quinta-feira, 27 de junho de 2013

APDSI avalia os impactos sociais e económicos da Internet


A APDSI realizou na quarta-feira, 26 de junho, a terceira edição do Observatório da Economia da Informação em Portugal, dedicado ao tema "Aspetos Sociais e Económicos da Internet", cujo objetivo passou por analisar e disponibilizar informação sobre o impacto que a Internet tem e vai ter na transformação da economia.

No novo documento, elaborado por Joaquim Alves Lavado, um dos membros do Grupo de Alto Nível da APDSI, estão presentes um conjunto de recomendações sobre a Internet e a sua importância económica e social, bem como a relação da Internet com os agentes económicos onde o minimizar dos potenciais problemas de segurança relativos às atividades que decorrem online, ganhou particular destaque por ser um dos indicadores que mais preocupa os consumidores. O fomentar de uma maior utilização da Internet na Administração Pública também foi recomendado pelo GAN da APDSI.

No entanto, esta edição do Observatório da Economia da Informação em Portugal trouxe um olhar mais preocupado com a questão do desemprego. Outra recomendação, partilhada por alguns dos membros do Governo que a APDSI também ouviu esta semana, vai no sentido de se estimular a formação em informática nas escolas como um passo importante rumo a uma maior e melhor formação de profissionais na área que invertam a atual curva do desemprego.

No documento apresentado, cujos dados estatísticos são, maioritariamente, do Eurostat e da OCDE, percebe-se que Portugal tem uma boa rede de clientes de Internet mas enquanto 67% dos portugueses lê jornais online e 75% usa diariamente as redes sociais, apenas 28% a usa em serviços de viagens e hotelaria. "Portugal gosta de interagir socialmente e comentar o que se está a passar", avalia Joaquim Alves Lavado.

Enquanto as pequenas e médias empresas estão a procurar mexer e fazer funcionar a Internet, a média de utilização da Internet na Administração Pública em Portugal é bastante baixa, destaca o membro do Grupo de Alto Nível da APDSI: "A média da OCDE é de 41% e Portugal situa-se nos 26%. No México quase ninguém se relaciona com a Administração Pública online". O e-learning em Portugal é também muito procurado com 31,2% das empresas com mais de dez empregados a registar o recurso frequente a este tipo de formação.

Quanto às previsões para o futuro, e desta vez de acordo com dados do IDC - International Data Corporation, apontam para um crescimento do número de tablets vendidos, apesar da crise.

A apresentação desta sessão, cujas conclusões e recomendações foram apresentadas na sede da APDSI, já está disponível online no sítio na Web da Associação.

As outras componentes desta sessão sobre "Mercados dos Produtos e Serviços da Informação" foram apresentadas em fevereiro deste ano e julho de 2012.

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