quarta-feira, 31 de março de 2010

Compêndio de práticas mundiais inovadoras de Governo Electrónico

Por me parecer de interesse generalizado convido-vos a tomar conhecimento do seguinte documento:

http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/UN/unpan037362.pdf

Trata-se de um conjunto de práticas inovadoras de Governo Electrónico em várias regiões mundiais (Portugal está representado pelos Açores) sob responsabilidade do Departamento das Nações Unidas para os Assuntos Económicos e Sociais.

Boas leituras e fonte de inspiração para ideias e novos projectos.

segunda-feira, 29 de março de 2010

IPAD ou não IPAD

De vez em quando descobrem-se uns depoimentos curiosos sobre pessoas inovadoras e produtos inovadores.Ora aqui fica link http://government.zdnet.com/wp-mobile.php
relativo à temática "Young Steve Jobs and why 2010 might be like 1984".
E Boa Páscoa para os Bloguistas que marcam presença neste magnifico blog que não tem necessidade de um PE (programa de estabilidade) mas tem necessidade de um PC (programa de crescimento).
FVRoxo

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dia Mundial das Telecomunicações e da SI

A APDSI fará uma sessão de apresentação das iniciativas a levar acabo no âmbito das comemorações deste dia na sua Sede, dia 3 de Maio às 17:00 horas. http://lc4.in/hDK

Conferência: "Os Tribunais na SI"

APDSI vai organizar uma Conferência intitulada "Os Tribunais na Sociedade da Informação" no dia 8 de Abril, no Auditório B, da Reitoria da UNL.http://lc4.in/7s1

quarta-feira, 24 de março de 2010

Assim é a Sociedade da Informação algures:Mesmo em época de crise a coisa mexe.

O Ipad nasceu há pouco tempo.Mas à volta dele "a indústria mexe" :Instapaper For The iPad May Be The First Killer App. And It Will Be Universal.
Para ler mais aqui fica o link.
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/03/24/AR2010032400447.html?nav=hcmoduletmv

E ali ao lado a Google faz pela vida:Google Bookmarks Adds Lists So You Can Share Even More Links

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/03/24/AR2010032401793.html

Teremos alguma vez na Europa esta dinâmica em "época de banda larga"?
Não se pode perder a esperança.
2020 é para amanhã.

terça-feira, 23 de março de 2010

Também é necessário bom senso

A propósito de "É cada vez mais obrigatório saber alguma coisa sobre Ética", transcrevo um conjunto de textos, sem identificação dos autores, sobre um facto que ocorreu hoje 23 de Março de 2010 na cidade do Porto e que teve reflexos em toda a comunidade académica de Portugal que tentou comunicar com Universidades afectadas pelo "desastre".
Aqueles textos evidenciam que para além da Ética, é necessário saber algo de Engenharia, de Sistemas de Informação, de Sistemas de Comunicação, de Gestão das Operações e uma boa dose de Bom Senso:

Informa-se a comunidade académica,
que não existem comunicações de e para a Internet devido a um problema na infra-estrutura de comunicações no nó do Porto do fornecedor de serviço FCCN.
De momento não existem previsões para o restabelecimento do serviço de acesso à Internet.
cumprimentos,

Informa-se a comunidade académica,
que um incêndio destruiu um troço de cabo de Fibra Óptica na cidade do Porto.
Esse cabo que fazia a ligação a Braga - Universidade do Minho, está a ser neste momento substituído numa extensão aprox. de 1000 metros.
Prevê-se que o restabelecimento do serviço de acesso à Internet fique normalizado ao fim do dia de hoje.
cumprimentos,

Este é o tipo de informação que nem chega a sê-lo.
A comunidade não é um Sistema Fechado.
Há outras Universidades e pessoas que são membros da comunidade académica.
Qualquer conjunto de membros da comunidade académica que se encontre para além do ponto onde ocorreu o incêndio - a propósito como é que se incendeia fibra óptica ? - não recebe esta mensagem.
A mensagem foi emitida hoje às 09:28:43 GMT+00:00 e recebida em Lisboa cerca das 17h00 de hoje.
Para que esta informação existisse era necessário que tivesse sido utilizado um sistema alternativo de "transporte", p. ex. WiFi.
Abraços,

sábado, 20 de março de 2010

É cada vez mais obrigatório saber alguma coisa sobre Ética.

Para os mais interessados no que está a acontecer com e para além das Tecnologias de informação na SICSS, recomendo vivamente a leitura/consulta do livro
The Cambridge Handbook of Information and Computer Ethics
Edited by Luciano Floridi-University of Hertfordshire
http://www.cambridge.org/catalogue/catalogue.asp?isbn=9780521717724
onde os temas Ética e ICT são de uma forma actual, rigorosamente tratados.E as pistas para a sua sintese bem sitematizadas.

Numa época em que bem precisamos de pensar bem antes de "empurrar para a frente de qualquer maneira com ICT" e depois de tudo quanto aconteceu e está a acontecer no sector financeiro internacional, sector fortemente utilizador das ICT "...The Cambridge Handbook of Information and Computer Ethics provides an ambitious and authoritative introduction to the field, with discussions of a range of topics including privacy, ownership, freedom of speech, responsibility, technological determinism, the digital divide, cyber warfare, and online pornography....
Covers a wide range of issues regarding the ethics of information technology, with essays from leading scholars in the field.Broadens from a purely philosophical approach to identifying the practical implications for those working in computer science".
Boa leitura
FVRoxo

quinta-feira, 18 de março de 2010

O DNA do Inovador

A Plataforma do Empreendedor vai realizar no próximo dia 25Março - 09H00-13H00 – um workshop com o tema “CALL FOR ACTION- EMP! OS BASTIDORES DA INOVAÇÃO”, no auditório Luís Morales (instalações da AIP-CE, Junqueira).

Neste workshop irá ser apresentada a iniciativa Fab Labs- laboratórios de fabricação digital e local, onde cidadãos e organizações têm acesso a ferramentas tecnológicas que permitem materializar invenções e ideias. São agentes de dinamização e inovação, que têm contribuído para o desenvolvimento de vários locais no mundo, do Gana à Noruega. Em suma, são centros de prototipagem rápida, que se pretende aberto à comunidade, para que todos possam ter acesso à inovação e à criatividade, promovendo a empregabilidade pela capacitação individual.

Inscrições gratuitas (limitadas à disponibilidade da sala). Saiba mais em www.empreender.aip.pt

A este propósito, aqui fica um interessante vídeo sobre o DNA do Inovador com a entrevista ao Prof Hal Gregersen


quarta-feira, 17 de março de 2010

ACADÉMICOS e NÃO ACADÉMICOS à chuva.Com tecnologia de ponta ao sol.

Com a devida vénia reproduzo aqui parte de um artigo de Delgado Domingos no semanário Expresso e que evidencia "uma estranha utilização da Tecnologia disponível em Portugal" a propósito da Tragédia "Meteorológica" da Madeira.
Titulo :O Instituto de Meteorologia e os resultados da sua tecnologia de ponta

"Na página da Internet do Instituto de Meteorologia (IM) consta que, no orçamento de 2008, cerca de 7,5 milhões de euros provieram directamente dos nossos impostos. Que dispunha de um supercomputador IBM P5 e de um cluster DELL (aglomerado de computadores). Que tinha três centros de investigação na área da meteorologia mas nenhum artigo científico publicado em revistas de referência. Em 2009 tinha 381 funcionários, 50 dos quais admitidos em 2009.

Numa reportagem do Diário Económico (12 de Março), afirma-se em grandes títulos, na sequência de declarações dos seus principais responsáveis, que "Portugal utiliza tecnologia de ponta para prever o tempo". Victor Prior, outro alto responsável do IM, agora na Madeira, afirma também (Notícias da Madeira de 10 de Março) que "prever o que aconteceu estava fora das potencialidades dos modelos usados pelo Instituto de Meteorologia", e que o "IM recusa usar contributos de modelos académicos".

Estas declarações, a que se poderiam juntar as que foram feitas ao Expresso de 27 de Fevereiro e no comunicado institucional do IM motivado pela nossa entrevista à Antena 1, permitem concluir, sem qualquer ambiguidade, que apesar de toda a tecnologia de ponta que diz utilizar, o IM não foi capaz de prever, com mais de 12 horas de antecedência, a situação meteorológica que provocou a tragédia material e humana na Madeira, cifrada em dezenas de mortos/desaparecidos."

Fim de citação.E inicio de tristeza pessoal por este triste estado de coisas.
Académicos e práticos todos pagos pelo nosso dinheiro...quer faça sol quer faça chuva.
Dinheiro há sempre.Tecnologia também.Convergencia de interesses para bem utilizar os dinheiros públicos e as tecnologias só de vez em quando.
Resultados:Bons se não chover.
Nota complementar:
Felizmente que há investigadores portugueses a estudar e a por em prática software para Cardiotecnologia
http://clix.expresso.pt/cardiotecnologia-saber-da-chegada-do-ataque-cardiaco-um-dia-antes=f571006
Assim podemos morrer por má previsão metereológica.Mas menos por má previsão de um ataque de coração devido a más previsões do tempo de vida.
FVRoxo

quinta-feira, 11 de março de 2010

A tecnologia do dinheiro,o sucesso da "Bimby" e a Sociedade da Informação em Portugal

Inspirado por algumas questões retiradas de artigo saído no mckinsey quarterly: The internet of things http://www.mckinseyquarterly.com/High_Tech/Hardware/The_Internet_of_Things_2538
e de um complemento de várias trends pós crise que tenho lido (de entidades respeitáveis),decidi dar continuidade a post anterior sobre a Tecnologia do dinheiro e o caso Portugues.
Curiosamente tentando perceber como funciona uma máquina bimby que comprei para uso exclusivo e pessoal.E que penso guardar como peça de museu dentro de 5 anos, face aos avanços de novas soluções de vida salutar.
Desta forma, com o sentido de humor que ajuda a superar crises em blogs sérios como é este e o da Sedes , aqui ficam 10 pontos de ponderação sobre a "tecnologia do dinheiro na Sociedade da Informação em Portugal do presente face ao futuro e à luz dos principios e valores Bimby e do value for money.

1-A Sociedade da Informação no nosso País deve muito a essa "Bimby" (robot de cozinha) de "outras massas" que foram e são as máquinas do dinheiro (a massa), nascidas à imagem do modelo belga da empresa Banksys e das empresas portuguesas papelaco e gain.
A Rede SIBS (ex rede multibanco)tem uma nova logomarca desde há 2 anos, mas que não deixa de ser reconhecida como o " velho multibanco" para todos nós.
Um referencial de mudança, antes da internet se apresentar ao serviço "nas horas".
E com um desenvolvimento do tipo "bimby" (faz tudo e bem) para jovens casais e velhos casais já com os filhos fora de casa.Pelo menos até agora.

2-Tudo começou com um simples cartão de débito em plástico, que habituou o simples cidadão, a mexer em teclados olhando um ecran e a confiar nos Bancos Comerciais, como boas organizações prestadoras de serviços financeiros.
Tal como o gosto por cozinhar para maridos inicialmente muito cépticos relativamente à bimby tambem o cartão permitia fazer mais e melhor com menos trabalho.
Foi obra esta construção da literacia tecnológica pré Banda Larga.
Que funcionou e ainda funciona bem.
Tal como a bimby.

3-Ora é pena que o debate sobre o futuro da Tecnologia do Dinheiro no contexto da SICSS Portuguesa, seja ainda muito feito a partir do mais elementar raciocinio da tecnologia do dinheiro tradicional(que funciona e pronto!).
Como se estivéssemos sempre a olhar a "bimby" do dinheiro como "aquela máquina" do tipo "máquinas da felicidade consumista, ligadas a um computador".Aquela máquina.
E onde os Portugueses levantam e pagam muito no Natal.etc etc.
Como se falassem da bimby a fazer mais sopas por minuto e para mais gente sentada à mesa.
É caso para dizer:ora bolas de Natal para esta Glória da Tecnologia do Dinheiro!

4-Este assunto para um País como o nosso não é trivial na discussão.Porque fomos e somos reconhecidos no "pioneiros".E somos pobres remediados.
Nem pode ter apenas um debate rápido, tipo "via verde para novas descobertas mediáticas da Glória Eterna do Passado".É pouco face aos desafios.
E é um assunto critico por, na verdade, estarmos perante um Bem Nacional.Privado é certo.Mas Nacional na forma como se materializou tecnologicamente e do ponto de vista de modelo de negócio.Sobretudo.
E que tem de o continuar a ser independentemente de todas as circunstancias e pessoas.Se for possível.

5-Um exemplo dos limites a ultrapassar, antes de mudar para melhor, devia ser utilizado/copiado na Modernização da Administração Publica, levando, nos seus principios básicos, cada Ministério a operar como se de um Banco se tratasse gerido com rigor a partir de "algo bem feito central e descentralizado" uma SIBS de serviço Público em País pobre e remediado.
E nele o sistema de pagamentos se integrasse naturalmente.Modernizado de acordo com o bem estar nacional à procura da "economia da felicidade" através da tecnologia do dinheiro.
Até com o cartão do cidadão a permitir "bimbyzar" o que continua a ser "em cada canto seu espirito santo gordo e anafado (salvo seja).

6-Olhar e prospectivar o futuro neste e noutros campos em Portugal e no quadro Europeu, implica envolver os Centros de Saber Portugueses ou onde estejam Portugueses (especialmente as universidades e empresas)tanto no angulo de pensamento, como no angulo de vontade no analisar criticamente o presente através de formas envolventes e pouco arrogantes.Em jeito de homem sem jeito para a cozinha, mas humilde face às maravilhas e potencial da Bimby existente na cozinha, mas só agora mais apreciada por estarmos em crise.

7-Unir as boas vontades em tempo de crise é vital para qualquer povo.
Sem dinheiro ainda por cima.Como é o nosso caso.
Mas que pode e deve ser criativo e empreendedor.
Como a bimby o foi nos ultimos 40 anos.
É que tecnologia compra-se mesmo a crédito.Ou em sistema de vendas multinivel.
E consultores inteligentes também.Como o são os consultores de vendas da Bimby.
Mas Modelos de Negócio, muito concorrenciais e que tenham Clientes satisfeitos através de flexíveis soluções tecnológicas, só mesmo em concorrencia transparente se conseguem salutarmente manter e exportar.
E com provas dadas na Europa pelo menos.
Como acontece com a bimby.

8-Êxito é algo que não se compra nem se vende fácilmente.Cozinha-se.
Sobretudo na "tecnologia do dinheiro".Que se troca com confiança.
É um trabalho de todos os dias sobre o vector zero defeitos.
Sem esmorecer, mesmo quando se tem apenas o prazer de lutar pela vitória da justiça e da seriedade confiante sem recompensa imediata.Em equipa e com bom senso.E com fiabilidade como é o caso da bimby.
Porque estamos a falar no vil metal de todas as hipóteses de Bem e Mal.
Naquela coisa com que se compram os melões.
Mas que quase nos levou à "bancarrota mundial" há bem pouco tempo,mal "manipulado" e até tecnologicamente mal controlado.

9-Estamos , no quase inicio de uma nova década, à procura da construção de uma nova Sociedade da Informação "à séria". Mas que tem sido uma Sociedade do Consumo fútil de tecnologia, num mundo em crise.
Mas em que há tambem um novo campo de actuação para a "nova tecnologia do dinheiro".
Como houve para a "bimby", na ausencia de empregados domésticos e desafios de cozinha para jovens e velhos casais.
Pela utilização das "TICS do dinheiro" complementada com segurança a todos os níveis, se devem tentar evitar mais Madofisses (mesmo que só à portuguesa).
Como com a bimby se evitam maus cozinhados em tachos banais.
E, no futuro, se o Sol e a Lua dos pagamentos, quando nascerem, forem só para quem tem chip num device qualquer ou RFID na ponta dos dedos,talvez fiquemos mais frustrados e com desilusão tecnológica, porque estivémos demasiado tempo a olhar a Glória e o Luxo sem interesse e classe da tecnologia tradicional.Tipo exibição de joias baratuxas em revista de jet set.
E como ter uma bimby em casa sem funcionar ou sabermos funcionar com ela.

10-Merecida é sempre a glória é certo.
E a "bimby da massa portuguesa" mais do que outrem.
Mas como tudo na vida, a Glória é temporária na sua beleza exterior.E pode, por dentro,conter em si o virus da destruição lenta.
Coisa que no caso da bimby se pode resolver mudando de máquina para um novo modelo.Desde que haja dinheiro e ingredientes para novos manjares.
Notas finais:
(1)Em época de crise financeira vale a pena saber um pouco sobre o dinheiro http://projects.exeter.ac.uk/RDavies/arian/llyfr.html
ou ir mesmo a uma conferencia "à americana"
http://futureofmoney.com/moneyconference/
(2)Em época de dificuldades financeiras para ir ao restaurante, vale a pena saber o que pode fazer com uma bimby
http://www.vorwerk.com/pt/thermomix/html/artigos_de_imprensa,lang,29,all.html

FVRoxo

quarta-feira, 10 de março de 2010

Gartner Top End User Predictions for 2010

Companheiros,

Li algumas informações sobre um relatório recente da Gartner que talvez vos interessem. Em 2014, a maioria dos negócios incluirão custos de carbono.

Implicações no mercado:

Incorporando os custos de carbono em processos de negócio ajudará a fornecer às organizações medidas de poupança, bem como ajudar a preparar as organizações a um maior controlo do seu impacto de carbono.

Poupanças de energia à parte, a ligação entre o dióxido de carbono (C02) de emissões e as alterações climáticas é amplamente aceite pelos políticos e meios de comunicação social nas economias desenvolvidas. Como consequência, as políticas são emergentes e irão penalizar as empresas nas emissões de CO2. Estas sanções podem facilmente situar-se num intervalo entre 10 USD e 50 USD por tonelada de CO2 emitida. A integração da análise do carbono nos processos de negócio dará a um gestor a capacidade de compreender melhor o impacto das mudanças políticas sobre a sua actividade.

Em termos práticos, os custos de carbono na sombra da energia, exigem a adição de um factor de emissões (emissões de carbono por kWh) e um custo previsto de consumo de carbono. A actualização de dados e informação em folhas de cálculo é uma tarefa relativamente simples de executar. Como as emissões de carbono são uma questão global, espera-se que a maioria das organizações inclua os custos de carbono em processos de negócio TI até 2014.

Em 2012, 60% dos novos PCs, registarão um total de vida nas emissões de gases com efeito de estufa, situação que ocorrerá antes do primeiro utilizador ligar o equipamento.

Implicações do mercado:

Devido à natureza complexa da produção de um PC, 80% da energia de um computador é consumida durante a sua vida. Esta ocorre durante a sua produção e transporte. Um simples upgrade desse mesmo PC, pode atrasar a necessidade de adquirir novos computadores. Esta decisão tem sido sugerida como uma estratégia eficaz para reduzir o impacto ambiental.

Num mundo ambientalmente ideal, os PCs seriam mais modulares e robustos, permitindo que sejam actualizados para prolongar a sua vida útil. Devido às implicações e impactos óbvios, a indústria informática não tem exercido esta opção de modernização, como uma estratégia. Enquanto a utilização relacionada com as emissões de CO2 cresce, os fabricantes e os fornecedores de PCs podem esperar que a pressão para entregas mais modulares e PCs actualizáveis seja um direito adquirido.

Como fabricantes, fornecedores e utilizadores de PCs todos terão de responder a esta tendência de crescimento pelo que será um tema de pesquisa da Gartner, durante o próximo ano.

Mais informação em http://www.insidegartner.com/download/Predicts2010_NewBalancePower.pdf

Tecnologia do Dinheiro em época de crise do Euro

O nosso Sistema de Pagamentos (na verdade a face mais visivel da Tecnologia do Dinheiro para a Sociedade Portuguesa desde há mais de 25 anos) é um sistema maioritariamnente baseado em cartões de plástico, agora com chip, utilizando a rede SIBS, (antes rede Multibanco).
Nasceu,cresceu,evoluiu e lá vai fazendo o seu percurso de vida em base serena, com a sua lógica de um bom Modelo de Negócio, utilizando uma tecnologia tradicional e segura, operada por um grupo de profissionais dedicados e garantindo uma grande confiança por parte dos utilizadores diários.
E,principalmente, com a boa actuação tecnológica dos Bancos Portugueses que funcionam bem como bancos comerciais, como banca de proximidade com clientes satisfeitos (Tem dias ...).
Entretanto, enquanto esta tecnologia do dinheiro tem sido um nosso ponto de orgulho nacional, o mundo vai mudando (e a Europa tambem...)neste dominio mas não só.
E ainda que relativamente slow, esta mudança, com o tema da crise a alterar algum do caminho traçado, vai certamente acelerar no pós crise e tambem naturalmente no campo da tecnologia do dinheiro.Como sempre acontece, mesmo que de uma forma um pouco diferente da esperada.
Assim a crise financeira talvez até dê lugar ao FMI europeu.Talvez consolide a SEPA (single euro payments area) e reforce o principio humorístico "tecnologias há muitas seus palermas".Seriedade na sua utilização é que não.

Logo, porque me parece que o tema "Tecnologia do Dinheiro em sentido lato" em Portugal (mas não só, como a crise do Euro evidencia), é um tema que deverá ser discutido na directa relação com a util desmaterialização das transações financeiras e do combate à economia paralela (ainda está o Programa PRODIGI em execução?)em época de PEC e sem perder a necessidade de modernização segura (e não monopolista mesmo que temporariamente), o "Sistema Multibanco" tambem terá de mudará (ou talvez não dirão alguns sábios dos que sabem sempre tudo).
E tal como acontecerá com o Banco de Portugal, a mais curto prazo. Por "cause" evidente.
É claro que pode sempre fazer-se como a Coca Cola fez quando lançou com a Nestlé o Nestea.Aliar-se.Mas sempre e só no negócio das bebidas...ou tambem no do dinheiro (sob qualquer forma, para comprar bebidas?
A questão aqui está em saber se há ou não novo paradigma em aberto para cross production e cross selling, com novas tecnologia do dinheiro em sentido lato.Como bem viu o criativo dono do grupo Virgin noutras áreas ligadas à tecnologia do dinheiro.

Mas como e porquê, é que é a grande questão!E é também a razão porque aqui a coloco, com justificação simples: o comportamento dos clientes vindouros e actuais (pessoas,familias,empresas num contexto Euro cheio de problemas)face a um "cartão bancário", já não estarão para grandes " temas de chip ou não chip", máquina ou não máquina", mas para outra formas tecnológicas seguras de "receber ou pagar" em que o controlo interactivo do processo "seja tão natural como a sua sede".E isso até vai aparecendo.

As alterações para os pagamentos, por exemplo, que ainda estão demasiado no dinheiro vivo, exactamente como eram para os nossos pais vão ou não mudar?
E esta crise poderá criar condições para repensar bem o tema?
Ou só depois de o Euro estabilizar se pode pensar bem no tema?
E como ultrapassar muitas das utilizações tradicionais dos cartões financeiros / bancários, como o que já está a acontecer no campo dos social media systems?

Aqui deixo link para artigo da revista Wired, para lançar o debate (para simples cidadãos que pagam e por vezes não recebem) e que se orgulham, dos êxitos portugueses (como o do sistema Multibanco) mesmo que sejam por vezes mais "rosé " do que puro tinto ou branco na SICSS.
E, no caso Europeu, face à necessidade de salvação do Euro, para já, como dizia o saudos Vasco Santana o " tema é politicamente palheto".
Mas será "carrascão" tecnológicamente falando?

http://www.wired.com/magazine/2010/02/ff_futureofmoney/

FVRoxo

terça-feira, 9 de março de 2010

Exercer o papel de CIO no Estado

Companheiros,

O Luís Vidigal diz que não é fácil exercer o papel de CIO no Estado. E explica porquê.
Estou praticamente de acordo em todo o raciocínio que por ele foi desenvolvido na entrevista à revista Interface Administração Pública. Reservem uns minutos de atenção pois vale a pena.

Toda a informação disponível em http://www.algebrica.pt/i_ap

Saudações Associativas

domingo, 7 de março de 2010

Difusão da Informação

Estes dois URL:

http://www.guardian.co.uk/news/datablog/2010/jan/07/government-data-world

http://data.gov.uk/

conduzem a exemplos de difusão de informação proporcionada pelo Governo de Sua Magestade.

Uma boa prática que permite que todos tenham acesso a tudo.

E por cá ?

Free Information Society

Comunicar não é um tema fácil.
É como sorir.Algo muito diferente de gargalhar.
Comunicar, particularmete na SICSS, tem muito de educar as novas gerações, sobre as mudanças que as velhas gerações foram introduzindo e os problemas de mudança que as "velhas" instituições enfrentam, em especial em tempos de crise.
Vem esta introdução a propósito de um tema actual:
Muito do que se tem passado com o Sistema financeiro Internacional no pós susto, prova, para além de tudo, que este sistema comunica deficientemente (em particular em Portugal para o caso que me interessa evidenciar).

Neste quadro, deixo um exemplo que evidencia como o que é simples está para ser feito, mas alguns vão fazendo.
E em Portugal poderia e deveria ser seguido.

Federal Reserve Releases Propaganda Video to Explains What it Does to Kids
http://www.youtube.com/watch?v=Kj9-kRv0e6s

Desde Setembro de 2008 que o Sistema Finaceiro Portugues tem provado que resistiu bem à crise internacional.
Os únicos "bicos de obra" são conhecidos.
No meio de todos os problemas, assistimos a tentativas várias de "descridibilização dessa Grande Instituição que é o Banco de Portugal", acusado de, apesar dos seus mais de 1000 funcionários, não ter sido eficaz nalgumas das suas tarefas de supervisão.E comunicando, para esclarecer, que há comunicação e há confusão, quando se quer deturpar a comunicação.
Entristeceu-me tudo isto, em especial pela dimensão política de "ataque" ao Governador (que considero não actuou bem), mas sobretudo, entristeceu-me pensar que os nossos jovens, grandes utilizadores das TIC, poderiam a estar a ser influenciados mais do que informados, sobre o interesse nacional de ter Instituições Prestigiadas como o Banco de Portugal que o é e tem de continuar a ser no contexto da Eurolandia.
Daí este meu post.
Comunicar coisas simples para publicos complexos (as novas gerações) é um tema free of charges na SICSS.
Mas obrigatório não falhar!!
A Comunicação das Empresas Financeiras é sobretudo publicidade encantadora.Falham muito na explicação dos seus "lucros" (ainda bem que os têm)
A Comunicação do Banco Portugal tem sido centrada sobretudo no papel do Governador.Falha na explicação do seu papel no contexto nacional e internacional das economias de moeda e crédito.
A Comunicação de um Sistema Financeiro tem de ser um mix de Bom Senso, Descrição e Educação das várias gerações.
Com o apoio das tecnologias de comunicação e informação.
E nem é necessário Banda Larga para isto.
Basta Larga Visão e estratégia KISS(keep it simple stupid.
Até porque é (quase) free.

terça-feira, 2 de março de 2010

Vamos restaurar de novo uma cultura de serviço no nosso país!

Paradoxalmente temos assistido nos últimos anos a uma falência acentuada da cultura de serviço, numa altura em que existem cada vez mais normas e boas práticas no âmbito da gestão de serviços (de TI e não só). Desde meados dos anos 90 que surgem frameworks como ITIL, CobIT, ISO 20000, ISO 38500, CMMI-SVC, MOF, etc.
Surgiu entretanto uma nova área do conhecimento denominada “Ciência de Serviços”, que procura integrar saberes provenientes da Gestão, da Engenharia e das Ciências do Comportamento. A própria IBM chama-lhe SSME (Service Science, Management and Engineering) e tem patrocinado em universidades de todo o mundo a criação de cursos neste domínio.
A cultura de serviço não passa apenas pela existência de ferramentas tecnológicas e processos bem especificados, mas sobretudo envolve atitudes e comportamentos de pessoas e grupos.
Não basta inovar nas tecnologias, no negócio e nos mercados, é urgente saber inovar nos comportamentos e nos relacionamentos sociais.
Servir é, antes de mais, co-produzir valor entre fornecedores e clientes. Faz apelo a competências relacionais difíceis de adquirir no sistema de ensino formal.
A cultura de serviço começa por se adquirir em casa, nas igrejas, nas associações, mas é na experiência do trabalho que ela se consolida ou se perde de vez.
Quando entramos para uma organização que está impregnada da cultura de serviço estas atitudes e estes comportamentos são valorizados e reforçados.
Quando entramos numa organização onde a arrogância, o individualismo, a competição individual se sobrepõem a valores sociais e éticos, a cultura de serviço é esmagada e desaparece a tão desejada co-produção de valor.
Pertenço a uma geração que viveu e lutou por causas e ideais que fizeram apelo ao voluntariado e à generosidade numa fase precoce da vida e de formação da personalidade. Hoje os jovens são formatados para competir e vencer individualmente e não são estimulados a experimentar relacionamentos sociais altruístas capazes de moldar desde cedo a cultura de serviço.
Os governos acentuaram nos últimos anos a destruição da cultura de serviço, ao estigmatizar negativamente a função pública e ao converter serviços públicos em empresas governamentalizadas e em competição com o próprio mercado privado.
Vamos restaurar de novo uma cultura de serviço no nosso país!