quarta-feira, 3 de outubro de 2012

14ª Tomada de Posição do Grupo de Alto Nível da APDSI


O Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI apresentou no passado dia 29 de setembro, no Auditório da Plataforma das Artes, em Guimarães, a sua 14ª tomada de posição pública intitulada "Cultura e Arte na SI - Indústrias Criativas".

Num contexto muito marcado pela procura de novos padrões para a atividade humana, a criatividade e os aspetos culturais da nossa sociedade ganham particular importância, entende o GAN da APDSI, que sugere que as indústrias criativas podem ser consideradas como atividade de valor económico e um contexto potenciador das indústrias criativas é o território que, dessa forma, se torna um elemento importante para o seu desenvolvimento.

Nesta 14ª tomada de posição, o GAN entende que a criação de valor pela experiência na realização de objetos criativos ou criação de eventos "promove um maior relacionamento entre indivíduos e dá-lhes capacidade de se constituírem como uma organização em rede, que agrupa num sistema complexo, inúmeras unidades autónomas individuais, mas altamente correlacionadas e baseadas num constante fluxo de trocas entre si".

Para esta análise o GAN teve em conta que o digital contribui para a disseminação e transferência de conhecimento, história e cultura e para o diálogo transgeracional.
"Na Sociedade do Conhecimento quem melhor dominar a organização e produção de informação e quem melhor dominar a tecnologia e possuir recursos humanos com literacia adequada, é mais capaz", afirma Luís Borges Gouveia, professor da Universidade Fernando Pessoa e membro do GAN da APDSI.

O Grupo de Alto Nível da APDSI entende que o desafio que se coloca ao Governo e à sociedade em geral consiste em criar a densidade e diversidade que garantam a sustentabilidade da cultura e da arte enquanto atividade económica.

De entre as oito recomendações que o GAN faz para potenciar a cultura e a arte na Sociedade da Informação enquanto indústrias criativas, destacam-se a referência às condições fiscais "que sejam facilitadoras de novas iniciativas dentro das indústrias criativas", a integração de alguns espaços públicos em rotas temáticas "organizando e disponibilizando as suas histórias e significados" e o cada vez mais solicitado "envolvimento da população sénior de modo a promover a partilha e transferência intergeracional de conhecimento".

Para Luís Borges Gouveia, enquanto representante do GAN, "as indústrias criativas constituem uma das oportunidades que um território com história e densidade cultural, como o território nacional, pode e deve explorar no sentido de promover a sua preservação e o seu potencial de criação de emprego e de atividade económica".

Nos últimos tempos o setor das indústrias criativas começa a ter expressão e demonstra ter potencial económico nacional. Exemplos disso são o aparecimento de pólos do seu desenvolvimento como o da cidade do Porto ou a iniciativa Capital Europeia da Cultura 2012, em Guimarães, ao abrigo da qual decorreu esta apresentação de Tomada de Decisão do GAN da APDSI.

O GAN é composto por um pequeno número de membros selecionados individualmente pela direção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional. O GAN tem a missão de facultar à Direção da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, de forma sistemática e continuada, uma avaliação qualitativa e quantitativa da ação dos Órgãos de Soberania e de outras iniciativas relevantes na área da Sociedade da Informação e do Conhecimento.

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