sexta-feira, 30 de abril de 2010

A propósito de transparência em tempos de crise

O Blog epicenter da revista wired publicou em 2009 um post   sobre o lançamento por Vivek Kundra   America’s first chief information officer  de um spending dashboard  no http://www.data.gov/
Em tempo de crise e antes que a memória da "multidão" esqueça o que se passou e embarque noutra, convém que a palavra "transparente" seja também por cá um bom vector para a SICSS

http://www.wired.com/epicenter/2009/06/datagov-launches-spending-dashboard/

Aceitam-se candidatos para um grupo de trabalho APDSI sobre o tema.
FVR

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Riscos da Sociedade da Informação: Desemprego e injustiça social

Julgo não estar sozinho ao defender uma maior justiça e equidade fiscal, capaz de acabar com a sistemática penalização das classes médias e ter a coragem para tributar os lucros desproporcionados do sector financeiro e de uma meia dúzia de monopólios públicos e privados, que nos ofendem a todos com mordomias e opulências resultantes da apropriação indevida de mais-valias, sem qualquer retorno para a sociedade.
Se queremos continuar a ter um Estado Social e a travar a erosão das classes médias e o aumento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres, temos de rever a lógica de financiamento da Segurança Social procurando nos novos meios de acumulação de riqueza os factores de sustentabilidade que preocupam as gerações futuras.
O trabalho humano, enquanto energia e músculo, desde há muito que deixou de ser o factor mais importante na criação da riqueza. Com a intangibilidade dos serviços, a automação dos processos produtivos e a utilização generalizada das tecnologias da informação e comunicação o conhecimento passou a ser o que resta e tem valor no factor trabalho, reduzindo-se drasticamente o número de oportunidades de emprego para aqueles que concorrem globalmente em postos de trabalho baseados na energia, no músculo e em competências de baixo valor acrescentado.
A transformação acelerada dos processos produtivos apenas tem contribuído para a acumulação de benefícios que vão direitinho para a remuneração dos accionistas e para a opulência das respectivas administrações e de algumas elites económicas mais afortunadas.
As oportunidades de emprego caem todos os anos, como resultado do crescimento económico e de um liberalismo cego em relação aos desequilíbrios sociais.
Não existindo regulação nem medidas de política adequadas aos novos tempos, restam apenas poucas organizações de solidariedade e do terceiro sector que voluntariamente são capazes de ter preocupações de economia social e de redistribuição justa de mais-valias.
Os processos de produção aceleraram-se tremendamente com a Sociedade da Informação e a acumulação de mais valias na mão de um punhado de pessoas tornou-se um escândalo social. O velho sistema contributivo para a Segurança Social tarda em reconhecer e não vai tendo imaginação para encontrar novas formas de financiamento capazes de suportar o Welfare State que todos desejam e apregoam, mas que apenas um ou dois países, como a Suécia e a Dinamarca, têm tido políticas adequadas para o manter e desenvolver.
Temos que reflectir sobre os contributos das TIC para a competitividade, crescimento e emprego no curto e longo prazo e travar a tendência de aprofundamento das desigualdades sociais que paradoxalmente acabam por resultar da sua utilização.
É certo que queremos beneficiar de mais tempo livre e melhor qualidade de vida, porque as tecnologias progressivamente vão ocupando os nossos lugares, mas esse tempo de desocupação não pode ser convertido em mais desemprego e mais miséria para a sociedade.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Na Sociedade da Informação há vários anos que existe uma Olimpíada Nacional de Informática menos apregoada e conhecida que a sua congénere Olimpíada da Matemática.



O quantitativo de alunos com idade até 20 anos inscritos em cada ano continua a crescer mas, os espaços vazios no mapa de distribuição também são de tamanho apreciável.
Consulte o registo da actividade da APDSI desde 2005.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sociedade da Informação "36 anos depois".E ainda bem!!!

E se alguém lhe oferecer flores? (não é "impulse como dizia o spot publicitário...).Isso é só porque é Primavera...!!!!
E se alguém lhe oferecer informação?(não é "computadores" como tem dito a "propaganda" tecnológica). Isso é só porque é "bem" dizer que vivemos na Sociedade da Informação e do Conhecimento!!! 
Vem tudo isto a propósito dos 36 anos do "nosso 25 dos cravos" de que ficou apenas e felizmente uma grande coisa a "democracia".Só por isso sinto-me bem.
E ainda.
Há sempre um "e ainda"...neste caso positivo!!
António Barreto na sua entrevista de ontem à TSF e ao DN:... sobre a forma como somos informados (mediaticamente), dizia:
"A informação, em boa parte, acho que está cumprida. Temos uma informação livre em Portugal. Sei que há riscos, que há interferências, que há pressões. Sei isso tudo. Vocês sabem, nós sabemos. Mas o essencial, se quero dizer o que me apetece e o que penso, como estou a fazer agora, nada me impede. Po-de haver pessoas que não têm acesso por uma razão qualquer, porque não são conhecidas, porque ninguém quer saber o que elas pensam, porque dizem parvoíces; com certeza que há isso, porque tudo tem as suas regras. Mas não sinto nenhuma pressão, nenhum constrangimento na minha liberdade de pensar, na minha liberdade de me exprimir. Pode haver pessoas que tenham certos cargos e que, se dizem algumas coisas, podem depois ter represálias. Isso faz parte das sociedades modernas. Há problemas com a imprensa, com a estrutura da imprensa, rádio, televisão e jornais. No essencial informar corre bem e corre muito melhor o outro tipo de informação, que é a informação pelo Estado e pelas empresas - as empresas também têm responsabilidades em dar informação ao público.".


Naturalmente deixo a pergunta:
E se alguém lhe disser que vivemos na Sociedade da Informação e do conhecimento isso é verdade e o quê para si?


Falar livremente?
Ler e escrever na imprensa?Nos blogs?
Ter havido um Livro Verde da SI?
Haver Lojas do Cidadão?
Cartão do Cidadão?
Computadores aos kilos na AP?
Internet?
Tudo e mais alguma coisa?


E se fosse viver de uma forma diferente (36 anos depois) e não apenas estar mais informado e informar?
Por exemplo, ser mais produtivo e racional na coisa económica e social.
Na vida em Sociedade.
Quer seja a da Informação.
Quer seja também a do conhecimento.
Mas que seja sobretudo a dos Saberes e da Sabedoria (mesmo que esta seja apenas a Sabedoria Popular) num mundo global e em crise.


Temos imprensa livre?Excelente!
Somos bons no e-gov? Excelente!
Somos bons no e-vento?Excelente!


Somos bons no e-gora?
Não!!!
É pena...mesmo que bem informados





segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vídeos da Conferência da APDSI - "Os Tribunais na Sociedade da Informação" no dia 8 de Abril de 2010

Painel da Manhã - Os Tribunais Portugueses e a Tecnologia: A Evolução dos Últimos 3 Anos

Painel da Tarde - O Impacto da Tecnologia na Justiça: Caminhos para o Futuro

Encerramento

sábado, 17 de abril de 2010

A Informação na Sociedade da Informação

Algumas entidades já eram conhecidas e respeitadas pela qualidade da informação fornecida.
Entre essas entidade conta-se o Serviço Meteorológico do U.K. que conseguiu informar correctamente o comando das tropas Aliadas sobre o estado do tempo no Canal da Mancha no dia D (6 de Junho de 1944).
A disponibilização da informação no URL cinzas do vulcão da Islandia é um exemplo da concretização da Sociedade da Informação.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Será que podemos construir organizações que são altamente adaptáveis, infinitamente inventivas e verdadeiramente inspiradoras?

Esta é a questão colocada por Gary Hamel, professor da London Business School, sobre o novo sítio Management Innovation eXchange.

O sítio MIX é uma plataforma colaborativa destinada a fazer face aos grandes desafios que a gestão enfrenta tais como tornar o trabalho mais inspirador, organizações menos hierarquizadas, a inovação mais partilhada e difundida.

Convido-vos também para "testar" este sítio Alfa. O MIX é um lugar onde os líderes do pensamento mundiais, profissionais e empresários podem partilhar ideias, contribuir com vídeos, aprender com as experiências e promover boas práticas de gestão.

Vamos ler o que os outros dizem de melhor e partilhar as nossas próprias histórias?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Audioconferência sobre M-Government

Audioconferência sobre M-Government – Administração Pública em Mobilidade, organizada pelo INA em colaboração com a APDSI e moderada pelo Eng. Francisco Tomé a 26 de Marco de 2010.

José Magalhães na Conferência da APDSI sobre "Os Tribunais na Sociedade da Informação"

Intervenção do Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Dr José Magalhães, na Abertura da Conferência da APDSI sobre "Os Tribunais na Sociedade da Informação", realizada no passado dia 8 de Abril na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sociedade da informação e futebol (mas não só)

Em dia de Benfica- Sporting nada como deixar link para debate no blog da Sedes sobre os "olhos do árbitro".Na Sociedade da Informação.
http://www.sedes.pt/blog/?p=1808
E com os olhos e decisões  do "arbitro ainda sem os recursos às tecnologias de informação".
Debate curioso o que tenho acompanhado sobre as as TIC no futebol, mas em que, num País de "paixões da bola", só se ouve o que diz a FIFA.
No resto apenas se grita Golo! E se discutem os erros de arbitragem.
E se vê o assunto com óculos especiais do tipo destes.Que ganhe o melhor!!!!

domingo, 11 de abril de 2010

Em Abril informações mil.E Pecs?

A Sociedade da Informação, do Conhecimento, Saberes e Sabedoria em Portugal está naturalmente presente no PEC a que tivemos direito.
É normal que nele esteja presente e também seja solidária com este esforço (mais um...)do País, para sermos felizes um dia destes.
Mas não se consegue ler bem o que lá está a esse respeito e que tem que ver com os aspectos críticos de Saberes e Sabedoria, para por o País na rota certa, para além da correcção obrigatória da rota seguida.Como fez o Marques mesmo descontando as polémicas históricas à sua volta.

Mesmo que PEC também queira dizer Pagamento Especial por Conta,desta vez a conta é diferente e o Pec mais pesado.E convém estar atento a este novo Pagamento por Contas dos Erros (PEC) cometidos.

E até seria útil que a UMIC (...), a AMA (...), etc, ajudassem a esclarecer que tudo será mais fácil se continuarmos o caminho para uma alteração de processos de trabalho e uma maior utilização das ferramentas da SI, para deixar no fim bem claro e com maior transparência, que são necessárias medidas em rede a sério
E gente que goste de trabalhar mais nesse sentido, do que passear e andar em conferencias de duvidosa utilidade para a actual situação do País.
E sem que se veja mudar profunda e rapidamente o que tem a mudar.

Para quem ainda não leu o texto base do PEC (documento necessariamente bem escrito mas do meu ponto de vista com demasiado  "requebre eleitoral subliminar" deve ler.
Para pelo menos estar informado.E analisar como somos informados
http://www.min-financas.pt/inf_economica/default_PEC.asp

A minha leitura de economista é simples mas susceptível de discussão: ambicioso nas projecções de crescimento e pouco ambicioso nos cortes de despesa.
A minha leitura de lutador pela Sociedade da informação, do Conhecimento,dos Saberes e Sabedoria em Portugal é que, o aperto vai ser tão grande na estabilidade que o crescimento vai ser como for.
Oxalá esteja enganado.Porque a economia também é uma batata.E a SICSS um batatal de batata doce.

Seria normal que um Documento destes que é apenas um guião para um conjunto de medidas que serão tomadas ao longo do tempo, tivesse uma cuidada apresentação e um bom enquadramento relativo à tão "propagandeada" Sociedade da Informação que temos, mas não temos.
Ajudaria a não desanimar nem desdizer o que foi uma bandeira governamental: A SICSS seri o resultado .de novas formas governar e gerir a coisa pública.Facilitando a vida à Sociedade Civil.
Afinal muito do que temos e como foi conseguido, é uma teia (não uma rede) de gente com empresas a viver à volta do Estado e com profissionais em promiscuidade entre prestar serviços ao Estado e, a partir daí, fazer outras negociatas de conteúdos e aplicações.
E depois do PEC que teremos? É, naturalmente, a pergunta que deixo no contexto da SICSS que diziam que tinhamos e ainda não temos.
Para melhor está bem.Para pior já basta assim.
E este PEC não pode ser para o País mais uma espécie de continuo PECado original.Que nos leve à "expulsão em sentido figurado" da Europa.

Pela simplicidade de leitura proponho um doc inserido no blog da Sedes
http://www.sedes.pt/blog/?p=1858 que é alerta e meia resposta a esta pergunta.
FVRoxo

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Sociedade da Informação e a rede Wi Fi

Antes de "mergulhar" em Barcelona procurei informação sobre a possibilidade de utilizar o meu iPod Touch em ligação a uma rede WiFi e as notícias foram "agradáveis" WiFi Barcelona
Ao chegar ao Hotel pedi informações e deram-me o acesso não a esta rede, mas a duas disponíveis no edifício.
O acesso a partir de uma sala junto à recepção era mais fácil utilizando um dos dois terminais disponíveis do que com o iTouch.
A ligação à rede a partir do quarto-cama obrigou-me a uma pesquisa de qual a melhor posição e localização física do iTouch, o que me levou até meio do corredor, encostado junto a uma das paredes ...
Nos locais públicos procurei a indicação com a placa azul WiFi de que só encontrei um exemplar junto à Fundação Miró. Aí consegui estabelecer uma ligação com o iTouch ao Portal do Ayuntamento de Barcelona, conforme documentado na fotografia

Não consegui ultrapassar o Portal e usar a WiFi em meu proveito. Aliás dentro do edifício da Fundação Miró era impossível estabelecer qualquer acesso quer WiFi quer 3G.
Em qualquer avenida, nomeadamente na Diagonal, o iTouch detectava inúmeras redes privadas, mas a WiFi azul não aparecia ...
Regressei convencido que "um dia" a rede pública WiFi existirá em pleno funcionamento ao serviço da Sociedade da Informação.