quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Smartphones cada vez mais usados em Portugal para aceder à Internet



Os smartphones e tablets estão a tornar-se cada vez mais populares e, segundo dados de novembro, já são usados em 35% das visitas a sites em Portugal. Os resultados são avançados pela Marktest.

Os computadores continuam a liderar nos acessos à Internet (65%), mas o número de portugueses que usa os dispositivos móveis para navegar online tem vindo a crescer (8% comparativamente com o período homólogo do ano passado).

Em novembro, 35% das páginas dos sites auditados pela Marktest foram acedidas através de telefones ou tablets. Entre os dispositivos móveis, os smartphones representam 30% dos acessos mensais, enquanto os tablets foram responsáveis por 5% das páginas visitadas.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Centro Nacional de Cibersegurança fecha o ano com site novo



O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) fecha o ano com uma nova versão do site.

Além de ser um meio de divulgação de informações sobre cibersegurança, o novo sítio na web também permite receber notificações de incidentes por parte de entidades públicas e privadas que o podem utilizar para dar conhecimento destas ocorrências ao organismo. Outra das novidades é uma chave PGP para cifrar de mensagens com informação sensível.

De acordo com o Ministério da Educação e Ciência, o site foi reestruturado focado também na «partilha de conhecimentos de cibersegurança para o seguro funcionamento das redes e sistemas de informação da Administração Pública, de operadores de serviços essenciais e dos prestadores de serviços digitais.

Entre os conteúdos que o centro pretende disponibilizar contam-se boas práticas de cibersegurança, entre outros para sensibilização do público em geral e a promoção de uma cultura de segurança no digital.

O Centro Nacional de Cibersegurança atua como coordenador operacional e autoridade nacional especialista em matéria de cibersegurança junto das entidades públicas e das infraestruturas críticas, garantindo que o ciberespaço é utilizado como espaço de liberdade, segurança e justiça, para proteção dos setores da sociedade que materializam a soberania nacional e o Estado de Direito Democrático.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Administração Pública avança com projeto de controlo de eletricidade


A Administração Pública vai avançar com um projeto de controlo de eletricidade, sob coordenação da Everis. A notícia foi divulgada em comunicado enviado à imprensa pela consultora.

Numa fase inicial, a Everis Portugal vai gerir um sistema de Automated Demand Response (ADR) para demonstração, em que participam o LNEG, a Daikin Industries, a EDP Inovação, a Efacec Energia e NEDO. Numa segunda fase, a consultora vai participar no desenvolvimento de software para o projeto a ser implementado em edifícios públicos da cidade de Lisboa durante os próximos três anos.

A iniciativa resulta do acordo assinado entre o ministério da Economia, e o LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia e a NEDO - New Energy and Industrial Technology Development Organization of Japan. O programa reúne um consórcio de organizações portuguesas e japonesas, das quais fazem parte ainda, o LNEG, a Daikin Industries, a EDP Inovação e a Efacec Energia.

Um dos objetivos do ADR passa por testar uma nova tecnologia destinada a equilibrar o consumo e a produção de eletricidade, cada vez mais exigente no contexto quer económico, quer ambiental.

Segundo a Everis, a solução tecnológica prevista servirá para fazer face a desafios relacionados com a estabilidade do fornecimento de eletricidade, assim como flutuações de preço da energia muito significativos.

De recordar que Portugal tem como meta alcançar 31% de energias renováveis no consumo final de energia em 2020. Uma vez concluído o projeto, é avaliada a possibilidade de aplicar a nova tecnologia na Europa e no Japão.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Presidente americano quer ter acesso a relatório sobre ciberataques


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu às agências de serviços de informação norte-americanas que, antes do fim do seu mandato, realizem uma investigação detalhada sobre os ciberataques que alegadamente visaram afetar os resultados eleitorais este ano.

De recordar que o Washington Post noticiou que Donald Trump, o presidente eleito, refuta um possível envolvimento da Rússia, que a CIA diz ter existido.

A assessora de segurança de Obama, Lisa Monaco, anunciou que a análise deverá estar pronta antes do dia 20 de janeiro. O relatório da investigação  será partilhado com membros do Congresso americano, alguns dos quais já tinham anteriormente pedido uma investigação também neste sentido. A novidade, agora, é que Obama quer tornar o relatório público.

A investigação pode, também, incidir sobre o que se passou no momento eleitoral de 2008.

Em outubro, as agências de informação norte-americanas acusaram publicamente o governo russo de apoiar ataques a alvos políticos norte-americanos para interferir nas eleições presidenciais. No entanto, as organizações envolvidas não apresentaram provas que sustentassem as acusações.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Google cria app a pensar na segurança individual


A Google lançou uma aplicação a pensar na segurança individual dos cidadãos. Chama-se "Contactos de Confiança" e permite-nos partilhar a localização com um círculo restrito de contactos da nossa lista.

Na eventualidade de ocorrer um problema, ou uma situação inesperada, mesmo que o telefone esteja offline ou longe do raio de alcance do utilizador, essa ou essas pessoas são avisadas. A Google alerta, contudo, que o serviço não deve ser encarado como um substituto do 112 - o número nacional de emergência.

Uma vez instalada, a aplicação pode atribuir o estatuto de "confiável" aos contactos que desejar e o seu registo de movimentos será disponibilizado na app dessa mesma pessoa. Em caso de perigo, pode partilhar a sua geolocalização com esse grupo e os seus membros podem pedir-lhe para visualizar o local exato onde se encontra. Se tudo estiver bem, pode rejeitar o pedido, mas se não responder dentro de um determinado período de tempo, a informação é partilhada automaticamente e só deixa de ser transmitida quando o indicar.

"Contactos de Confiança" é uma app gratuita e está disponível para Android.

domingo, 11 de dezembro de 2016

«Ignorância do que está a acontecer»


A propósito do tema da Newsweek da imagem o artigo de Leonel Moura «O que desconhecemos» que pode ler aqui. De lá:
«(...)Mas esta Newsweek é interessante noutra perspetiva. A da ignorância.
 Ignorância do que está a acontecer. A maioria das pessoas não se dá conta da evolução tecnológica e das suas implicações. Foi o que sucedeu com a internet. Agora é a vez da inteligência artificial. Surgem umas notícias avulsas, fazem-se umas piadas, há sempre quem diga que não é possível ou é uma conspiração qualquer, mas circula pouca informação séria sobre o assunto. Não circula nos media, na política, nem no meio empresarial. A realidade surge sempre como uma grande surpresa. Cabe dizer: são as coisas que desconhecemos que mudam as nossas vidas. (...)»

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A maioria das Câmaras Municipais tem um longo caminho a percorrer em matéria de SIG


A APDSI organizou uma conferência sobre o “GeoCompetitivo” na Administração Local na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras 

A maioria das Câmaras Municipais tem, ainda, um percurso significativo a fazer em matéria de SIG - Sistemas de Informação Geográfica. Esta é apenas uma das conclusões do Estudo "GeoCompetitivo na Administração Local", apresentado por Maria do Carmo Lucas, na conferência da APDSI que decorreu a 6 de dezembro de 2016 na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras.

A conferência surgiu no âmbito do Grupo Permanente dos Sistemas de Informação Geográfica (GSIG) da APDSI.

O tema da conferência ganha particular importância numa altura em que todo o objeto pode ser georreferenciado. A própria mobilidade já pode ser georreferenciada, o que contrasta com a situação do país onde um quarto do território nacional não tem propriedade atribuída.
O estudo conclui que ainda há muitas Câmaras Municipais sem SIG - Sistema de Informação Geográfica; há uma equilibrada partilha interna entre os vários serviços, embora a partilha com o exterior seja mais modesta e há alguma preocupação com a mobilidade. Só 20% das autarquias disponibiliza serviços com standards OGC - Open Geospatial Consortium, o que demonstra que a colaboração continua a ser um problema ou ainda haverá um desconhecimento generalizado sobre o que é o OGC.

Quanto a dispositivos móveis, algumas autarquias já começam a ter alguns serviços adaptados a esta nova tendência - 24% admite fazê-lo permitindo a consulta e emissão de plantas na área do urbanismo, de processos, fiscalização e informação aos munícipes. A principal vantagem apontada é a redução dos gastos em papel.

Além desta vantagem, Sandra Resende, da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, afirma que outra das grandes necessidades que a Câmara viu na adoção do SIG foi a de aumentar a interação com o cidadão mas através de uma diminuição do canal presencial. «Tínhamos muita dificuldade na gestão da documentação do licenciamento, tínhamos pilhas e pilhas, centenas e centenas de páginas a consultar, o que gerava demora», admite a coordenadora do Gabinete de Informação Geográfica. A solução foi a tramitação para o digital bem como um melhor uso da informação existente, disseminando a informação geográfica.

A plataforma digital saiu em 2008 obrigando a «repensar a informação geográfica de outra forma e um modelo de disponibilização de dados muito mais estruturado». Foi assim que surgiu o Projeto Mirante que, hoje em dia, já cruza Internet com Intranet, explica: «Cada funcionário envolvido recebe tarefas que o obrigam a alimentar o sistema de alguma forma». O sistema Mirante, na autarquia, faz a atualização cartográfica e disponibiliza-a online. «É dispendioso mas cobre os custos com a poupança que se obtém», demonstra Sandra Resende, acrescentando as vantagens também para o cidadão: mais confiança na instituição, mais transparência, melhor atendimento, menos custos na instrução dos processos, menos deslocações ou telefonemas, mais rapidez.

Com este caminho percorrido, a autarquia espera conseguir, em março, estar completamente de acordo com o INSPIRE - que estabelece a criação da Infraestrutura Europeia de Informação Geográfica. A Diretiva Infrastructure for Spatial information in Europe obriga os Estados-Membros a gerirem e disponibilizarem os dados e os serviços de informação geográfica de acordo com princípios e regras comuns, como a interoperabilidade, por exemplo.

Desmaterializar processos de obras particulares foi a primeira vontade de Eduardo Costa Ferreira, da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, que achava mais vantajosas as ferramentas de open source. A migração de dados também não foi fácil mas o SIG passou a ficar online com disponibilização de plantas e cartografia à população. Nesta altura o papel ainda convive com o digital mas 2017 é o ano de um novo caminho a seguir.

Eduardo Costa Vieira admitiu, na conferência da APDSI, que «as dificuldades são enormes para um município pequeno» mas quer montar a evolução do concelho nos últimos anos através do SIG.

Já Marco Lima Carvalho, da Câmara Municipal de Gaia, parte do princípio de que a informação é acessível a todos. Em 2001 começou o projeto do Sistema Municipal de Informação Geográfica. Hoje a interoperabilidade nos sistemas municipais estão ao serviço de todos e tudo começa no técnico ou cidadão e não nos serviços municipais. Na Biblioteca de Telheiras, o diretor de Divisão de Sistemas de Informação apresentou o projeto NOPAPER - uma iniciativa de desmaterialização de processos que foi decidida em duas fases; numa primeira, para garantir ao exterior a desmaterialização de processos, e numa segunda fase para assegurar a desmaterialização interna. Garantir a interoperabilidade, mesmo com múltiplos fornecedores de serviços, implica um grande domínio da arquitetura de dados.

Em Gaia os resultados estão à vista: 85% do serviço já é digital, o que se traduz em maior flexibilidade horária, redução do papel, aumento da rapidez interna e diminuição do tempo para consulta de entidades externas.

A Câmara Municipal de Lisboa esteve representada por Rui Ricardo, chefe da Divisão de Sistemas de Informação e Aplicações, que começou por referir que, porque Lisboa é um concelho densamente urbano, houve muita interoperabilidade entre freguesias o que resultou em muitas alterações de sistemas. «O SIG é tão importante quanto a visão de cliente e o controlo financeiro porque corresponde à visão do território, tudo o que acontece na cidade. Politicamente o SIG está a começar a ser visto de forma estratégica e, até aqui, nunca tinha sido visto como um vetor que alavanca a evolução», ressalvou. 

Em Lisboa, o SIG orientado para serviços começou em 2010, sendo o site "Lisboa Interativa" o lado mais visível do que tem vindo a ser feito nesta área. «O SIG é o principal motor do open data Lisboa», diz Rui Ricardo que, todavia, aponta as principais ameaças que a autarquia encontrou: resistência à mudança, receio da perca de poder, gestão de redundância de informação e constante evolução da tecnologia. A única forma de lidar com alguns dos obstáculos apontados, entende o chefe da Divisão de Sistemas de Informação e Aplicações, é fazendo uma forte aposta na comunicação e formação, na partilha de informação e devolução de valor a quem partilha, além de adotar novos recursos tecnológicos que evitem as redundâncias.

Na reta final da conferência foram apontados alguns bons exemplos de SIG em Portugal, como o da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, que integra sete diferentes sistemas e foi distinguido em 2011 com o título "SIG do Ano", da ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A. - uma empresa portuguesa, fundada em 1987, com o propósito de atuar como agente especializado no desenvolvimento e fornecimento de sistemas de informação baseados na tecnologia de Sistemas de Informação Geográfica - SIG.

Outro bom exemplo veio da CIMAC - Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central que faz a cartografia de ocupação e uso do solo e onde o processo de informatização permite, por exemplo, que o distrito de Évora tenha todo o cadastro rústico em formato digital, com uma data de referência de 2010.

A fechar, ficou o exemplo da Altri Florestal onde os trabalhos de inventário e atualização de informação são as prioridades, já que a informação geográfica é a base de todos os trabalhos de gestão florestal.

Veja aqui as apresentações.