Acho esta frase extraordinária: "o planeta pode suprir as necessidades de todos, mas não pode satisfazer a cupidez de alguns". Saberão certamente que foi Gandhi que o disse em tempos conturbados.
Este ano, penso que alguns, como eu, começaram a contribuir para a sustentabilidade do planeta "eliminando" o envio dos tradicionais postais de Natal, Boas Festas e um Próspero Ano Novo, criando condições excepcionais para os CTT poderem, desde há muitos anos a esta parte, cumprir os objectivos estratégicos para a recolha, distribuição e entrega de todo o tipo de correspondência que, julgo saber, são cerca de 99% para o dia seguinte.
Adoptei há muito o lema "O Natal é quando um Homem quiser" embora tenha consciência que existe um longo caminho a percorrer para que esta decisão seja, efectivamente, um compromisso válido e contínuo.
Esta reflexão, permitirá, talvez pensar, a muitos dos que connosco partilham a Sociedade da Informação em Portugal, que precisamos de nos dedicar a causas e iniciativas para termos, de facto, uma vida melhor.
Uma das opções é mudar de vida. Inspirado numa leitura internacional recente, existem 4 capítulos que importa centrar a nossa melhor atenção. São eles: Parar, Reflectir, Fazer e Inventar.
Mudar ou reinventar a minha/nossa vida podemos fazê-lo em qualquer altura. Podemos fazê-lo a partir do momento em que tomemos consciência do estado actual das coisas, o que assistimos, lemos e o que pensam os especialistas sobre o assunto, o que estão os países a fazer para inovar e a inventar (sim, ambas as palavras podem ser sinónimos de risco e aposta no desconhecido mas devem ser acompanhadas de inteligência), para enfrentar a situação de cada vez maior competitividade das equipas, das associações, dos grupos de interesse, das cidades, das regiões, entre outras dimensões, à escala global.
Em início de década, em que tudo parece ser grátis, efémero, incerto, mas talvez um claro sinal do espírito do tempo de vivemos, viver melhor significará parar para reflectir se vale a pena continuar na senda do hiperconsumismo, ou se pelo contrário, nos devíamos preocupar com saber-fazer e, porque não, promover a ideia que irem todos para a Universidade, talvez não seja uma decisão sábia, pois cada vez mais, faltam especialistas nas mais diversas áreas do Conhecimento.
Quem não passou ainda pela dificuldade em contratar um experiente e profissional canalizador, electricista, ou mesmo, um simples pedreiro?
Nem todas as pessoas podem ou querem ser "doutor". Precisamos de jovens com diferentes curricula, com inteligência, voltar a algumas lições de "tempos antigos" melhor estruturadas e com valores éticos e sãos.
A APDSI tem todas as condições para liderar este movimento de cidadãos, estive, estou e estarei, sempre disponível para que Portugal mereça um palco maior no cenário mundial, aproveitando as nossas forças que são imbatíveis; o mar, a língua, a capacidade de adaptação à inovação, a nossa cultura ou multiculturalidade.
Quem está disponível para acompanhar este grande desafio?
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