quarta-feira, 3 de agosto de 2011

APDSI defende que a Sociedade da Informação pode criar emprego

Nas análises feitas sobre desemprego e competitividade, o Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI mostra que Portugal não tem uma estratégia para a criação de emprego e para o aumento da competitividade e produção nacional.

Esta conclusão foi tornada pública na 11ª tomada de posição do GAN apresentada na passada quinta-feira, dia 14 de Julho, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sob o tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação". O GAN é composto por um pequeno número de membros seleccionados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

De entre as recomendações feitas neste documento pode ler-se que o crescimento económico deve ser inclusivo e sustentado no desenvolvimento técnico e na produção de novos serviços: «Na Sociedade da Informação a melhoria dos processos de produção, dos produtos e dos serviços resulta do aumento das actividades da informação e, consequentemente, do incremento do capital da informação numa aposta em computadores e redes, por exemplo, e do número de trabalhadores da informação, como engenheiros de hardware e software, arquitectos da informação, programadores e operadores, com importantes impactos na alteração da estrutura do emprego».

Esta posição do GAN é assente em quatro linhas de orientação. São elas: o incremento da quantidade de processos produtivos mais eficientes em termos de recursos (aumentar a qualidade dos sítios web e dinamizar as TIC), fomentar o crescimento inteligente (formação avançada em TIC), melhorar os serviços de informação pensando num mercado global (com a utilização de redes e banda larga) e fomentar o crescimento inclusivo (com programas de qualificação para a população activa).

Deste modo a APDSI deixou clara, nesta 11ª tomada de posição, a importância da Sociedade da Informação na criação de emprego: «Os produtos e serviços da Sociedade da Informação, oriundos do sector da informação, são importantes para a qualificação da população activa, para o aumento da capacidade de gestão dos processos produtivos e para o progresso técnico. São estas variáveis que favorecem o aumento da produtividade e da competitividade dos sectores económicos, nomeadamente dos sectores produtores de bens transaccionáveis para exportação».

A APDSI demonstrou a sua preocupação face à urgência de resolução do problema do endividamento mas entende que o futuro passa por uma estratégia que coloque Portugal no caminho do desenvolvimento económico e social.

1 comentário:

António Moniz disse...

Sem dúvida que se torna importante envolver os parceiros sociais nesta discussão.
De igual modo, deveria o Conselho Económico e Social organizar uma iniciativa sobre esta temática.
No ano passado a APDSI, com o apoio da APSIOT, organizou uma conferência com a presença de especialistas nacionais e estrangeiros sobre sociedade de informação e emprego e infelizmente o presidente do CES não pode estar presente. Esperemos que haja mais ocasiões onde alguns organismos nacionais se abram a este debate...