quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Livro "Repensar a Sociedade da Informação e do Conhecimento no início do Século XXI -10 Anos de Fóruns da Arrábida"


Leia a nota de introdução ao lançamento do livro feita pelo Professor Dias Coelho, presidente da Direção da APDSI:

"A APDSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação organiza desde o ano 2002 um encontro de reflexão sobre o futuro da sociedade da informação e do conhecimento focado em temas que, em cada ano, apresentavam maior acuidade, interesse ou preocupação para o futuro nesse contexto temporal. Esta iniciativa recebeu o apoio da ANACOM – Autoridade Nacional das Comunicações, desde a primeira hora, integrado na sua responsabilidade estatutária no desenvolvimento da sociedade da informação em Portugal.

Após a realização da décima edição do Fórum da Arrábida em Outubro de 2011 considerou-se ter chegado a hora de passar para livro esse conjunto de reflexões numa preocupação de síntese e de registo histórico, apesar dessa documentação ter ficado disponível em formato digital no sítio na web da APDSI, imediatamente após a sua produção.

Reconhece-se que este livro é uma cedência ao analógico num mundo cada vez mais digital. Mas tal como a televisão não destronou a rádio, nem esta a imprensa escrita, nem o cinema o teatro, continuará a haver lugar para o livro, mesmo numa sociedade predominantemente digital.

Repensar a sociedade da informação e do conhecimento no início do Séc. XXI que constitui o tema deste livro, encontra a sua justificação no facto de perspectivar o futuro ser uma actividade normal da natureza humana. Em áreas com uma evolução muito rápida para além de normal é uma necessidade.

A temática da sociedade da informação e do conhecimento está precisamente nesta última categoria. As implicações no quotidiano dos cidadãos, na organização da sociedade, nos comportamentos colectivos, na forma de gerir os negócios, na comunicação social, na educação, na saúde, na cultura e no entretenimento, para referir apenas algumas das áreas em que as suas repercussões se fazem sentir, são muito importantes.

Pensar o futuro é deste modo uma actividade imprescindível para todos aqueles que desejam intervir no desenvolvimento deste processo, que se encontra em curso na sociedade, em que a informação e o conhecimento ganham um papel progressivamente mais importante na criação de riqueza e na melhoria da qualidade de vida. Os efeitos fazem-se sentir no campo social e no domínio da organização política. As transformações tecnológicas são o gatilho que faz detonar essas alterações, nem sempre de forma imediata. É habitual existir um período mais ou menos longo de assimilação da tecnologia e de exploração das suas potencialidades. Não podemos ficar alheios a este conjunto de questões que de certo modo influenciam o futuro de todos os cidadãos e, ainda, dos agentes económicos, em Portugal e nos países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, como foi constatado na Cimeira das Nações Unidas sobre a Sociedade da Informação que se realizou em Genebra, no final de 2003.

A sociedade da informação e do conhecimento está por todo o lado, e também no discurso dos políticos que se aperceberam que deve ter alguma importância, dado o número de cimeiras e conferências ministeriais organizadas por entidades idóneas, da União Europeia às Nações Unidas.

Em Portugal não se fugiu à regra. Menciona-se a importância da governação electrónica e dos seus contributos para a modernização do Estado e aumento da produtividade da administração pública.

Os planos operacionais respectivos dispõem sempre de recursos, que infelizmente com frequência no passado foram transferidos para outros programas operacionais, igualmente importantes.

Enquanto isso a administração pública continua enredada na ausência de sistemas de informação adequados ao cabal desempenho das suas funções. A situação é ainda parecida em vários sectores da administração pública com aquela que ocorria na banca dos anos sessenta antes de ter havido investimento nos respectivos sistemas de informação. Os que viveram essa época ainda se recordam das enormes filas para efectuar o levantamento do dinheiro para as necessidades da semana, mediante um cheque – não havia Multibanco – que tinha de ser confirmado na agência em que a conta tinha sido aberta. Batalhões de funcionários bancários asseguravam laboriosa e empenhadamente essas sublimes funções.

A administração pública ainda está um pouco assim. Em muitos hospitais não há rasto dos exames efectuados pelo doente, mesmo que tenham sido efectuados nesse mesmo hospital. Já não falamos da história clínica do doente, respeitando normas claras de confidencialidade e de deontologia médica, disponível sempre que necessário para a prestação de cuidados de saúde.

Na educação o ministério desconhece o seu corpo docente tendo necessidade de organizar concursos que envolvem centenas de milhares de professores para a sua colocação, todos os anos. Depois, uns meros erros na entrada de alguns dados criam por vezes enorme polémica nacional e o atraso no início do ano escolar. Poderíamos também referir aquela ideia interessante da Internet das escolas, isolada da adequação dos planos de estudo e das práticas pedagógicas, o que corresponde a continuar a ensinar o mesmo com a Internet para animar os alunos.

Na justiça é melhor não se falar. Todos aqueles pareceres e deliberações muito doutos a serem repetidos sem “cópia e colagem”, em processos perdidos no tempo, cozidos com cordéis, para ficarem mais seguros e as folhas não se perderem com as correntes de ar. Imaginem um banco a funcionar da mesma forma com os cheques agravados no dossier da conta do titular. Quatro a cinco anos para dar andamento a processos que a mais elementar justiça exigia que não ultrapassassem quatro a cinco meses. A jurisprudência longe da ponta dos dedos para que os senhores doutores juízes tenham que vasculhar muito para poderem decidir com isenção.

As compras públicas a serem processadas por laboriosos mecanismos burocráticos, algumas vezes propositadamente pouco transparentes, fazendo tábua rasa das aquisições por via electrónica, quando as próprias donas de casa já estão a desabituar-se de ir ao supermercado.

É neste contexto nacional, onde felizmente se vão observando melhorias pontuais que pouco a pouco vão alterando o panorama no sentido positivo do aumento de eficiência, que os Fóruns da Arrábida se processaram. A sociedade da informação e do conhecimento não é para levar com ligeireza pois tem a ver directamente com a qualidade de vida dos cidadãos, incluindo estes na sua qualidade de profissionais ou agentes económicos e uma vez que a competitividade do país no contexto das nações depende directamente da sua capacidade de se adaptar à era em que se vive. Não nos podemos esquecer que esta é a era da sociedade da informação e do conhecimento".

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lançamento do livro "Repensar a Sociedade da Informação e do Conhecimento no início do Século XXI -10 Anos de Fóruns da Arrábida"

A APDSI vai lançar o livro "Repensar a Sociedade da Informação e do Conhecimento no início do Século XXI -10 Anos de Fóruns da Arrábida".

A apresentação vai decorrer na próxima terça-feira, 30 de outubro de 2012, na livraria Bertrand, no Picoas Plaza, em Lisboa, às 18h30.

O livro reúne os relatórios dos últimos 10 anos de Fóruns da Arrábida com todos os seus desafios e conclusões apresentadas.

"O desafio é transformar a informação em verdadeiro conhecimento e isso está longe de ser conseguido e é por isso que os jovens também estão "às aranhas", emaranhados na teia um pouco como eu fiquei nesta rede de informações que constitui este livro, a par do conhecimento que aí se encerra", lê-se no prefácio, da autoria de Amado da Silva, Presidente do Concelho de Administração do ICP - ANACOM e patrocinador exclusivo do Fórum da Arrábida ao longo desta década.

As inscrições para a sessão de lançamento são gratuitas mas obrigatórias para secretariado@apdsi.pt. Para mais informações consulte o nosso sítio na web.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

11º Fórum da Arrábida da APDSI (2012) | "Repensar o Futuro da Sociedade da Informação - Uma Agenda para o Crescimento e a Coesão Social"


Decorreu, nos passados dias 12 e 13 de outubro, o 11º Fórum da Arrábida que vem na continuidade dos encontros anuais realizados desde 2002 e tem como objetivo reunir um conjunto de personalidades que possam, em conjunto, e a partir de diferentes perspetivas, refletir e explorar novas ideias e entendimentos sobre o que será o futuro da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal, num mundo cada vez mais complexo e incerto.

Pretendeu-se, novamente, recriar um processo de análise e de reflexão sobre o que imaginamos ser o caminho para melhor desenvolvermos e endogeneizarmos os benefícios de uma sociedade baseada na informação e no conhecimento, refletindo sobre as políticas públicas e a posição dos cidadãos.

Veja as apresentações dos keynote speakers e dos grupos de trabalho já disponíveis aqui.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O "Cidadania 2.0" está de regresso a 26 e 27 de Outubro


Lisboa voltará a acolher nos dias 26 e 27 de outubro de 2012, no Fórum Picoas, mais um evento "Cidadania 2.0".
Na sua 3ª edição, o "Cidadania 2.0" pretende estimular a discussão sobre novas formas de comunicação no seio da sociedade em Portugal, privilegiando o diálogo entre o Governo, Administração Pública, ONGs e os cidadãos em geral, através da apresentação de exemplos concretos de oportunidades e desafios proporcionados pelas ferramentas sociais.

O programa do 1º dia culmina com um debate seguidode uma sessão de networking, num registo mais informal, organizada em parceria com a Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI).

Para mais informações visite o sítio na web da APDSI.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

XI Encontro Público PASC


O XI Encontro Público PASC - Plataforma Ativa da Sociedade Civil sobre o tema "Sociedade Civil: Entre o Poder da Palavra e a Palavra do Poder" teve como conferencista o Professor Adriano Moreira.

Este Encontro Público PASC, que se realizou em parceria com o Instituto da Defesa Nacional, decorreu no grande auditório do IDN, no passado dia 10 de outubro de 2012.

Leia, no sítio na web da APDSI, as principais intervenções deste XI Encontro Público que também contou com a presença da Associação.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

14ª Tomada de Posição do Grupo de Alto Nível da APDSI


O Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI apresentou no passado dia 29 de setembro, no Auditório da Plataforma das Artes, em Guimarães, a sua 14ª tomada de posição pública intitulada "Cultura e Arte na SI - Indústrias Criativas".

Num contexto muito marcado pela procura de novos padrões para a atividade humana, a criatividade e os aspetos culturais da nossa sociedade ganham particular importância, entende o GAN da APDSI, que sugere que as indústrias criativas podem ser consideradas como atividade de valor económico e um contexto potenciador das indústrias criativas é o território que, dessa forma, se torna um elemento importante para o seu desenvolvimento.

Nesta 14ª tomada de posição, o GAN entende que a criação de valor pela experiência na realização de objetos criativos ou criação de eventos "promove um maior relacionamento entre indivíduos e dá-lhes capacidade de se constituírem como uma organização em rede, que agrupa num sistema complexo, inúmeras unidades autónomas individuais, mas altamente correlacionadas e baseadas num constante fluxo de trocas entre si".

Para esta análise o GAN teve em conta que o digital contribui para a disseminação e transferência de conhecimento, história e cultura e para o diálogo transgeracional.
"Na Sociedade do Conhecimento quem melhor dominar a organização e produção de informação e quem melhor dominar a tecnologia e possuir recursos humanos com literacia adequada, é mais capaz", afirma Luís Borges Gouveia, professor da Universidade Fernando Pessoa e membro do GAN da APDSI.

O Grupo de Alto Nível da APDSI entende que o desafio que se coloca ao Governo e à sociedade em geral consiste em criar a densidade e diversidade que garantam a sustentabilidade da cultura e da arte enquanto atividade económica.

De entre as oito recomendações que o GAN faz para potenciar a cultura e a arte na Sociedade da Informação enquanto indústrias criativas, destacam-se a referência às condições fiscais "que sejam facilitadoras de novas iniciativas dentro das indústrias criativas", a integração de alguns espaços públicos em rotas temáticas "organizando e disponibilizando as suas histórias e significados" e o cada vez mais solicitado "envolvimento da população sénior de modo a promover a partilha e transferência intergeracional de conhecimento".

Para Luís Borges Gouveia, enquanto representante do GAN, "as indústrias criativas constituem uma das oportunidades que um território com história e densidade cultural, como o território nacional, pode e deve explorar no sentido de promover a sua preservação e o seu potencial de criação de emprego e de atividade económica".

Nos últimos tempos o setor das indústrias criativas começa a ter expressão e demonstra ter potencial económico nacional. Exemplos disso são o aparecimento de pólos do seu desenvolvimento como o da cidade do Porto ou a iniciativa Capital Europeia da Cultura 2012, em Guimarães, ao abrigo da qual decorreu esta apresentação de Tomada de Decisão do GAN da APDSI.

O GAN é composto por um pequeno número de membros selecionados individualmente pela direção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional. O GAN tem a missão de facultar à Direção da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, de forma sistemática e continuada, uma avaliação qualitativa e quantitativa da ação dos Órgãos de Soberania e de outras iniciativas relevantes na área da Sociedade da Informação e do Conhecimento.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Olimpíadas Internacionais de Informática (IOI'2012) - Portugal obtém o melhor resultado de sempre

De 23 a 30 de Setembro realizaram-se em Sirmione (Itália) as 24as Olimpíadas Internacionais de Informática (IOI), nas quais Portugal conseguiu o melhor resultado de sempre.

Desde 1992 que Portugal participa neste evento, enviando os seus melhores alunos selecionados através das Olimpíadas Nacionais de Informática, organizadas presentemente pela APDSI. Este ano a delegação portuguesa foi constituída pelos alunos Pedro Paredes (Esc. Sec. Avelar Brotero - Coimbra), Afonso Santos (Esc. Tec. e Liceal de Sto. António - Estoril), Francisco Machado (Esc. Sec. Infanta D. Maria - Coimbra), João Ramos (Esc. Sec. Avelar Brotero - Coimbra), sendo liderada por Pedro Ribeiro (Delegation Leader - Universidade do Porto), co-adjuvado por Rodrigo Gomes (Deputy Leader - aluno do MIT).

Para mais informações visite o sítio na web da APDSI.