A APDSI, na pessoa da sua Presidente da
Direção, a Professora Doutora Helena Monteiro, participou no C-Days 2019,
organizado pelo CNCS (Centro Nacional de Cibersegurança), nos dias
26 e 27 de junho, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
O painel sobre “A importância
de um Observatório de Cibersegurança” foi composto por:
·
Gonçalo Silva, da Direção Geral de
Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC);
·
Joaquim Machado, Diretor de Serviço de
Infraestrutura Tecnológica e Segurança de Informação do Instituto nacional de
Estatística (INE);
·
Fernanda Ferreira Dias, Diretora Geral da Direção
Geral das Atividades Económicas (DGAE);
·
Pedro Mendonça, Consultor do CNCS e responsável
pelo Projeto do Observatório de Cibersegurança
Como moderadora do painel “A
importância do Observatório de Cibersegurança”, Helena Monteiro lançou algumas
questões aos restantes oradores da sessão, em duas rondas, no sentido de abordar
as questões do nascimento e da implementação do projeto, nomeadamente:
1.ª ronda
1. Um
Observatório de Cibersegurança, multidisciplinar, é necessário? Porquê?
2. Que dados
existem sobre a cibersegurança em Portugal? São suficientes?
3. Que outros
dados são necessários recolher no futuro?
4. Que
desafios podemos encontrar nesta recolha?
2.ª ronda
1. Que áreas
são mais importantes?
2. Que
barreiras podem surgir ao Projeto de Observatório de CiberSegurança e como
podemos ultrapassá-las?
Alguns dos aspetos mais salientados nos termos
da multidisciplinariedade e importância do Projeto foram a difusão do
conhecimento na promoção da confiança e a exploração de oportunidades que o
mercado tem para oferecer, segundo a Diretora Geral da DGAE, Fernanda Ferreira
Dias.
Não obstante, Gonçalo Silva ressalvou que se o
espetro de ação do Observatório for muito alargado, incorreremos no risco de
nos perdermos, devido à falta de objetividade. Apesar do elevado
desconhecimento dos dados sobre cibersegurança, Gonçalo Silva prevê que
existirá uma inversão de cenário ainda em 2019.
De acordou com a perspetiva do INE, Joaquim
Machado sublinhou a relevância da mesma semântica para todas as partes
interessadas. Adicionalmente, as entidades deverão contribuir para e entender a
importância da sua missão no âmbito do Observatório de Cibersegurança.
Pedro Mendonça apresentou a dinâmica que está
em marcha e os desafios diários para se concretizarem os resultados esperados
com o Observatório dando relevo às iniciativas de articulação e trabalho
conjunto com a Sociedade – organizações públicas, privadas e do âmbito social.
Numa segunda ronda e relativamente às
barreiras e áreas mais importantes do Observatório, podemos resumir da seguinte
forma:
Foram identificadas barreiras e apresentadas
propostas para as ultrapassar, tais como:
o Aposta na
difusão e promoção de uma consciencialização na segurança online junto das
escolas e universidades;
o Promoção
na confiança do consumidor;
o Necessidade
de sensibilização da sociedade em geral e dos poderes políticos;
o Cooperação
na partilha e difusão dos dados;
o Celeridade na adoção de novas politicas públicas por forma
a não se incorrer no risco de continuarmos ultrapassados;
o Adoção de uma comunicação mais audaz.
Assim, foi conclusão da sessão que as
barreiras podem facilmente tornar-se em oportunidades, aos mais diversos níveis.
Foram, pois, confirmados os objetivos deste
Observatório de Cibersegurança, como por exemplo:
·
Sistematizar os conhecimentos e os dados
disponíveis sobre comportamentos, tecnologia e mercado no âmbito da
cibersegurança;
·
Identificar tendências com base
na informação sistematizada;
·
Promover o debate e a reflexão em torno da
cibersegurança, articulando o ensino superior, o setor público e o setor privado;
·
Contribuir para a construção de modelos de
boas práticas e para a definição de políticas públicas.
Poderá
ainda rever os momentos desta edição do C-Days no canal do
Youtube do CNCS.
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