terça-feira, 31 de julho de 2018

Implante conectado ao iPhone ajuda cidadãos com perda auditiva



A Apple lançou a aplicação Nucleus Smart que pretende vir a ajudar os cidadãos que sofrem de perda auditiva.

A Cochlear é uma empresa australiana especializada em implantes auditivos e há mais de oito anos a marca uniu-se à Apple para desenvolver um equipamento auditivo que funcionasse de forma integrada ao iPhone. O primeiro resultado da parceria veio a público em 2015 com o lançamento do processador de som Baha 5, capaz de descodificar som para pessoas que tinham perdido tal capacidade.

Em 2017 a união das marcas apresentou ao mercado o processador Nucleus 7 sound processor, que dispensa a necessidade de um dispositivo adicional. Até então, todos os modelos de implantes tinham de se conectar aos aparelhos portáteis via Bluetooth, o que agora deixa de ser necessário.

O aparelho é responsável por garantir acesso ao mundo digital a pessoas com perda auditiva em níveis avançados. Para quem apresenta problemas menores de audição, o funcionamento do dispositivo não é tão significante.

Graças ao Nucleus 7, atividades relativamente comuns, que até então eram impossíveis, como fazer uma chamada telefónica, ouvir música ou orientar-se com um GPS, são agora possíveis para quem sofre de perda de audição. Além de viabilizar as atividades, o processador permite controlar os níveis do som que chegam ao ouvido através do smartphone.

A aliança entre a saúde e as novas tecnologias já tem alguns anos. Na APDSI, o último evento neste âmbito decorreu em fevereiro de 2015 e pode recordá-lo aqui.

United Nations E-Government Survey 2018: Portugal é mencionado com nota positiva




Foi publicado o "United Nations E-Government Survey 2018" e Portugal é mencionado no relatório, com nota positiva, em relação ao Simplex, Lojas do Cidadão e Espaços do Cidadão.

A Dinamarca encontra-se em primeiro lugar no ranking mundial de "e-Government Development" e Portugal ocupa o 29.º posto, no que se traduz numa subida em relação ao ranking de 2016 (o país estava em 38.º lugar).

O relatório considera que as políticas e estratégias adotadas nos últimos anos em Portugal no âmbito da transformação digital dos serviços públicos, assentam nos "princípios de implantação de serviços centrados no cidadão, simplificação administrativa e interoperabilidade, custos e recursos da administração central". Na United Nations E-Government Survey 2018 lemos, ainda, que as chamadas "lojas do cidadão" são uma das "mais emblemáticas faces desta nova política com um conceito inovador de prestação de serviços públicos que reúne, no mesmo espaço, várias entidades públicas e privadas, o que resulta de uma colaboração entre a administração central, parceiros locais e cidadãos".

Existem agora mais de 150 centros físicos multi-serviços como parte de uma rede que utiliza as TIC para criar espaços de cidadão para a prestação de serviços distribuídos digitalmente ou com assistência pessoal, se necessário. Isto "reflete uma preocupação pelo facto de os níveis alfabetização digital não serem os mesmos em todo o país". Outro importante pilar da política é o programa "Simplex", que visa simplificar a burocracia, modernizar a administração pública e facilitar a interação entre cidadãos e empresas com administração pública, tanto ao nível central como municipal.

A United Nations E-Government Survey 2018 é publicada à medida que a implementação da Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) avança para o seu terceiro ano. "Os governos têm a responsabilidade crítica de encontrar e implementar políticas e medidas para mitigar o impacto dos choques tecnológicos na sociedade; uma nova dimensão de vulnerabilidades que as TIC vieram expor", lê-se na survey, que pode consultar aqui.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Atividades dos grupos de trabalho da APDSI em junho



Aqui ficam as notícias sobre as mais reuniões dos grupos de trabalho da APDSI em junho:

Grupo Desmaterialização e Gestão de Processos

O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados - RGPD veio substituir a Diretiva 95/46/EC, conhecida como Diretiva Europeia de Proteção de Dados Pessoais, e teve plena aplicação no passado dia 25 de maio. Este regulamento tem um efeito global, aplicando-se a entidades que processam dados pessoais, mesmo quando o tratamento ocorra fora da limitação geográfica da União Europeia, desde que sejam oferecidos bens ou serviços a titulares de dados que se encontram em algum país da União Europeia. O grupo está a trabalhar num documento que avalia os seus impactos na gestão da informação. Visite a página do grupo.

Grupo Competências Digitais, Qualificação e Empregabilidade

O Grupo está a avançar na concretização do seu plano de atividades, tendo dois agendamentos confirmados para as suas "tertúlias"; uma a 12 de setembro, em colaboração com a empresa Rebis Consulting, agendada para Sacavém, e outra para outubro no ISCAPorto (em colaboração com a UMinho e a delegação norte da APDSI). Relativamente à Tomada de Posição sobre o INCoDE.2030, o Grupo mantém a intenção de apresentar os seus resultados numa conferência a realizar no primeiro trimestre de 2019. Junte-se a nós.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Participação da APDSI na PASC


No dia 5 de julho a APDSI participou na reunião do Conselho de Representantes da PASC – Plataforma de Associações da Sociedade Civil – Casa da Cidadania. A PASC é uma plataforma de associações que visa contribuir para a mobilização dos cidadãos portugueses para o exercício de uma cidadania ativa e responsável.

Nesta reunião foi apresentada a nova Direção da PASC que passa a ser presidida pelo Dr. Luís Vidigal, ex-Presidente da APDSI, que sucede nestas funções ao Prof. Dias Coelho. Entre os principais pontos da reunião sobressai a discussão sobre a estratégia para reforçar a voz da sociedade civil e a apresentação do plano de atividades. Este integra a realização de diversos estudos, a criação de um prémio anual da cidadania e a 3.ª Conferência da Casa da Cidadania.

A PASC foi convidada a integrar o Open Government Partnership tendo lançado um levantamento sobre as iniciativas a desenvolver no seu âmbito, que está disponível aqui.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Estado pode poupar milhões de euros se apostar numa maior digitalização dos serviços públicos



O Estado português pode vir a poupar entre 100 e 400 milhões de euros se adotar uma estratégia "Digital by Default". A conclusão é do estudo "Digital by Default: Impacto Económico e Fatores de Sucesso", apresentado pela Porto Business School e pelo MUDA - Movimento pela Utilização Digital Ativa.

O trabalho desenvolvido pelo Center for Business Innovation da Porto Business School, concluiu que um avanço na transformação digital apenas do lado do Governo pode trazer poupanças na ordem dos 400 milhões de euros por ano.

Apresentada no evento "Chave Móvel Digital", a pesquisa teve como base os exemplos do Reino Unido, Estónia e Dinamarca, bem como estudos internacionais de benchmarking e dados portugueses, e mostra que o impacto será ainda mais significativo se os cidadãos e as empresas forem incluídos nessa digitalização.

Partindo de uma base de transparência, confiança, inclusão, envolvimento e participação, uma estratégia de Digital by Default deverá permitir que os serviços públicos estejam disponíveis online, prontos para dispositivos móveis, fáceis de usar e acessíveis, bem como uma interligação com os cidadãos e as empresas.

Desta forma, e ainda no âmbito do mesmo trabalho, uma aceleração da transformação digital pode gerar um impacto líquido total entre os 6,5 e 10 mil milhões de euros por ano na União Europeia. Como casos de sucesso neste âmbito são referidas iniciativas como "Empresa na Hora", "Marca na Hora" e "Registo Comercial Online".

Em 2016, a APDSI acompanhou em pormenor as novidades introduzidas pelo Simplex + na simplificação administrativa e legislativa. Recorde aqui.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Conheça a nova Direção da APDSI para 2018-2021: Helena Monteiro tomou posse como Presidente a 21 de junho

"Ousar, desafiar e inovar" é o mote da nova equipa para o próximo triénio


Já tomou posse a nova direção da APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, com Helena Monteiro a suceder a Luís Vidigal, um dos fundadores da associação, que exercia o cargo desde março de 2017 e que pertenceu à Direção durante 17 anos.

Helena Monteiro, que será a primeira mulher a presidir a APDSI, já tinha integrado a direção da APDSI entre 2012 e 2017. Doutorada em Ciências Sociais, na especialidade de Administração Pública, pela Universidade Técnica de Lisboa, é docente da Universidade de Lisboa, tendo como áreas de investigação a Transformação Digital no Setor Público, o eGov e eHealth e os  Processos de Formulação e Implementação de Políticas Públicas. Para além do vasto currículo académico, tem uma longa experiência enquanto dirigente da Administração Pública e Partner na Consultoria de Gestão de uma das Big5.

Sob o mote "Ousar, desafiar e inovar", a nova direção pretende reforçar a dinâmica que a Associação tem tido ao longo dos anos, fortalecer a ligação com todos os que fizeram dela um fórum de debate útil sobre a Sociedade da Informação em Portugal, e ainda articular com novos atores da Sociedade Civil debates sobre caminhos que encarem a ambiguidade e as certezas da transformação digital.

A nova direção quer continuar a desenvolver o conhecimento, nomeadamente através do incentivo aos estudos realizados pelos Grupos de Trabalho, conferências, seminários e workshops, o Fórum da Arrábida, as Olimpíadas de Informática Nacionais e Internacionais, além de pretender reativar Grupos de Alto Nível.

Helena Monteiro vai ser acompanhada nesta missão por Filipa Fixe, João Catarino Tavares, Luís Nunes, Miguel Brito Campos, Nuno Guerra Santos e Sofia Aureliano. Mantêm-se a Delegação Norte e o Conselho Fiscal. Daniela Azevedo substitui Ana Evans enquanto Secretária da Mesa da Assembleia Geral.

Todos os elementos da direção, para além de experiências de associativismo, têm prática de Estratégia, Planeamento, Desenvolvimento e Implementação de Sistemas de Informação. 

Filipa Fixe tem um PHD em Bio-nanotecnologia e experiência nos setores das Telecomunicações e da Saúde; João Catarino Tavares tem larga experiência em Gestão e Administração Pública e nos seus Sistemas de Informação; Luís Nunes tem um vasto currículo em Consultoria de Gestão nas áreas da Administração Pública e Saúde; Miguel Brito Campos tem por área de ação as transformações digitais na Administração Pública; Nuno Guerra Santos especializou-se e atua na área da Consultoria de Gestão focada no setor público e no setor privado; e Sofia Aureliano é especialista em Comunicação e Ciência Política.

Luís Vidigal deixa, por vontade própria, a presidência da Direção, embora mantendo a sua ligação aos Grupos de Trabalho e a outros projetos inovadores no seio da APDSI e da sua missão.