segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Fórum para a Sociedade da Informação - APDSI e FCT organizam o Workshop "Governação da Internet para um crescimento inclusivo"



A APDSI e a FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia organizam o workshop "Governação da Internet para um crescimento inclusivo" integrado no Fórum para a Sociedade da Informação 2016. O evento realiza-se no próximo dia 15 de novembro, a partir das 14h00, no Salão Nobre do IAPMEI, Campus do Lumiar, em Lisboa.

Consulte aqui o programa completo e faça aqui a sua inscrição, gratuita, mas obrigatória.

Cerca de 35% da população portuguesa nunca teve qualquer contacto ou experiência com serviços disponíveis na Internet, correndo o risco de exclusão digital, numa sociedade cada vez mais marcada pela mediação tecnológica.

São já evidentes os impactos da utilização da Internet no mundo do trabalho e no acesso ao emprego, tornando-se urgente uma nova abordagem nas estratégias e prioridades de educação e de aprendizagem ao longo da vida, bem como na capacidade de requalificação de postos de trabalho que irão certamente ser destruídos ou substituídos nos próximos anos pelo uso intensivo das tecnologias da informação e comunicação.

A exclusão digital afeta também grande parte da população na sua incapacidade de acesso aos serviços públicos eletrónicos, obrigando os governos à criação de novos acessos multicanal e à mobilização de mediadores de cidadania para as novas oportunidades do mundo digital. Existem grupos e minorias sociais onde a fratura digital se torna mais evidente e que requerem estratégias de governação mais específicas, nomeadamente em relação aos emigrantes, refugiados e demais população vulnerável e em situação de pobreza.

A APDSI entende que, apesar do desenvolvimento acelerado dos serviços de telecomunicações, existem ainda bolsas territoriais de exclusão e de má qualidade dos serviços digitais, que impedem o desenvolvimento económico e social harmonioso de algumas regiões do país, contribuindo para o seu progressivo abandono.

Este workshop visa abrir o debate em torno das medidas de política capazes de promover a inclusão e a sustentabilidade de toda a sociedade portuguesa, cada vez mais baseada numa economia digital e na utilização massiva dos serviços da Internet, chamando à atenção para a urgência de uma atuação concertada entre governo, reguladores, administração pública, agentes económicos e associações da sociedade civil.

Em debate vão estar as seguintes questões:

- Que estratégias estão em curso ou que devem ser adoptadas para garantir o acesso universal aos serviços públicos digitais?
- Em que medida os serviços públicos electrónicos estão orientados às necessidades efetivas dos cidadãos em termos, nomeadamente, de usabilidade, eventos de vida e outros?
- Qual o impacto que as novas tecnologias no domínio do digital estão a fazer-se sentir no domínio do emprego e das condições de trabalho?
- Que iniciativas estão a ser tomadas no sentido de se garantir a inclusão nas  transformações que se verificam nas diferentes áreas profissionais em particular naquelas mais afectadas pela digitalização da economia?
- De que forma estão a ser encarados os impactos do digital na sustentabilidade do estado social?
- Que iniciativas estão ou devem ser tomadas para a inclusão na Sociedade da Informação dos imigrantes, refugiados e outras minorias?
- De que forma o Serviço Universal de telecomunicações garante a acessibilidade e a qualidade de serviço à Internet por parte de toda a população portuguesa?
- Em que medida as políticas de governação da Internet garantem o acesso intergeracional e a igualdade de género a todos os cidadãos?
- Responde o atual sistema educativo e de aprendizagem ao longo da vida aos desafios decorrentes da transformação digital da sociedade portuguesa?

Objetivo global do FSI-GI

O Fórum para a Sociedade da Informação - Governação da Internet (FSI-GI), tem como objetivo principal refletir e debater, em Portugal, a temática da Governação da Internet, cada vez mais relevante no panorama internacional.

Este ano o debate do FSI-GI decorre em torno de temas tais como o futuro da Governação da Internet, Neutralidade da Internet, Acesso e Inclusão Digitais, incluindo as Mulheres nas TIC, Proteção das Crianças em Linha, Tecnologias da Internet e Discurso do Ódio.

A reflexão nacional multissetorial (multistakeholder) e as principais mensagens de Portugal que vão sair desta edição do Fórum, contribuem para a discussão que decorre a nível mundial, no IGF 2016, no México, de 6 a 9 de dezembro, sob o tema "Enabling Inclusive and Sustainable Growth".

domingo, 30 de outubro de 2016

Fórum para a Sociedade da Informação - ANACOM e Portugal Chapter da Internet Society organizam debate sobre "Net Neutrality"



A ANACOM e o Portugal Chapter da Internet Society organizam uma sessão pública de debate e reflexão sobre "Net Neutrality" no próximo dia 16 de novembro, no IAPMEI, Campus do Lumiar, em Lisboa, a partir das 14h00. O debate faz parte do Fórum para a Sociedade da Informação - Governação da Internet (FSI-GI), que tem como objetivo principal refletir e debater, em Portugal, a temática da Governação da Internet, cada vez mais relevante no panorama internacional.

A inscrição, gratuita mas obrigatória, é feita aqui. Consulte aqui o programa completo.

Este ano o debate do FSI-GI decorre em torno de temas tais como o futuro da Governação da Internet, Neutralidade da Internet, Acesso e Inclusão Digitais, incluindo as Mulheres nas TIC, Proteção das Crianças em Linha, Tecnologias da Internet e Discurso do Ódio.

A reflexão nacional multissetorial (multistakeholder) e as principais mensagens de Portugal que vão sair desta edição do Fórum, contribuem para a discussão que decorre a nível mundial, no IGF 2016, no México, de 6 a 9 de dezembro, sob o tema "Enabling Inclusive and Sustainable Growth". Encontra aqui mais informação sobre o tema.

O tema da Net Neutrality no contexto da Internet tem sido objeto de grandes controvérsias nos últimos anos. O mesmo tornou-se ainda mais urgente com o aparecimento de fornecedores de conteúdos multimédia a pedido (e.g. a Netflix) que exigem uma capacidade de rede significativa, e que competem diretamente com a maioria dos operadores de acesso à Internet, que geralmente são também fornecedores de serviços de televisão.

Nos Estados Unidos, depois de um período de grande polémica que chegou a envolver processos judiciais, em fevereiro de 2015 a FCC (Federal Communications Commission) aprovou a política Internet Aberta, e o seu chairman, Tom Wheeler, declarou então em conferência de imprensa: "[a nova política] proíbe o bloqueio, bane o estrangulamento diferenciado e proíbe serviços rápidos diferenciados e, pela primeira vez, as regras Internet Aberta aplicam-se em pé de igualdade aos serviços móveis".

Uma legislação semelhante foi adotada pela Índia. Na Europa, em 2014, o Parlamento Europeu colocou em discussão pública uma proposta de Regulamento que ia globalmente no mesmo sentido, mas que abria a porta a várias exceções que permitiam a introdução pelos operadores de diferenciação da qualidade de serviço fornecida e de serviços "zero-rated". Após alguma discussão pública, o Regulamento foi aprovado, deixando ao BEREC (o organismo que agrupa os Reguladores de Telecomunicações Europeus http://www.berec.europa.eu) a incumbência de definir linhas de orientação para a sua implementação. Após um período de discussão pública em que as propostas iniciais do BEREC foram bastante contestadas (e.g. https://savetheinternet.eu/em/), o Regulamento foi finalmente aprovado (http://www.berec.europa.eu/eng/netneutrality/) em agosto de 2016. Segundo muitos observadores, incluindo a ISOC que sempre se bateu por esta legislação (http://www.internetsociety.org/net-neutrality), a mesma coloca a Europa no pelotão dos defensores claros da Net Neutrality.

O Regulamento:
- Bane completamente a possibilidade de os operadores bloquearem o acesso a conteúdos, com exceção dos ilegais;
- Impede o condicionamento diferenciado de fluxos de tráfego com base em tipo de aplicações ou origem e destino;
- Condiciona o fornecimento de serviços "zero rated" para impedir que os mesmos possam ser usados para práticas anti-competitivas;
- Requer que os contratos de fornecimento de serviços sejam claros e transparentes no que diz respeito ao tráfego e seu tratamento e obriga à montagem de serviços que permitam aos utilizadores verificarem a conformidade dos mesmos, assim como de meios fáceis de recurso e reclamação;
- Estabelece a obrigatoriedade de os reguladores vigiarem a aplicação destas regras pelos operadores;
- Estabelece um conjunto de exceções a serem tratadas caso a caso.

Segundo vários observadores, o Regulamento é relativamente fair para com os operadores, apesar destes, naturalmente, o contestarem. Esta problemática tem implicações e ramificações em inúmeras vertentes que envolvem: a liberdade de expressão, os direitos e liberdades no acesso a informação e serviços, a regulação da concorrência, a preservação da possibilidade de introdução de inovação constante nos serviços de rede e nos que a utilizam, a liberdade de escolha dos consumidores, e a rentabilidade dos investimentos realizados pelo setor privado em infraestruturas de acesso à Internet.

A discussão da diretiva do BEREC sobre Net Neutrality e as suas implicações nas diferentes vertentes acima elencadas é o objetivo desta sessão.

Questões a debater:
- A Net Neutrality envolve questões reais de liberdade de expressão e direitos e liberdades ou é uma questão meramente do foro da regulação da concorrência?
- A Net Neutrality e os requisitos que lhe estão ligados é uma questão real ou é uma discussão meramente marcada por questões ideológicas?
- A Net Neutrality é mesmo importante para o aparecimento de novos serviços/aplicações/conteúdos ou a discussão está completamente desfocada?
- Em que condições é aceitável que os operadores bloqueiem o tráfego?
- Em que condições é aceitável diferenciar o tráfego dentro da rede? Quais as que são justificáveis e quais as que não são? O que estabelece o Regulamento a este respeito?
- O fornecimento de serviços incluídos num pacote de base e que não são contabilizados ("zero-rated"), ou que são contabilizados de forma diferenciada, é aceitável em que condições? O que estabelece o Regulamento a este respeito?
- Quais são as informações que dizem respeito ao tráfego e aos serviços que devem estar clarificadas de forma concisa e clara nos contratos?
- Como é possível implementar mecanismos para avaliação da conformidade do serviço fornecido com o serviço contratado?
- O Regulamento e a sua implementação concreta tornam o quadro pouco claro para os investidores?
- O Regulamento e a sua implementação concreta constituem uma mudança de regras a meio do jogo?
- Outras questões introduzidas pelos participantes na mesa redonda e pela audiência.

Sobre a ANACOM:
A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) tem por missão a regulação do sector das comunicações eletrónicas e postais. Participa desde 1989 na profunda transformação que se vive neste mercado e na forma como nele comunicamos. Promove a concorrência e garante a liberdade de oferta de redes e de prestação de serviços, zelando pela manutenção da sua integridade e segurança. Protege os direitos e interesses dos consumidores e utilizadores e assegura o acesso ao serviço universal de comunicações eletrónicas e postal. Exige também a prestação de informações claras ao público e a transparência nos preços e nas condições de utilização dos serviços.

Mais informação em: http://www.anacom.pt

Sobre o Portugal Chapter da Internet Society (ISOC PT):
Associação sem fins lucrativos, tendo como fim a promoção em Portugal do desenvolvimento harmonioso, acessível, aberto, não discriminatório e seguro da Internet, com respeito pelos princípios da liberdade de expressão e da privacidade. Reconhecida formalmente pela Internet Society, desde o início de 2011.

Adesões e mais informação em: http://www.isoc.pt, direcao@isoc.pt

Sobre a Internet Society (ISOC.ORG):
The Internet Society engages in a wide spectrum of Internet issues, including policy, governance, technology, and development. We establish and promote principles that are intended to persuade governments to make decisions that are right for their citizens and each nation’s future. Everything we do is based on ensuring that a healthy, sustainable Internet is available to everyone – today and for the next billion users.

Mais informação em: http://www.internetsociety.org

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

APDSI co-organiza a conferência "Novo Regulamento de Proteção de Dados - Preocupações, desafios e oportunidades para as empresas"


A APDSI co-organiza a conferência "Novo Regulamento de Proteção de Dados - Preocupações, desafios e oportunidades para as empresas" juntamente com a Ordem dos Advogados e com a APCE. A iniciativa realiza-se a 3 de novembro, a partir das 9h00, no Auditório do Fórum Tecnológico, em Lisboa.

Com a aprovação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) por parte do Parlamento Europeu, e a sua incontornável aplicação prática em maio de 2018, o novo quadro legal europeu traz novas obrigações, de impacto considerável, para as organizações públicas e privadas. 

O tratamento de dados faz parte do dia-a-dia de qualquer empresa, seja numa lógica comercial, de recursos humanos, financeira ou de comunicação e marketing. Atendendo ao novo regulamento geral sobre a proteção de dados, aprovado pelo Parlamento Europeu, surge a necessidade de criar uma dinâmica pública, pioneira na sensibilização de empresas e indivíduos, para uma melhor adequação dos processos de recolha, manutenção e gestão das suas bases de dados.

As apresentações já estão disponíveis aqui.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

13.ª Conferência Anual itSMF Portugal | "A Gestão de Serviços numa Estratégia de Transformação Digital"


A itSMF Portugal realiza na próxima quinta-feira, dia 27 de outubro, no Auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, a sua 13.ª Conferência Anual subordinada ao tema "A Gestão de Serviços numa Estratégia de Transformação Digital". A abertura da conferência conta com a intervenção da Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca.

O primeiro painel conta, ainda, com a intervenção do Presidente da itSMF Portugal, Rogério Costa, do Vice-presidente da itSMF Espanha, Luís Moran, e do Diretor de Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, Paulo Soeiro de Carvalho, além de outros oradores com interessantes casos de estudo. No final, Reginaldo Almeida modera o Grande Debate sobre o tema da Conferência com um Painel constituído por Ana Cristina Neves (FCT), André Vasconcelos (AMA) e Aurélio Blanquet (EDP).

Porquê o tema "A Gestão de Serviços numa Estratégia de Transformação Digital"?

O mundo está cada vez mais digital. O aumento exponencial de dispositivos móveis, a popularidade das redes sociais, a disseminação de objetos ligados à Internet, o crescimento do volume de dados, a capacidade de processamento, a computação em nuvem e, consequentemente, o cada vez maior grau de dependência de organizações e pessoas do mundo digital, potenciam toda esta transformação digital.

A Economia Digital (Digital Business) é uma mudança de paradigma na forma como as organizações públicas e privadas irão crescer, competir, inovar e prosperar. Esta transformação representa a oportunidade para criar novos modelos de negócio e desenvolver produtos e serviços inovadores anteriormente impensáveis. 

As boas práticas de Gestão de Serviços serão, por isso, fundamentais em qualquer iniciativa de transformação. Neste contexto, os processos de governação e gestão dos serviços TIC representam, por um lado, um elemento facilitador na delineação de uma estratégica de transformação digital com vantagens competitivas associadas e, por outro, garantem a integração de novas e distintas abordagens de negócio, independentemente das tecnologias adotadas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

15.º Fórum da Arrábida da APDSI (2016) | "Repensar o Futuro da Sociedade da Informação - Privacidade, CiberSegurança e Regulação Económica"



A APDSI realizou, no dia 7 de outubro de 2016, o 15.º Fórum da Arrábida subordinado ao tema "Repensar o Futuro da Sociedade da Informação - Privacidade, CiberSegurança e Regulação Económica". O Fórum da Arrábida, na sua edição de 2016, vem na continuidade dos encontros anuais realizados desde 2002 e teve como objetivo reunir um conjunto de personalidades que, em conjunto e sob diferentes perspetivas, refletiram e exploraram novas ideias e entendimentos sobre o que será o futuro da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal. Estamos num mundo cada vez mais complexo e incerto que nos coloca constantes desafios individuais e coletivos.

Este ano, o Fórum da Arrábida focou-se no tema "Privacidade, CiberSegurança e Regulação Económica". O mundo entrou numa nova Era tecnológica, em que as questões ligadas à privacidade, à segurança nas redes e as suas relações e implicações com o mundo económico globalizado, são de importância critica para a vida em sociedade e estão no centro do futuro da SI. Importava, assim, fazer um debate à volta das diferentes perspetivas que se colocam aos cidadãos, às instituições e, em geral, à vida em sociedade.

A APDSI, como associação ativa da Sociedade Civil, pretendeu com este fórum dar o seu singelo contributo para que o advento da SI seja uma grande oportunidade para Portugal e para os portugueses.

A parte da manhã foi dedicada à introdução dos temas em discussão, com o contributo de dois keynote speakers, cujas análises e perspetivas estimularam e complementaram as diferentes visões que os participantes partilharam ao longo do dia.

Abertos os horizontes e estruturados os problemas carentes de respostas, foram constituídos três Grupos de Reflexão que aprofundaram os seguintes domínios:

1 - Privacidade e CiberSegurança;

2 - CiberSegurança e Regulação Económica;

3 - Regulação Económica e Privacidade.

Veja aqui as apresentações e vídeos já disponíveis.

domingo, 16 de outubro de 2016

«an online social network that connects young classical musicians to local audiences through concert house parties»


Daqui, na wired

E o site da Groupmuse neste endereço. De lá:
«Groupmuse aims to create meaning and fulfillment in people’s lives and to change the way that people understand the role of great art in daily life. We do this by using great classical music to build local communities safely and inclusively and by empowering communities to support local professional artists. We use fair and transparent systems to make these connections wherever musicians and audiences are ready for them». E também:
«It’s very important to us that the communities found on our website and at groupmuses are inclusive, accessible, safe, and respectful. You can help by encouraging others to uphold these guidelines and reporting any violating behaviour below». 

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Portugal acolheu as Olimpíadas Internacionais de Informática em 1998. Recorde como foi...



A cidade portuguesa de Setúbal acolheu, de 5 a 12 de setembro de 1998, a 10.ª edição das Olimpíadas Internacionais de Informática.

A coordenação do evento nacional esteve a cargo de Alexandre Cerveira, num ano em que participaram alunos vindos de 68 países. O Comité Científico foi liderado por Rui Gustavo Crespo, do Instituto Superior Técnico.

Fernanda Pedro, à altura vice-presidente da Associação Portuguesa de Informática, integrou a organização desse ano das IOI e recordou à APDSI como foi a experiência.

APDSI - Que memórias guarda das Olimpíadas da Informática 1998?
Fernanda Pedro - O desafio colocado para a organização foi enorme. Garantir que países com quem Portugal não tinha relações diplomáticas poderiam participar, foi uma odisseia. E que não havia problemas entre países com relações "difíceis". O contacto com Embaixadas, Consulados e Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma constante. Fazer um jantar com os leaders de cada delegação, sem ferir susceptibilidades e de agrado geral, um desafio.  Criar o ambiente de competição (no Politécnico de Setúbal) e treino (em Tróia), garantindo que cerca de 260 computadores funcionavam e acediam aos servidores (o wifi estava longe), uma loucura. Garantir que camisolas, bonés, papel timbrado e restante material promocional estava pronto a tempo e com a qualidade pretendida... Criar o ambiente em Tróia em torres que só anos depois foram recuperadas, um exercício de imaginação. Garantir meios de emergência em Tróia e em Setúbal. Encontrar uma equipa de cerca de 70 jovens, para acompanharem as equipas e esperar que entrosassem e ficassem amigos, um divertimento! Não perder mais de 200 pessoas na EXPO! E encaminhar um autocarro para Tróia (que já ia a caminho de Évora, de madrugada, sabe-se lá porquê!). Ter uma Base de Dados com toda a informação relevante de cada participante (aluno, professor, observador, equipa, apoios, etc., incluindo contactos de emergência, etc.), uma tarefa interessante. Muito bom e acabámos com a sensação de "Bom Trabalho". E alguns mal-entendidos, claro! Era necessário emitir um certificado por participante, independentemente da forma como participava e se obteve ou não medalhas. Como este:



APDSI - 68 países estiveram representados em Portugal nesse ano. Como foi gerir tantos alunos em Portugal? Que apoios houve? 
Fernanda Pedro - Estava a tentar aceder ao site do evento que estava alojado em www.missao-si.mct.pt mas já não está acessível, donde muita da informação se perdeu! A gestão dos alunos não foi complicada pois cada equipa tem sempre um team leader que é a ligação à organização. A logística da organização, essa sim criou desafios, desde os alojamentos (Tróia), os transportes (de e para Setúbal, Aeroporto e visitas - EXPO e Évora), a alimentação e as atividades extra-competição. Os apoios encontram-se no folheto abaixo. Assim não há esquecimento de algum.



APDSI - Qual foi a parte mais interessante de estar na organização das Olimpíadas?
Fernanda Pedro - A vivência de 68 nacionalidades, cada qual com sua especificidade.  As noites mal dormidas (trabalho e divertimento), os amigos que se fizeram, os desafios que se superaram - algo que todos guardam na memória.

APDSI - Nesse ano houve portugueses a concorrer?
Fernanda Pedro - Sim, 4 alunos. Os nomes e classificação ao longo dos anos pode ser encontrada aqui. Nenhum foi medalhado.

APDSI - Em 98 ganhar as Olimpíadas Internacionais da Informática tinha mais ou menos impacto que hoje? 
Fernanda Pedro - Penso que equivalente. É uma questão de prestígio se bem que alguns países levem muito a sério o resultado.

APDSI - Quais eram os grandes desafios, na altura, para os alunos resolverem?
Fernanda Pedro - Três problemas em cada dia de competição, a serem resolvidos em C ou Pascal. Em 2016 já estamos no mundo Java.

APDSI - Recorda-se se tinham algum tipo de estímulo por parte das escolas?
Fernanda Pedro - Em algumas escolas, sim. A FDTI na altura também divulgava o evento.

APDSI - Seguiu o rasto dos vencedores da edição de 1998? Onde estão hoje?
Fernanda Pedro - Seguir não! Mas alguns deles são fáceis de localizar, como por exemplo, o Prof. Pedro Ribeiro que já participou 15 vezes na competição, quer como aluno, quer como professor.

APDSI - Acha que as Olimpíadas da Informática são valorizadas e reconhecidas em Portugal?
Fernanda Pedro - Não. Penso que passam completamente despercebidas e continuam a ser a carolice de alguns. As da Química e de Matemática têm maior divulgação. Mas os Prof. Pedro Guerreiro e Pedro Ribeiro poderão dar uma informação mais assertiva sobre este tema.


9.ª Conferência ANACOM: Nova regulação para uma Gigabit Society



A ANACOM vai realizar, no próximo dia 2 de novembro, às 14h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a 9.ª conferência internacional submetida ao tema "Nova Regulação Para uma Gigabit Society".

A iniciativa pretende promover o debate sobre a proposta da Comissão Europeia (CE) de revisão do quadro regulamentar das comunicações eletrónicas, divulgada publicamente a 14 de setembro de 2016, a qual irá determinar a regulação do setor a partir de 2020.

O keynote speaker é Roberto Viola, da Direção-Geral para as Redes de Comunicação, Conteúdos e Tecnologias (DG CONNECT), que fará a apresentação da proposta da CE.

A participação é gratuita e aberta a todos os interessados, apenas sujeita a inscrição prévia online aqui.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Grupo Parlamentar do PCP responde ao pedido de ajuda da ANSOL e AEL contra o DRM


No âmbito da reunião do World Wide Web Consortium em Portugal, a ANSOL e a AEL reuniram-se num protesto contra a inclusão de DRM no HTML e abordaram os partidos com assento parlamentar. O BE respondeu com um artigo de apoio à causa no Esquerda.net e o PCP também deu resposta ao apelo, tendo dirigido à Assembleia da República um documento expositivo, alertando para a situação, ao qual a APDSI teve acesso.

A Associação Nacional para o Software Livre e a Associação Ensino Livre estão atentas à possível integração de DRMs (Digital Restrictions Management) nos códigos HTML que constroem as páginas da World Wide Web.

De recordar que ambas as associações se manifestaram, a 21 de setembro, junto ao Centro de Congressos de Lisboa, onde decorria um encontro da World Wide Web Consortium (W3C), a organização que define as normas para a Web como o HTML e o CSS. Em causa está a pressão que empresas como a Microsoft, a Google e a Netflix têm vindo a fazer junto do W3C para a incorporação de Encrypted Media Extensions (EME) no HTML.

A ANSOL entende que, a tornar-se realidade, esta medida «faria com que o HTML deixasse de ser uma norma aberta, de acordo com a legislação nacional e iria sacrificar injustificadamente a liberdade na Web».

«Que orientações estão a ser seguidas pelos representantes de Portugal neste debate?» e «Que medidas estão a ser consideradas e levadas a cabo para a defesa, neste e noutros âmbitos, do caráter aberto da Internet e das normas técnicas que a definem?» são as perguntas colocadas pelos deputados Bruno Dias e Ana Mesquita, do PCP, ao executivo socialista que, até à data, não se pronunciou sobre o caso.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Câmara Municipal de Lisboa vai criar o portal Lisboa Aberta


A Câmara Municipal de Lisboa vai realizar um workshop no próximo dia 19, nas próprias instalações da autarquia, para recolher sugestões e propostas para um portal de dados abertos, designado Lisboa Aberta, que está a desenvolver.

A criação do portal tem como objetivo a disponibilização de informação sobre a cidade de Lisboa em formatos abertos. 

Segundo informações da Câmara, a sessão de brainstorming será um espaço informal de discussão e elaboração de propostas sobre o portal e outras que potenciem a reutilização e a investigação sobre os dados, bem como a identificação de parcerias para o efeito. 

Pode obter mais informações aqui.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Está a decorrer o Inquérito Aberto à Segurança da Informação nas Instituições em Portugal


A AP2SI - Associação Portuguesa para a Promoção da Segurança da Informação está a realizar o Inquérito Aberto à Segurança da Informação nas Instituições em Portugal. O inquérito visa contribuir para a consciencialização do tema nas pessoas e instituições e através da recolha e estudo de dados específicos de Portugal que possam ser utilizados para medir a evolução do modo como a sociedade e as instituições encaram este tema.

O inquérito está disponível aqui. A AP2SI pretende aferir a perspetiva dos cargos de administração, direção e de todos os colaboradores sobre o modo como as instituições em Portugal trabalham este tema, independentemente da sua dimensão, área de atuação ou volume comercial.