quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Primeira LInha de Eléctricos

Associemo-nos à efeméride através da bela ideia do GOOGLE na sua homepage de hoje que abre com aquela imagem: comemora-se o 110º aniversário da inauguração da primeira linha de carros eléctricos que liga o Cais do Sodré a Algés. E uma sugestão: é um belo passeio fazer aquela viagem (pode começar na magnífica  Praça do Comércio) em qualquer época do ano. Pequenos prazeres. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Prémio Eng. A. J. Simões Monteiro


Está a decorrer uma nova edição do Prémio Eng. A. J. Simões Monteiro. O prémio corresponde a uma homenagem dos colegas e amigos de António João Simões Monteiro na data de comemoração do 5º aniversário do seu desaparecimento (18 de Maio de 2007).

Este concurso visa premiar o melhor programa informático em desenvolvimento ou desenvolvido voluntária e gratuitamente para apoio a organizações de solidariedade social, realizado recentemente ou a realizar até Maio de 2012. O objectivo desta iniciativa é estimular e homenagear os que mais se dedicam e prestigiam a Engenharia Informática em Portugal com acções de voluntariado.

Serão admitidos a concurso, projectos ou programas de concepção e produção de conteúdo maioritariamente informático, que revelem um elevado nível tecnológico e de inovação. Os programas ou projectos deverão possuir grande valor acrescentado, sendo condição preferencial estarem em funcionamento ou previsto aplicar a curto prazo em uma ou mais organizações de solidariedade. O promotor ou os elementos da equipa promotora do projecto terão que ser, na sua maioria, Engenheiros portugueses.

O concurso está a decorrer até 31 de Março de 2012. A participação deverá ser formalizada através de apresentação, em mão ou por carta registada, à Ordem dos Engenheiros, Av. António Augusto de Aguiar, de um dossier de candidatura.

Preâmbulo

António João Simões Monteiro nasceu a 8 de Janeiro de 1943.

Licenciado em Engenharia Químico-Industrial pelo Instituto Superior Técnico, com Mestrado em Engenharia Química, pela Universidade de Kansas, e em Gestão de Projectos, pela Universidade Aberta, desde cedo dedicou a sua vida à defesa da Engenharia Informática em Portugal, tarefa que iniciou com a criação da Associação Portuguesa de Informática.

Foi docente do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, sendo aí responsável pelas cadeiras de Gestão de Sistemas de Informação e Aspectos Sócio-Profissionais da Informática.

O Eng. Simões Monteiro foi sócio fundador e Director-Geral da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI).

Era o actual Presidente da Amnistia Internacional Portugal, organização de defesa dos direitos humanos que, em 1981, ajudou a fundar. A sua vida sempre se pautou pelas causas sociais, sendo o seu lema "Direitos Humanos, sempre". Foi o representante português no Technical Committee 9 - "Informática e Sociedade", da International Federation for Information Processing (IFIP) e Membro da Comissão de Programa da fileira Telecooperação, 15th IFIP World Computer Congress, Viena/Budapeste, 1998.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

APDSI propõe medidas de combate ao desemprego em Portugal


A adequação dos sistemas educativos e de formação profissional, desenvolvendo as qualificações intelectuais dos trabalhadores, pode ser a chave para o aumento da inovação e da produtividade em Portugal. Esta foi a principal conclusão manifestada na 11ª tomada de posição do GAN apresentada publicamente na quinta-feira, dia 14 de Julho, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sob o tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação".

O Grupo de Alto Nível é composto por um pequeno número de membros convidados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

Para este resultado, o GAN da APDSI fez um enquadramento do estado do emprego em Portugal e da competitividade da economia nacional, para depois propor as diversas contribuições que a Sociedade da Informação (SI) pode dar no desenvolvimento económico social deste Portugal em crise. Tendo por base dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) e do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), o GAN verificou que os desempregados são, sobretudo, trabalhadores não qualificados (em todos os sectores, com um total de cerca 120 mil desempregados) e que os trabalhadores dos serviços e empregados de escritório também se contam entre os grupos profissionais com mais pessoas desempregadas (cerca de 70 mil e 56 mil, respectivamente). Confirma-se que o sector de serviços é o que mais tem sofrido com o desemprego, embora seja também aquele que absorve mais emprego.

Concluindo que «o aumento das exportações não poderá ser suportado numa desvalorização da moeda, nem tão pouco em salários baixos», esta 11ª tomada de posição do GAN aponta como caminho a seguir o da Sociedade da Informação: «Portugal tem a vantagem de integrar um espaço económico e político desenvolvido. Se nos focarmos num campo mais restrito das tecnologias de informação e comunicação, o Networked Readiness Index coloca-nos em 32º lugar, num total de 138 países».

Por outro lado, um estudo da OCDE mostra que Portugal, entre 1991 e 2001, estava no 29º lugar no ranking de produtividade entre 52 países. «A nossa baixa produtividade é, em grande parte, explicada pelo factor capital humano. Para obter elementos de riqueza numa economia é fundamental construir uma visão inspiradora e mobilizadora de toda a população, sustentada em programas claros de desenvolvimento. Há a absoluta necessidade de estratégias robustas e não uma mera colecção de acções avulsas, como é comum observar nalguns programas nacionais» aponta o GAN da APDSI nesta 11ª tomada de posição pública num período em que Portugal vive uma grave crise financeira (grande endividamento), económica (forte recessão) e social (elevado desemprego).

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

«Cloud Computing» na Administração Pública

Ao ler o artigo Federal Push for ‘Cloud’ Technology Faces Skepticism, interroguei-me sobre o que se estará a passar em Portugal. Por acaso, recentemente, numa acção de formação  em que o Cloud Computing fazia parte da agenda era manifesto que o assunto era mesmo novidade para a generalidade da assistêmcia. Ou seja, não dava sequer para cepticismo ou entusiasmo. Enfim, se calhar, como acontece com frequência, a táctica será: devagar, devagar, devagarinho ...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

“Mil Sócios para a APDSI”

A APDSI, associação sem fins lucrativos e que se dedica à promoção, debate, investigação e desenvolvimento da Sociedade da Informação e Conhecimento, cumpre um plano anual de actividades que visam dinamizar projectos de utilidade pública nesse âmbito. Contudo, este empenho e dedicação à promoção e desenvolvimento da Sociedade da Informação também depende de uma componente financeira que permita à APDSI dispor de um orçamento, utilizado de modo criterioso, tendo em vista a continuidade das suas actividades, assegurando a sua independência de pensamento e acção.

Por isso, convidamo-lo a juntar o seu nome à lista dos que contribuem ou a endereçar o seu convite a personalidades que se enquadrem no espírito subjacente à acção da APDSI.

Os sócios individuais da APDSI constituem o nosso capital humano, daí que a quotização tenha um carácter simbólico (30 euros por ano). Ao tornar-se sócio recebe, de imediato, um exemplar do livro “Do Plano Tecnológico à Agenda Digital - cinco anos de tomadas de posição do grupo de alto nível da APDSI”. Uma edição exclusiva da Associação, lançada no passado dia 17 de Maio.

Ao longo do ano os sócios da APDSI têm acesso a actividades restritas e condições especiais de participação em actividades promovidas por entidades parceiras da APDSI.

Mesmo que não esteja interessado em tornar-se sócio apoie-nos e seja crítico do nosso trabalho, através dos nossos sítios de redes sociais.

A inscrição pode ser feita aqui: http://bit.ly/iObTgk

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Prémio "Editorial APDSI – Sociedade da Informação" - Relativo a trabalhos de 2010


A APDSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, entidade impulsionadora do Prémio "Editorial APDSI – Sociedade da Informação", visa com este prémio distinguir os jornalistas que mais se destacaram no campo da investigação e produção de artigos, ou documentários, subordinados ao tema "Sociedade da Informação" em todas as suas dimensões. A Oracle Portugal é o patrocinador deste prémio.

De acordo com os regulamentos, os trabalhos apresentados a concurso têm que ter sido produzidos e publicados na imprensa portuguesa (nacional ou regional) e/ou no ciberespaço (em blogues ou em sítios jornalísticos na World Wide Web) entre 1 de Junho de 2010 e 31 de Maio de 2011 e as candidaturas devem ser entregues com data de recepção ou de carimbo dos CTT até 30 de Setembro de 2011, incluindo a identificação do autor, ou autores, (nome, morada, telefone, fax e e-mail), cópia da carteira profissional de Jornalista ou original de documento emitido pela instituição que frequenta, um exemplar da publicação na qual o artigo foi editado ou o apontador para o sítio, e o texto em formato electrónico.

As candidaturas poderão ser entregues ou enviadas para uma das seguintes entidades:

Logica
A/C Sónia Manuel
Lagoas Park – Edifício n.8
2740-244 PORTO SALVO

ou:
Oracle Portugal
A/C Luis Guimarães
Edifício 8
Lagoas Park
2740-244 Porto Salvo

ou:
APDSI
A/C Cristina Torres
Rua Alexandre Cabral, Nº2 C – Loja A
1600-803 Lisboa

Os critérios de avaliação que o Júri, constituído por sete elementos com elevado reconhecimento profissional, irá avaliar, englobam a capacidade de inovação, criatividade e descoberta na abordagem do tema, o contributo para a visibilidade e aplicabilidade dos benefícios da Sociedade da Informação, a relevância social, económica, cultural e tecnológica, a contextualização de impactos, e o grau de profundidade da investigação jornalística patente no trabalho.

Os vencedores, que recebem três mil euros no caso de serem distinguidos com o Prémio "Editorial APDSI – Sociedade da Informação", e mil e quinhentos euros no caso das Menções Honrosas, serão divulgados numa sessão pública em data a anunciar.

wikimania


É sabido que a Wikipedia tem muitos desafectos mas não é o meu caso. Reconheço as limitações, mesmo perigos, contudo as vantagens são, do meu ponto de vista, enormes.Com este ponto de partida dou aqui  conta da Wikimania conference de 2011, realizada há pouco, e penso que o lema organizador é inatacável: to create a world in which every single human being can freely share in the sum of all knowledge.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vulnerabilidades

«(...)
For better or worse, said Jonathan L. Zittrain, a Harvard Law School professor, securing the Internet has been largely left to private players — and even government information is increasingly guarded by private companies, whose actions can be difficult to monitor and hold accountable.(...)». Mais no NYT de hoje.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

«Outsourcing»

Nem tudo são rosas: veja The trouble with outsourcing.

 

APDSI defende que a Sociedade da Informação pode criar emprego

Nas análises feitas sobre desemprego e competitividade, o Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI mostra que Portugal não tem uma estratégia para a criação de emprego e para o aumento da competitividade e produção nacional.

Esta conclusão foi tornada pública na 11ª tomada de posição do GAN apresentada na passada quinta-feira, dia 14 de Julho, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sob o tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação". O GAN é composto por um pequeno número de membros seleccionados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

De entre as recomendações feitas neste documento pode ler-se que o crescimento económico deve ser inclusivo e sustentado no desenvolvimento técnico e na produção de novos serviços: «Na Sociedade da Informação a melhoria dos processos de produção, dos produtos e dos serviços resulta do aumento das actividades da informação e, consequentemente, do incremento do capital da informação numa aposta em computadores e redes, por exemplo, e do número de trabalhadores da informação, como engenheiros de hardware e software, arquitectos da informação, programadores e operadores, com importantes impactos na alteração da estrutura do emprego».

Esta posição do GAN é assente em quatro linhas de orientação. São elas: o incremento da quantidade de processos produtivos mais eficientes em termos de recursos (aumentar a qualidade dos sítios web e dinamizar as TIC), fomentar o crescimento inteligente (formação avançada em TIC), melhorar os serviços de informação pensando num mercado global (com a utilização de redes e banda larga) e fomentar o crescimento inclusivo (com programas de qualificação para a população activa).

Deste modo a APDSI deixou clara, nesta 11ª tomada de posição, a importância da Sociedade da Informação na criação de emprego: «Os produtos e serviços da Sociedade da Informação, oriundos do sector da informação, são importantes para a qualificação da população activa, para o aumento da capacidade de gestão dos processos produtivos e para o progresso técnico. São estas variáveis que favorecem o aumento da produtividade e da competitividade dos sectores económicos, nomeadamente dos sectores produtores de bens transaccionáveis para exportação».

A APDSI demonstrou a sua preocupação face à urgência de resolução do problema do endividamento mas entende que o futuro passa por uma estratégia que coloque Portugal no caminho do desenvolvimento económico e social.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Portugueses conquistam pela terceira vez medalhas nas Olimpíadas de Informática


Terminou no passado dia 29 de Julho, na cidade de Pattaya (Tailândia), a 23ª edição das Olimpíadas Internacionais de Informática (IOI) que contou com a participação de 302 alunos de escolas secundárias, provenientes de mais de 70 países. Propostas inicialmente numa reunião da UNESCO, as Olimpíadas Internacionais são um dos mais prestigiados concursos de programação em todo o mundo. Em dois dias de prova (cada um com a duração de 5 horas) os alunos criam programas de computador (em C, C++ ou Pascal) destinados a resolver o conjunto de problemas proposto (3 em cada dia de prova), de natureza algorítmica, e baseados em problemas da vida real com aplicação prática.

Este ano os alunos tiveram, por exemplo, de criar programas para tarefas como: descobrir o melhor percurso possível para realizar uma corrida nas ruas de uma cidade, descobrir o menor caminho para sair de um labirinto, calcular o melhor local para armazenar um depósito de arroz de maneira a minimizar a distância aos arrozais ou a melhor maneira de tirar fotos a um grupo de elefantes. Os programas dos alunos são, depois, submetidos a vários testes de diferentes dificuldades, sendo que a sua correcção e eficiência é avaliada de forma automática e atribuída uma pontuação em função do número de testes correctos respondidos em tempo útil. Para além da competição em si, as IOI proporcionaram uma inesquecível experiência social a todos os participantes, com um programa que incluiu, também, uma visita a um jardim tropical, um espectáculo de elefantes, uma exibição de danças típicas e uma demonstração de artes marciais tailandesas.

Desde 1992 que Portugal participa neste evento, enviando os seus melhores alunos seleccionados através das Olimpíadas Nacionais de Informática, organizadas, actualmente, pela APDSI. A prova está aberta a todos os alunos portugueses com menos de 20 anos e que ainda não frequentem um curso universitário. Este ano a delegação portuguesa foi constituída por:

- Alunos
Rodrigo Gomes (na foto em cima), 12º ano da Escola Secundária Vitoriano Nemésio (Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores);
Pedro Paredes, 11º ano da Escola Secundária de Avelar Brotero (Coimbra);
Mauro Mesquita, 11º ano da Escola Secundária Eça de Queirós (Póvoa de Varzim);
Afonso Santos, 9º ano da Escola Técnica e Liceal de Santo António do Estoril (Estoril).

- Líderes
Pedro Ribeiro - Delegation Leader (DCC-FCUP Universidade do Porto).

Nestas Olimpíadas a alocação de medalhas funcionou de maneira diferente da que vinha sendo habitual, sendo que, no final das Olimpíadas, apenas o aluno que fique na metade cimeira da classificação obtém uma medalha. A competição é muito apertada e levada muito a sério em países como a China, Estados Unidos ou Polónia, onde os alunos se preparam durante um ou mais anos quase exclusivamente para as Olimpíadas, sendo verdadeiros atletas de alta competição. Em Portugal os recursos são mais escassos e a preparação é feita sem os alunos deixarem de seguir o seu normal percurso curricular nas respectivas escolas, em programas que não tocam sequer no tipo de conhecimentos mais avançados que são necessários para umas Olimpíadas desta natureza. Normalmente os representantes portugueses são auto-didactas com gosto pela programação e pela descoberta de algoritmos e estruturas de dados eficientes.

Portugal tinha conquistado duas medalhas de bronze: uma em 2002, na Coreia do Sul, por David Rodrigues (Canas de Senhorim), e outra em 2009, na Bulgária, por Pedro Abreu (Madeira).

Tendo partido para a Tailândia com o objectivo de conquistar novamente uma medalha, a comitiva portuguesa viu os seus intentos serem alcançados. Na cerimónia de encerramento o aluno Rodrigo Gomes recebeu uma medalha de bronze que premiou os seus 323 pontos obtidos nos 2 dias de prova (num máximo de 600), o que lhe deu um 117º lugar na geral (num total de 302 participantes), o melhor resultado individual de sempre por parte de um aluno português, depois do 119º lugar obtido por Pedro Abreu em 2009.

Durante as IOI foram também entregues os prémios correspondentes ao Concurso Ibero-Americano de Informática por Correspondência (CIIC), uma prova internacional destinada a preparar os melhores alunos vários países da América Latina da Península Ibérica para as IOI. Os melhores alunos das Olimpíadas Nacionais representaram Portugal no CIIC e os resultados foram os seguintes:

2 Medalhas de Bronze:
Rodrigo Gomes, 12º ano da Escola Secundária Vitoriano Nemésio (Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores);
Pedro Paredes, 11º ano da Escola Secundária de Avelar Brotero (Coimbra).

1 Menção Honrosa:
João Ramos, 11º ano da Escola Secundária de Avelar Brotero (Coimbra).

Em 2012 teremos nova edição das Olimpíadas Nacionais de Informática, disputada em várias fases de selecção, e culminando na selecção dos alunos que irão representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Informática, que se irão realizar em Setembro de 2012, em Itália.