas e grandes organizações começam já a utilizar soluções de cloud para gerir os seus negócios, contudo, Abel Aguiar, da Altice, salienta que apenas 14% das PMEs têm alguém responsável por esta área; as restantes recorrem a outras lojas e serviços igualmente pequenos para prestarem uma assistência e um apoio que começam a já não ser suficientes para a resposta que o mercado exige. «As burocracias são também um problema; uma barreira de adoção de cloud computing. As organizações têm que se transformar para tirarem partido desta realidade», admite Abel Aguiar.

A previsão do quadro de especialistas que integrou a mais recente edição do IT’S TIME TO TALK ABOUT aponta para um futuro a médio prazo no qual vamos passar muito tempo em clouds públicas e privadas a conviverem em simultâneo. «O desafio atual passa por fazer algo que seja mais simples do ponto de vista da gestão destes vários ambientes. Os quadros legais vão atrás dos quadros tecnológicos; as empresas vão otimizar o que faz sentido estar na cloud pública ou privada», prevê Abel Aguiar.

O cenário é particularmente desafiante se tivermos em conta que 30% das PMEs ainda não tem um website nem página de Facebook. A observação sobre este tema diz-nos que as empresas adotam menos rapidamente as tecnologias do que o utilizador comum.

Vasco Afonso, da Claranet, desmistifica o receio deste processo de transição para a cloud ao esclarecer que é muito fácil ligar uma cloud pública a uma privada: «Em organizações como a banca os mainframes são o core do negócio e há ali muitas aplicações que estão preparadas para ir para a cloud. O mindset tem de passar a ser: a cloud em primeiro lugar».

As clouds que dão suporte a sistemas de saúde e de apoio à vida, por exemplo, não podem estar muito longe (nunca mais de 10 milissegundos de demora no acesso) senão vão ter problemas de desempenho. Para contornar este problema o que se está a fazer é converter essas aplicações num sistema que seja suportado na cloud.

Falando sobre a cloud da Microsoft, João Tedim reconhece que há determinadas evoluções que só se podem fazer se forem aplicadas em determinada escala: «Um datacenter da Microsoft tem um conjunto de medidas de segurança que só se podem ter quando há escala porque custam muito dinheiro. Há inovação que também só posso ter se tiver escala e as parcerias certas. As organizações é que vão ter de alavancar o modelo que existe para potenciarem os seus negócios». 

A Microsoft, que tem oito datacenters na Europa, tem visto as empresas trazerem as tecnologias para a sua agenda de prioridades porque a inovação tecnológica, tarde ou cedo, acaba por impor-se.

João Tedim afirma que, se explorarmos a questão da segurança com factos, facilmente se percebe que não há razão para receios: «O nosso negócio depende da confiança que os clientes depositam em nós. Se, nalgum momento, houver uma brecha de segurança e os datacenters da Microsoft permitam aceder aos dados dos clientes de forma ilegal, o nosso negócio morre e nunca mais ressuscita».

Na empresa há equipas que todos os dias têm como missão atacar e outras equipas que têm por missão defender-se; são a blue team e a red team. 

O debate contou com a moderação de José Carlos Martins. O IT’S TIME TO TALK ABOUT regressa em 2018.

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