quarta-feira, 17 de março de 2010

ACADÉMICOS e NÃO ACADÉMICOS à chuva.Com tecnologia de ponta ao sol.

Com a devida vénia reproduzo aqui parte de um artigo de Delgado Domingos no semanário Expresso e que evidencia "uma estranha utilização da Tecnologia disponível em Portugal" a propósito da Tragédia "Meteorológica" da Madeira.
Titulo :O Instituto de Meteorologia e os resultados da sua tecnologia de ponta

"Na página da Internet do Instituto de Meteorologia (IM) consta que, no orçamento de 2008, cerca de 7,5 milhões de euros provieram directamente dos nossos impostos. Que dispunha de um supercomputador IBM P5 e de um cluster DELL (aglomerado de computadores). Que tinha três centros de investigação na área da meteorologia mas nenhum artigo científico publicado em revistas de referência. Em 2009 tinha 381 funcionários, 50 dos quais admitidos em 2009.

Numa reportagem do Diário Económico (12 de Março), afirma-se em grandes títulos, na sequência de declarações dos seus principais responsáveis, que "Portugal utiliza tecnologia de ponta para prever o tempo". Victor Prior, outro alto responsável do IM, agora na Madeira, afirma também (Notícias da Madeira de 10 de Março) que "prever o que aconteceu estava fora das potencialidades dos modelos usados pelo Instituto de Meteorologia", e que o "IM recusa usar contributos de modelos académicos".

Estas declarações, a que se poderiam juntar as que foram feitas ao Expresso de 27 de Fevereiro e no comunicado institucional do IM motivado pela nossa entrevista à Antena 1, permitem concluir, sem qualquer ambiguidade, que apesar de toda a tecnologia de ponta que diz utilizar, o IM não foi capaz de prever, com mais de 12 horas de antecedência, a situação meteorológica que provocou a tragédia material e humana na Madeira, cifrada em dezenas de mortos/desaparecidos."

Fim de citação.E inicio de tristeza pessoal por este triste estado de coisas.
Académicos e práticos todos pagos pelo nosso dinheiro...quer faça sol quer faça chuva.
Dinheiro há sempre.Tecnologia também.Convergencia de interesses para bem utilizar os dinheiros públicos e as tecnologias só de vez em quando.
Resultados:Bons se não chover.
Nota complementar:
Felizmente que há investigadores portugueses a estudar e a por em prática software para Cardiotecnologia
http://clix.expresso.pt/cardiotecnologia-saber-da-chegada-do-ataque-cardiaco-um-dia-antes=f571006
Assim podemos morrer por má previsão metereológica.Mas menos por má previsão de um ataque de coração devido a más previsões do tempo de vida.
FVRoxo

3 comentários:

Fernandes Almeida disse...

Quanto ao coração já estive nos cuidados intensivos do H.Santa Maria e tudo funciona se estivermos lá. Cá fora depende ... estive 5 horas cá fora com um AVC até ser atendido; resultado uma recuperação lenta na fisioterapia.

Francisco Velez Roxo disse...

Caro Fernandes Almeida
O fundamental é sobreviver!!!
E não há duvida que os nossos hospitais do SNS até estão bem equipados.
O problema é cá fora:falta socorrismo de proximidade e desfribilhadores.
Abraço
FVRoxo

Paulo disse...

Interessante.