quarta-feira, 27 de junho de 2012


O Ministério da Justiça está a dar particular atenção à importância dos sistemas de informação na reforma judicial. A certeza foi deixada hoje por João Miguel Barros, Chefe de Gabinete da Ministra da Justiça, na conferência da APDSI, intitulada "Um dia com a Justiça Eletrónica - As Tecnologias de Informação e Comunicação no setor da Justiça", que decorreu no ISCSP.

"Nesta nova fase que o Ministério da Justiça enfrenta, é com grande preocupação e interesse que se está a olhar para esta área das novas tecnologias aplicadas ao sector. A senhora Ministra está muito confiante e com vontade de concretizar o Plano de Ação com uma aposta fortíssima nesta área das novas tecnologias", destacou João Miguel Barros.

Para uma melhor adoção dos sistemas de informação nos tribunais, o Governo está a apostar numa metodologia de integração na qual os contributos de todos os intervenientes em qualquer processo judicial - profissionais, associações e instituições envolvidas na Justiça - em "parceria efetiva e igualdade" são chamados a expor as suas atuais necessidades neste contexto. No final deste processo, será preparado um caderno de encargos para o mercado responder às necessidades de todos os intervenientes na Justiça. "Independentemente do mérito do que já foi feito, este é apenas o ponto de partida, não podemos estar satisfeitos com os sistemas de informação que existem; temos que criar um único que sirva todo o sistema de Justiça. Estamos a trabalhar nisto com muta intensidade", disse o Chefe de Gabinete da Ministra da Justiça.

Na conferência de hoje da APDSI o representante do Governo anunciou, também, que está a ser criado o Portal da Justiça com "conteúdos provenientes de diversas fontes".
A conferência da Associação serviu, igualmente, para apresentar publicamente as principais conclusões do estudo "e-Justiça II", resultado de cerca de um ano de trabalho e do contributo de vários elementos que compõem o grupo de trabalho da Associação para esta área da Sociedade da Informação e cuja principal conclusão é que a Justiça já não pode passar sem as tecnologias de informação e comunicação.
Neste momento, com o PGERRTIC (Plano Global Estratégico para a Racionalização e Redução dos Custos nas Tecnologias de Informação e Comunicação na Administração Pública), o principal desafio prende-se com a capacidade de fazer avançar o "Plano de Ação para a Justiça na Sociedade da Informação" com os constrangimentos existentes.

"Ao nível da Justiça Eletrónica, Portugal está a seguir um percurso equiparado ao de outros países da Europa. Temos um Plano de Ação com objetivos e iniciativas que estão de acordo com o que de melhor se equaciona ao nível europeu. Falta, no entanto, visibilidade sobre os planos e calendários de implementação dessas iniciativas. Já percorremos um caminho de informatização de diversos sistemas na área da Justiça. Na área dos registos os resultados são muito bons. Nos tribunais, os diversos sistemas são insuficientes, não estão integrados. Em todas as organizações da Justiça os profissionais convivem com soluções informáticas nas quais reconhecem anomalias e têm melhorias identificadas", esclarece a professora Maria Helena Monteiro, da direção da APDSI, e coordenadora do estudo.

Outra das conclusões apresentadas aponta para a interoperabilidade técnica e semântica como sendo determinantes para as próximas versões de sistemas de informação para a Justiça.
No estudo, lê-se, ainda, que a eventual ineficácia dos sistemas de informação mostra que, em muitas situações, a origem dos problemas está ao nível das leis, dos códigos, da estrutura das organizações da Justiça e da sua governação. "O nível de compreensão geral sobre o significado, impacto e modo de desenvolvimento e de funcionamento dos sistemas de informação na Justiça é muito maior do que há ainda poucos anos. Mas continua a haver necessidade de formação dirigida e focada aos profissionais da Justiça", conclui a coordenadora do estudo.

De salientar que o serviço de registos e notariado foi apresentado, com testemunhos reais, como o caso de sucesso transversal na aplicação prática bem sucedida das tecnologias de informação e comunicação.
O estudo, cujas conclusões, problemas e reflexões foram apresentadas na conferência, foi coordenado pela professora Maria Helena Monteiro, da direção da APDSI, e por Fernando Resina da Silva, coordenador do Grupo de Justiça da Associação.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Observatório da Economia da Informação em Portugal

A APDSI vai realizar uma sessão integrada no Observatório da Economia da Informação em Portugal.

O Observatório da Economia da Informação versa sobre a Sociedade da Informação e tem como principal objetivo a compreensão de aspetos relevantes da economia da informação, incluindo a situação económica das TIC em Portugal e a preparação de memorandos para a Direção da APDSI.

Participe, também, na análise e discussão dos documentos na sede da APDSI, no dia 3 de julho entre as 17h30 e as 19h30. Aos participantes serão distribuídos os documentos logo após a manifestação de interesse pelos temas.

A inscrição é gratuita mas obrigatória através do e-mail secretariado@apdsi.pt.

Consulte o programa no nosso sítio na web.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

"O Novo Capital" - de Jaime Quesado


"O Novo Capital" é o título do livro de Jaime Quesado que vai ser apresentado na próxima quinta-feira, dia 21 de Junho
, pelas 21h30, na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa (Rua do Instituto Industrial, 16).

"O Novo Capital" assume-se como um manifesto de posicionamento das novas tendências que marcam a Sociedade do Conhecimento em que vivemos. Segundo o autor a sobrevivência da nossa matriz social passa pela capacidade objetiva das pessoas protagonizarem este incontornável e exigente desafio de dinamização e adaptação à mudança.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O Impacto da Internacionalização nos Profissionais TIC

A APDSI convida-o a participar na sessão temática que intitulada "O impacto da internacionalização nos profissionais TIC" que se vai realizar no próximo dia 28 de junho, na sede da APDSI, em Telheiras, às 17h00. A sessão vai decorrer sob a coordenação do Eng.º António Maio, Coordenador do GTP "Fórum Profissional".

A internacionalização é um tema de importância incontornável para os profissionais e empresas nacionais. Os impactos associados são significativos desde o primeiro momento e fazem-se sentir em múltiplas vertentes, quer nas questões de ordem prática, no dia-a-dia, até às alterações que podem (devem?) produzir-se na cultura da empresa, no modo de estar e de encarar o futuro.

Os participantes nesta sessão vão testemunhar a experiência de duas grandes empresas de TI a operar em Portugal e no estrangeiro, além de poderem contatar com outros profissionais interessados no tema e partilhar experiências entre si.

Consulte o programa na página da APDSI.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Social Now

O Social Now é um evento internacional, com um formato inovador, que pretende ajudar as organizações a perceberem o que distingue as ferramentas de colaboração disponíveis. Lado a lado vão estar nomes bem estabelecidos no mercado - Sharepoint, da Microsoft, Connections, da IBM, ou Confluence, da Atlassian - e outros mais recentes como Podio, da Citrix e XWiki. Vão, ainda, marcar presença três ferramentas portuguesas - Oobian, da Maisis, Spreadd, da Opensoft e Teepin, da Muchbeta.

As ferramentas serão demonstradas como resposta a três cenários organizacionais (colaboração em projetos, gestão da inovação e partilha de conhecimento) no contexto de uma empresa fictícia. O objetivo é que cada participante possa perceber o que as distingue e decidir qual a que melhor se encaixa nas suas necessidades.
Um painel independente vai mostrar através da sua experiência como aprofundar as características de cada ferramenta e orientar os participantes quanto aos aspetos a considerar na escolha de uma plataforma de colaboração organizacional.

Os sócios da APDSI beneficiam de um desconto de 20% sobre o valor da inscrição. Para tal, por favor utilize o Promotion Code "APDSI". Data limite da oferta: 15 de Junho. Para mais informações consulte o sítio da web da APDSI.

domingo, 3 de junho de 2012

GÉNERO E TIC

Ellen Pao
Como que dando continuidade a este debate promovido pela APDSI, aqui está a minha chamada de atenção para  o artigo Lawsuit Shakes Foundation of a Man’s World of Tech. Começa assim:«MEN invented the Internet. And not just any men. Men with pocket protectors. Men who idolized Mr. Spock and cried when Steve Jobs died. Nerds. Geeks. Give them their due. Without men, we would never know what our friends were doing five minutes ago.
But are these men trapped in the past even as they create the future?
That’s the debate that has sprung up here since Ellen Pao, a junior partner in her early 40s at the distinguished venture capital firm of Kleiner Perkins Caufield & Byers, filed a sexual discrimination lawsuit against the company and her colleagues there.  The complaint, laced with accusations of professional retaliation after spurned sexual advances, has riveted Silicon Valley, whose venture capitalists generally prefer media attention for their businesses and deals, not themselves. Instead of talking about the New New Thing, people are discussing an old, old problem. And they are taking sides.
Although the accusations have yet to be heard in court, even some of Ms. Pao’s critics concede that she is exposing an uncomfortable truth about Silicon Valley: starting tech companies in 2012 is still a male game, and so is funding them. (...)».  Já agora, um blogue que edito - Em Cada Rosto Igualdade -  que se debruça sobre a questão de género, e não só, e que talvez interesse a alguns dos leitores de A Sociedade de Informação em Portugal.