terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Inovação
Inovar não significa construir uma solução inédita para um determinado problema, por vezes uma modificação de processos ou a utilização de novos instrumentos na solução de um problema recorrendo às funções sistémicas de criação, da memorização, do tratamento e da transmissão da informação constitui inovação.
Quando vim trabalhar para Lisboa - 1968 - existia uma zona na Baixa com condicionamento de estacionamento de viaturas denominada Zona Azul.
A CML vendia um quadrado de cartão azul, onde estava inserido um circulo de cartolina, no qual estavam inscritos os períodos de estacionamento, que rodava sob duas janelas rectangulares.
Numa das janelas visualizava-se a hora de início do período e na outra a hora de termino do período. Um agente da autoridade podia assim controlar o estacionamento e multar o proprietário da viatura em transgressão.
Nessa época as pessoas trabalhavam na Baixa de Lisboa.
Por exemplo o Service Bureau da Regisconta estava instalado na R. Serpa Pinto e os transeuntes viam o computador, periféricos e pessoas a trabalhar através de uma janela de vidro muito ampla.
O meu Mini, os 2CV, os R4 estacionavam no largo do Teatro de S. Carlos. É evidente que o período de trabalho e o período de estacionamento não coincidiam.
Surgiu assim uma nova profissão "ajustadores de disco de Zona Azul". Por uma gorgeta individual diária de 5$00 (0,025€) o "ajustador" - tinha na sua posse a chave da viatura -, período a período modificava os dados para o novo período.
Muito perto situava-se o Governo Civil de Lisboa e o Comando Central da PSP cujos trabalhadores utilizavam os serviços dos "ajustadores de disco de Zona Azul".
A notícia que "disparou" esta recordação foi publicada no Local da edição do Publico de 20FEV2010 da qual envio imagem.
A Emel inova a Zona Azul na sua forma electrónica, mas na cor amarela.
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1 comentário:
E porque não utilizar a via verde para pagar o estacionamento e evitar mais um "device"?
E porque não utilizar o "pagamento por telemóvel" para pagar o estacionamento?
E porque não muitas outras coisas que em Lisboa se podiam fazer para disciplinar o estacionamento?
Inovar sim.Concordo.Estamos perante mais uma inovação.Neste caso amarela que é cor bem visivel.Mas em questões de estacionamento aqui e em qualquer outra grande cidade da Europa o estacionamento tem de ser sobretudo pago de uma forma mais segmentada: zonas deveria haver em que nem o carro devia poder ir.
O metro e a Carris em Lisboa até funcionam bem.
Caro Fernandes Almeida:Na minha perspectiva a SI em Portugal não pode ser apenas acrescentar "funções sistémicas de criação, da memorização, do tratamento e da transmissão da informação ".Preferia que o problema ultrapassasse os devices e os software.
O problema do estacionamento em Lisboa é um bom exemplo de como se encontram novas soluções para pagar e não é possivel controlar os estacionamentos em segunda fila em avenidas como a defensores de Chaves,5 de Outubro, etc para tomar a "bica".
Vou propor à EMEL, na ausencia de criatividade repressiva nestes abusos" a divulgação de sistemas de pagamento temporário em segunda fila sob a forma de "chavena".
FVRoxo
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