domingo, 29 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Tomada de Posição da APDSI "Portugal é um só! Gestão Integrada da Informação do Território Português após os Incêndios de 2017"
"Portugal é um só! Gestão Integrada da Informação do Território Português após os Incêndios de 2017" é o mote da Tomada de Posição da APDSI desta sexta-feira, 27 de outubro. Consulte aqui as 11 propostas de ação da Tomada de Posição da APDSI.
A APDSI, enquanto organização da sociedade civil, sem fins lucrativos e de utilidade pública, mobilizada por causas conducentes ao desenvolvimento e transformação digital do país, manifesta a sua profunda preocupação com a ineficiência do Estado na prevenção e combate aos incêndios ocorridos durante o verão de 2017 e com as medidas tomadas pelos poderes públicos na sequência dessa tragédia que ocorreu no nosso país, especialmente no que se refere à utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na gestão do território português.
A Associação está disponível para colaborar em todas as iniciativas públicas e privadas que visem a valorização e desenvolvimento do território português, através do planeamento, gestão e utilização adequada de sistemas e tecnologias de informação de base territorial.
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Conferência anual da itSMF: "Tendências da Gestão de Serviços TIC no Contexto da Inovação"
A itSMF organizou a sua 14.ª Conferência Anual a 10 de outubro, em Lisboa, sob o tema "Tendências da Gestão de Serviços no contexto da Inovação".
Fernando Carvalho Rodrigues, pai do primeiro satélite português, o poSAT-1, abriu a conferência com um enquadramento histórico da teoria da evolução humana onde, conforme demonstrou, há muito tempo que se releva a importância da cooperação entre os Seres Humanos. «Uma espécie tem tanto mais sucesso quanto maior for a capacidade dos seus Seres individuais cooperarem entre si», recordou o professor, citando Piotr Kropotkin.
A evolução até aos robôs foi descrita por Carvalho Rodrigues como uma aventura dos nascidos humanos que transferiram conhecimento para os não humanos e seres de silício (fabricados) com cada vez mais prerrogativas operacionais. «Fizemos isto tudo sem dar conta, por isso, estamos numa sociedade que apareceu sem debates e sem votações mas que existe e muda constantemente», lembrou.
Da complexidade dos dados, há que chegar à simplicidade de uma informação que se quer filtrada e útil com base no sistema de crenças que o professor descreveu como «o conjunto dos pares dos argumentos e seus pesos». Este sistema de crenças, para ser fiável, deve basear-se em argumentos como imagens, modelos de observação, e equações tiradas de interações porque «o que interessa é o sistema de crenças por detrás do algoritmo. Onde há interação e simplicidade de dados é onde há riqueza, ou seja, muita informação com poucos dados».
Enquanto organismo de normalização setorial para as TIC desde 2011, para a itSMF foi importante ouvir casos reais de casos bem sucedidos de gestão de serviços TIC, como foi o caso trazido por Sara Carrasqueiro e Ângela Dias, dos SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
A direção de sistemas de informação do Ministério da Saúde fez uma melhoria do ecossistema através do recurso a aplicações interoperáveis (cerca de 60 utilizadas por quase todas as unidades de saúde públicas). A esta remodelação não é alheia a insatisfação de muitos utentes que obrigou a uma nova equação dos esforços que estavam a ser feitos, garantindo que todos estavam a usar bem as aplicações e dados disponibilizados. «A gestão da mudança passou pela formação nos processos, apoio ao utilizador e formação na ferramenta itsm», explicou Sara Carrasqueiro.
A valorização dos dados também foi o destaque da apresentação de Rui Ribeiro, da IP Telecom, que falou sobre a certificação ISO 27001 e explicou que a informação é dos ativos mais importantes da empresa. «Os dados são o novo petróleo do século XXI. Um gestor que queira tomar decisões precisa deles para gerir conhecimento», concluiu Rui Ribeiro.
"Managing the Robots that Manage Services" foi o tema da apresentação de Robert Falkowitz na Conferência anual da itSMF Portugal '17. Para o especialista foi importante estabelecer a diferença entre robôs autónomos e dedicados e os que têm uma utilização mais generalista (praticamente tudo, hoje em dia, é um computador). Sobre as semelhanças e simulacros que se fazem para estabelecer uma similitude entre robôs e humanos, Falkowitz tranquiliza quem não vê o service management com bons olhos: «Os robôs não conseguem perceber emoções nem mensagens inarticuladas ou pouco claras. E muitos dos devices que usamos vão continuar a precisar da intervenção dos humanos porque não têm capacidade para se repararem a si próprios». Sobre a pertinente questão do engagement emocional, o especialista despede-se de Lisboa com a seguinte provocação: «O que vamos fazer quando os nossos clientes também forem robôs?»
Quando se olha para a valorização das economias, vemos que o sucesso é das que estão a fazer melhor utilização das tecnologias digitais, sublinhou Jorge Portugal, da COTEC - Associação Empresarial para a Inovação. O desafio futuro passará por uma melhor e mais controlada gestão das plataformas digitais que se colocam entre o produto e o cliente. «A maior parte das empresas tem um período de inovação e depois abranda esse ritmo. Isso não é correto», adverte o representante da COTEC.
Diego Berea trouxe à conferência o seu ponto de vista sobre "Inteligência Artificial Aplicada à Interpretação Automática de Indicadores de Gestão de Serviços". Neste campo o grande desafio que se coloca atualmente é o de como transformar dados em texto, podendo, assim, fazer-se previsões contextualizadas com um mínimo de intervenção humana. «Num futuro próximo queremos melhorar tanto os bots que as pessoas nem se apercebam que estão a falar com uma máquina. É levar o modelo data-to-text aplicado à gestão de serviços», antecipou Berea.
Stuart Rance conquistou a audiência da 14.ª Conferência anual da itSMF Portugal pela inusitada e humorada apresentação na qual começou por dar exemplos de empresas bem sucedidas no mercado, sublinhando que têm um ponto em comum: estão focadas na experiência do utilizador. «Os computadores propriamente ditos tendem a desaparecer. Vamos dizer: este é o meu carro, esta é a minha torradeira, este é o meu frigorífico porque, na verdade, já assumimos com grande naturalidade que é um computador que está lá dentro», provocou.
Fazendo alguma futurologia, Stuart Rance acredita que no futuro serão valorizadas as experiências individuais do utilizador, em detrimento de longos tutoriais para acompanhar o software. Para que tal aconteça, é fundamental a cooperação já abordada por Fernando Carvalho Rodrigues, «para que todos contribuam e facilitem o processo».
Sobre a norma ISO 20000-1 de Gestão de Serviços em TI, que já existe desde 2005 e serve para implementar e certificar, Mário Costa, presidente da comissão técnica de gestão de serviços e governação, lembra que a edição de 2018 vai ser alvo de melhorias, tornando o processo mais fácil, flexível e menos exigente em termos documentais. Entre 2015 e 2016 a ISO 20000-1 cresceu 63%, sendo que na Ásia foi onde se verificou o maior crescimento.
Ana Ramos, da eSPap - Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. - trouxe à conferência o bom exemplo do projeto de faturação eletrónica que está a decorrer para todas as entidades da administração pública. «O futuro assenta numa lógica de arquitetura e prestação de serviços articulados entre os parceiros tecnológicos e económicos com outros parceiros como autoridade tributária e segurança social.
Rui Soares, da itSMF Portugal, encaminhou a conferência para o final advertindo para o facto de que o risco existe quando temos dois ingredientes: incerteza quanto ao resultado e um impacto determinante. Ainda assim, no seu entender, correr riscos nesta área é fundamental para que os ganhos também tenham oportunidade. «Há sempre risco residual, não existe risco zero», resume.
O debate que encerrou a conferência foi moderado por José Carlos Martins e confrontou pontos de vista sobre "A Gestão de Serviços TIC no contexto de inovação". Nele participaram Paula Salgado, Frederico Serras Gago, Miguel Muñoz Duarte e Filipe Coelho.
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Conferência da APDSI discute problemas e oportunidades na Deep e Dark Web
A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - organizou a conferência “Um Mergulho no Escuro da Deep e Dark Web” a 13 de outubro, no Museu da Água, em Lisboa.
Para melhor compreender os perigos e oportunidades que se escondem na deep e dark web e que podem ser aproveitados por organizações e indivíduos, a APDSI reuniu um conjunto de especialistas que mostraram algumas das várias valências do Tor - The Onion Router, um software livre e de código aberto que proporciona o anonimato na navegação, recorrendo a várias camadas de cifra.
O termo “Deep Dark Web” foi criado por Michael K. Bergman, CEO e cofundador da Structured Dynamics LLC para se referir aos conteúdos que não podem ser indexados pelos motores de busca e, por isso, não estão disponíveis diretamente para quem navega na Internet.
Luc Billot, CyberSecurity Technical System Architect, falou na conferência da APDSI sobre as quatro camadas de navegação existentes de Internet: common, surface, bergie e charter. A common web é, grosso modo, a Internet “normal”, a que todos nós acedemos diariamente. A surface web já é um lado mais “escuro” da web onde ficam sites fora do comum, mas que, ainda assim, se podem ver com alguma facilidade. A bergie web é o último nível de classe “baixa”, onde estão sites de grupos fechados e que utilizam proxy, Tor ou alguma outra ferramenta que lhes permita acesso. Conteúdo adulto, depoimentos de hackers, manuais de suicídio ou documentos de organizações mafiosas podem morar aqui. A charter web é a deep web. Os planos e estratégias de negócio da Tesla, por exemplo, acredita-se que estão num nível bastante profundo da deep dark web.
O que fazer, contudo, para garantir a segurança nestas navegações? Ter dois computadores (um só para navegar nas águas profundas da Internet) e ter advanced malware protection, antecipa Luc Billot, acrescentando que, ainda assim, é perigoso. Para o especialista é importante ressalvar que «nem tudo é mau na deep e dark web, que se pode usar em países onde há censura e para monitorizar a utilização da cloud, por exemplo». Apenas 4% de toda a Internet é conhecida dos top managers, o que quer dizer que a quantidade de virtual data existente «é muito extensa. Todos os dias descobrimos algo novo», remata Luc Billot.
Henrique Domingos, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNL e da ISOC, colocou a tónica da questão da regulação na deep web «para nos protegermos melhor». O professor referiu a surpresa que teve quando, recentemente, numa das suas turmas de alunos no Alentejo, se apercebeu que metade usava o Tor frequentemente. «Muitos estão conscientes do que estão a fazer e do quanto se estão a expor na Internet. Há aspetos de privacidade a acautelar mas nós fazemos uma leitura diferente da privacidade da que é feita pelas gerações mais jovens», enquadrou o professor. Para Henrique Domingos, o bloqueio da Internet tem implicações grandes e graves ao nível da economia, pelo que a regulação será o caminho a seguir mas «os políticos nestes debates da deep dark web estão totalmente ausentes», lamenta.
Ainda no campo académico, Pedro Adão, professor do Instituto Superior Técnico, diz não ter qualquer resistência a que os alunos explorem vulnerabilidades: «As tecnologias podem ser usadas para coisas boas ou para coisas más. Estamos a tentar que seja um problema digital algo que não é, até porque pode ser usado para evitar censura em países que a têm ou para anonimizar uma rede digital de voto». No entanto, é necessário acautelar os ataques de correlação, de timing e injeções de scripts que podem ocorrer nesta camada de navegação na Internet.
Mário Valente, um dos primeiros piratas informáticos em Portugal que chegou a ser arguido em processo-crime por operação ilegal nas telecomunicações, também deixou o seu testemunho na conferência da APDSI. O agora denominado ethical hacker esclarece que na deep web se encontram muitos serviços e entidades legítimas a operar: «O Estado e a Administração Pública estão lá. O registo predial, comercial e automóvel não é indexável».
Viver com a consciência de que existe escuridão, foi a principal mensagem deixada por Carlos Nunes, da Polícia Judiciária - Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica. Se, por um lado, não se consegue fugir ao desconhecimento e preconceito sobre uma tecnologia que tem um modo de funcionar que permite a recolha de benefícios sem se identificar quem deles beneficia, por outro, o recurso ao Tor «não é um problema em si mas as consequências que lhe estão agregadas». De salientar que o Onion Router pode alojar sites e sistemas informáticos e levar a liberdade de expressão onde não existe.
Ainda assim, se, no “mercado do tudo”, a procura e a oferta garantem anonimização, também não é possível proteger um cliente enganado. O vendedor não é rastreável mas o problema reside no fenómeno, não na rede, acrescenta Carlos Nunes.
Hugo de Sousa, assessor para a Inovação da Ministra da Justiça, considera urgente o recrutamento de profissionais na área que são escassos: «O Estado tem de ser capaz de atrair e manter talento e dar uma resposta mais eficiente nestas matérias».
Hugo de Sousa deixou a notícia de que está a ser construído um novo site para o Ministério da Justiça, no qual a segurança é a forte aposta numa «cultura centrada no utilizador para garantir que temos um Estado Digital».
Ajudar a pensar a deep e dark web foi o objetivo da APDSI com a conferência de sexta-feira 13.
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, aponta o Tribunal + como exemplo positivo da transformação digital do Estado
A Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, esteve hoje na sessão de abertura da conferência da APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - intitulada “e-Government 2017 - A transformação digital do Estado e o desenvolvimento da Sociedade”.
Uma das primeiras questões levantadas pela representante do Governo prende-se com a pertinência do trabalho desenvolvido pelos departamentos de informática da Administração Pública e na forma como estão a acompanhar a mudança da sociedade, ou seja, como é que os backoffices estão a corresponder às exigências de frontoffice. Com o avanço das tecnologias a ocorrer de forma extremamente rápida, é preciso assegurar a integração confortável dos utilizadores nos sistemas desenvolvidos pelos profissionais da área, evitando o conflito.
Como bom exemplo de transformação digital no Estado, Anabela Pedroso apontou o “Tribunal +” onde, após uma sequência de mecanismos adaptados da metodologia Kaisen (de melhoria contínua de processos), foi conseguida uma redução na ordem dos 60% no número de cidadãos a circularem no interior dos tribunais e no volume de papel utilizado.
Delfina Sá Soares, da Universidade das Nações Unidas, lembrou que o mundo ainda corre a dois tempos em matéria de novas tecnologias e que, os mais desenvolvidos, já pensam no bem estar da sociedade para 2030. «Estamos a ser confrontados com o aparecimento de novas tecnologias e com experiências que não conhecemos bem mas que podem ter imenso potencial na administração pública, como por exemplo as blockchains», sublinha a professora.
Quanto ao OGD - Open Government Data, Delfina Sá Soares lamenta que ainda seja pouco usado para «explorar os dados através das tecnologias de data analytics» e acredita que tal se deve às questões de privacidade e segurança do cidadão que ainda olha para este fenómeno com alguma desconfiança: «Até agora a maior parte dos países ainda só teve custos com o OGD». O cidadão deve, no entender da professora, ser o elo condutor do design e da produção de serviços para que, no final, se obtenha aquilo que a população realmente deseja.
Luís Borges Gouveia, da Universidade Fernando Pessoa, ressalvou a importância das soft skills e da sensibilidade humana no mundo digital. Nas contratações para as TIC devem ser atendidos o saber fazer, ser e estar: «Quem estiver disponível para aprender é muito mais valorizado do que quem tem muitas competências técnicas que, a seguir, vão ser ultrapassadas». Atitude, talento e trabalho em equipa são, resumidamente, características que a Administração Pública deve passar a valorizar nos seus recursos humanos.
Da Universidade do Minho, Luís Amaral focou a sua apresentação nas assimetrias existentes internacionalmente e mesmo dentro de Portugal no acesso à Internet, o que obriga à salvaguarda de direitos e deveres na promoção da transformação digital.
Do lado da Administração Pública, André Vasconcelos, da AMA - Agência para a Modernização Administrativa, deixou uma perspetiva otimista da mudança que o Governo tem vindo a fazer «não só na disponibilização da oferta mas na utilização, na garantia de que os serviços estão a ser utilizados». Quantos aos desafios que ainda se colocam até 2020, é preciso assegurar uma transformação digital com forte aposta nos recursos humanos e, para isso, os «fundos comunitários são uma cenoura importante para alargar esta estratégia».
Henrique Martins, SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, referiu o portal da saúde como um dos mais visíveis marcos de sucesso de transformação tecnológica na área da saúde e ainda a recente criação de uma página de Facebook para o SNS. Já internamente, essa mudança está a encontrar algumas resistências: «Temos milhares de funcionários no SNS e é preciso mudar tudo o que andam a fazer. Tem sido um trabalho lento mas efetivo», salienta Henrique Martins.
O reforço de recursos humanos para 2020 é, no entender de Henrique Martins, «o que pode garantir o salto quântico na qualidade dos serviços disponibilizados». A privacidade dos dados não deve ser vista como um problema mas sim como uma oportunidade para o Estado garantir uma boa relação contratualizada e de confiança com o cidadão «fundamental para o sucesso do 2020 e das competências para o digital».
Da ESPAP - Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública IP, Jaime Quesado desafia o Estado a trabalhar mais em rede por forma a conseguir ter uma melhor capacidade de resposta dos serviços. «O Estado tem de fazer da inovação o seu mote para que a transformação digital realmente ocorra», ressalva. Sobre a perspetiva para 2020, Jaime Quesado nota que não há profissionais suficientes para fazerem face à procura atual na área das TIC.
Numa perspetiva de mercado, Carlos Lobo, da EY, entende que «um Governo mais eficiente e uma sociedade mais justa são os objetivos de intermediação entre o cidadão e a Administração Pública que é boa a criar modelos mas péssima na adaptação do backoffice à realidade». Uma opinião secundada por Fernando Reino da Costa, da Unipartner IT Services, que lembra a importância de se conhecerem bem os hábitos do cidadão «para se canalizarem estratégias e recursos de forma correta».
Joana Costa, da GFIPortugal, defende que o foco em qualquer processo de transformação digital são as pessoas e deu como exemplo interno a figura do Chief Innovation Officer que garante que a inovação serve o negócio da empresa.
Pedro Duarte, da Microsoft Portugal, lamenta que o Estado ainda não esteja a fazer o suficiente pelas competências digitais das gerações futuras: «Falta um enquadramento nacional e a disrupção é muito rápida». A inclusão e a literacia digital são as suas maiores preocupações.
No final da sessão foi feita a entrega do “Prémio APDSI e-Gov 2017”. O prémio foi atribuído à Autoridade Tributária e Aduaneira pelo “IRS Automático”. «Este prémio não é só das pessoas de 2017 mas sim de todas as que ao longo destes 20 anos levaram este barco para a frente», destacou Luís Vidigal, presidente da Direção da APDSI. A Menção Honrosa foi para o portal do Serviço Nacional de Saúde.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Conferência da APDSI: "Um Mergulho no Escuro da Deep e Dark Web"
A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação - organiza a conferência "Um Mergulho no Escuro da Deep e Dark Web".
O evento realiza-se no dia 13 de outubro, entre as 14h00 e as 18h00, no Museu da Água (Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos), em Lisboa.
A Deep Web, a parte da rede invisível para os sistemas e mecanismos de pesquisa na Internet, é onde estão redes sociais, sítios web de partilha de fotos e vídeos, catálogos de bibliotecas, sistemas de reservas de companhias aéreas, listas telefónicas e todos os tipos de bases de dados científicos. Estima-se que este conteúdo oculto, a que não conseguimos aceder a partir dos tradicionais motores de busca, corresponda a cerca de 95% de toda a web.
Esta Deep Web, "escondida" sob um manto de invisibilidade que a tecnologia lhe proporciona, permitiu a utilização e crescimento de uma nova Internet descentralizada, cifrada, perigosa e muito para além da legislação.
Se em boa parte da Deep Web estão sítios e páginas com informação útil e importante, a verdade é que outro fragmento é acedido através do recurso a uma peça de software conhecida por TOR - o canto mais sombrio da Internet que permite aceder a uma coleção de sites secretos, que terminam em .onion. Este sistema é utilizado por quem, na sua atividade na web, não quer ser rastreado. Para isso, o modelo subjacente ao TOR proporciona um sistema de retransmissão que remete sinais entre diferentes computadores habilitados para TOR em todo o mundo. Na última década, este método tornou-se um centro para mercados negros que vendem ou distribuem drogas (um exemplo é o famoso Silk Road), cartões de crédito roubados, pornografia ilegal, media pirateada e muito mais.
A Deep Web merece, assim, ser analisada de forma a determinar se devemos ou não mudar a forma como se exploram as informações e elementos online e examinar as questões da privacidade e as ameaças que dela podem advir. No mesmo sentido, a APDSI entende que importa compreender quais são as oportunidades de que dispõem organizações e indivíduos.
Consulte o programa detalhado no site da APDSI. As inscrições são gratuitas mas obrigatórias e devem ser feitas aqui.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
14.ª Conferência Anual da itSMF
O tema, este ano, é "Tendências da Gestão de Serviços no contexto da Inovação".
É globalmente aceite que a inovação é fundamental para o reforço da competitividade das organizações, quer seja numa perspetiva mais económica, quer seja na relação com clientes e parceiros. Este reconhecimento resulta de se considerar que através da inovação podem ser desenvolvidos novos produtos e serviços, ou reformular processos de desenvolvimento e disponibilização desses produtos e serviços, respondendo à elevada pressão competitiva dos mercados e às expectativas dos cidadãos e organizações. É por isso um desígnio transversal à atividade privada e pública, materializando-se neste último caso na eficiência dos processos e da relação com o cidadão.
A Gestão de Serviços pretende garantir previsibilidade na prestação de serviços, como meio de indução de qualidade. Existe por isso o risco de limitar o espaço para inovação que se pretende aberto e ágil. Mas por outro lado, também poderá ser o meio para garantir a estabilidade operacional que facilite a experimentação. E a própria inovação pode e deve ser aplicada na Gestão de Serviços.
A conferência deste ano pretende por isso promover um espaço de reflexão e partilha de experiências que conjugue a Inovação com a Gestão de Serviços, tentando identificar as novas tendências e encontrar formas de conciliar e tirar o melhor partido de ambas as abordagens. O objetivo final é comum: melhorar as organizações e os respetivos produtos e serviços.
O evento conta com a participação de diversos especialistas nacionais na área de gestão de serviços TI, académicos das nossas universidades e outros distintos convidados dos setores público e privado.
Inscreva-se para secretariado@itsmf.pt. Encontra o programa completo aqui.
Inscreva-se para secretariado@itsmf.pt. Encontra o programa completo aqui.
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