sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Websummit em Portugal em 2028: o que esperar até lá



2028 será o último ano da Websummit em Lisboa e até lá muitas são as mudanças previstas e anunciadas já na edição deste ano.

Se pensarmos que em 2008 nascia o Spotify, o Facebook ainda não era mobile e faltavam ainda dois anos para conhecermos o Instagram, é fácil concluirmos que daqui a dez anos a Websummit em Portugal não será a mesma que vimos agora.

 Resumindo as intervenções dos principais oradores da Websummit, percebemos que o robô Sophia, que ainda nos deixa boquiabertos tantas e tantas vezes, não estará sozinho. Em 2028, os robôs humanoides farão parte do nosso dia-a-dia, acredita Jamie Paik, professora, fundadora e diretora do Laboratório de Robótica Reconfigurável da École Polytechnique Fédérale de Lausanne.

Quem também esteve em destaque na Web Summit deste ano foi o robô Furhat, da empresa sueca com o mesmo nome. O fundador e CEO da empresa é o sírio Samer Al Moubayed, que acredita que dentro de dez anos os robôs estarão em toda a parte: lojas, aeroportos, supermercados e até em entrevistas de emprego a candidatos. Samer admite que a inteligência artificial nos robôs neste momento ainda não está no ponto, mas está muito perto e vai haver vantagens enormes em ter um robô numa loja, a indicar de imediato o que está ou não em stock naquela loja e em outras sem necessidade de ver no computador, é só perguntar ao robô.

A generalização de veículos elétricos e de serviços de partilha de automóveis também será realidade daqui a 10 anos, acredita Christoph Grote, vice-presidente do grupo BMW para a área eletrónica. Também estão previstos veículos voadores autónomos, como táxis, por exemplo.

No espaço vão vaguear turistas, mas não só. Também poderemos ter centenas, ou mesmo de milhares, de satélites que poderão ser lançados por startups. Tendo em conta a diversidade de negócios espaciais, Jim Cantrell, cofundador da empresa Vector, acredita que este mercado, nos próximos dez anos, vai valer o dobro.

Os milhares de participantes que seguirão rumo a Lisboa, para a Web Summit de 2028, poderão também ter uma experiência turística diferente das que vivenciaram nestes anos. Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, revela que a aposta nacional da próxima década passa pela eficiência e a sustentabilidade com a adaptação da oferta às questões da sustentabilidade ambiental.

Em 2028, poderemos ter elevadores horizontais a mover pessoas de pavilhão em pavilhão. Quem o diz é Andreas Schierenbeck, CEO da Thyssenkrupp Elevator.

As Nações Unidas acreditam que o cruzamento entre internet e política vai ser ainda mais notório dentro de uma década.

A Web Summit não vai ser só um showcase de startups mas passará a ser também um showcase de inovação. A conferência pode vir a transformar-se na próxima CES e a abordar temas como biotecnologia, nanocomputação e computação quântica.

O Ikea também tem uma palavra a dizer sobre a forma como vamos decorar as nossas casas em 2028, sendo que a cadeia sueca de mobiliário acredita que vamos ver mais mudanças nos próximos dez anos do que vimos nos últimos 40. Em 2028, o mobiliário em casa será completamente diferente. As peças vão adaptar-se a nós, indica Pia Heidenmark Cook, diretora de sustentabilidade do grupo Ikea.

No futuro existirão novas formas de adquirir produtos, com a economia a tornar-se mais circular, com um acesso diferente às coisas e com toda a logística do setor a transformar-se. James Trainor, vice-presidente da área de soluções de cibersegurança do grupo AON acredita que, com o passar dos anos, o cibercrime e a cibersegurança passarão da mão dos humanos para o domínio das máquinas: tudo andará à volta do machine learning e da inteligência artificial. Os crimes informáticos serão cada vez mais autónomos e quase sem envolvimento humano ao contrário do que acontece hoje, onde apenas 20% dos cibercrimes não têm mão humana.


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