Vivemos um momento dificil.Parece-me que poucos momentos foram tão dificeis para a Pátria, desde que me conheço.E muitos amigos e conhecidos partilham comigo deste estado de espirito.
Alguns "questionamo-nos em grupo" e dizemos: será por já termos passado o meio século de idade que vemos tudo "tão mal"?
Outros "respondemo-nos em unissomo" dizendo:mas se até os nossos filhos acham o mesmo...
A realidade nua e crua é que estamos mesmo "à rasca". Não todos...mas muitos! E vá lá saber para que serviu a estratégia de Lisboa, o Plano tecnológico (o da Banda Larga, etc) e...até o PRACE que anda fugido da Praça Pública.
A propósito:
Para além de tudo o mais que nos apoquenta em sede de Finanças Públicas e Competitividade, é urgente e imperioso que, "sem facas na mão e na liga", se discuta com sentido positivo, afinal o que fica/ficará do PRACE para além de macro e microestruturas Ministeriais.
E afinal, para além do cartão do cidadão e de muitos outros aspectos positivos, Simplex e não Simplex, levados à prática nos últimos 10 anos (já lá vai uma decada do XXI...) para colocar a Administração Pública (central e local) mais lado a lado, menos frente a frente, mas sempre visando fazer melhor em conjunto CIDADÃO/PRESTADORES DE SERVIÇOS, que balanço podemos fazer dos resultados (mas sem grandes textos porque sdepois ninguem os lê...)
É certo que " a mudança de mentalidades", "a mudança de atitudes", a "mudança das mudanças", são sempre dificeis de fazer (parecia ser mais fácil num pequeno País, mas parece que não é ...e nunca o foi...). Mas no contexto da Sociedade da Informação, do Conhecimento, dos Saberes e da Sabedoria (SICSS) talvez tenhamos de admitir outras explicações para o que continua por fazer.Porque caiu afinal muito do PRACE na Praça Pública?
Afinal qual o estado da arte dos processos de trabalho com apoios tecnológicos "modernissimos", para melhorar a relação com o cidadão, com os colegas e com outros Serviços?
Qual a relação entre Estratégia, Estruturas e Processos implementados no quadro de uma Administração Pública (e Empresas Públicas de serviço social) orientada para o SERVIÇO À COMUNIDADE muito para além do que se diz" em colóquios,conferencias e sessões de formação,etc.E que eram, em ultima instancia uma das metas do PRACE?
Afinal há 1 (uma) ou 13 (treze) " funções públicas" (fora o que fica de fora do OE mas está dentro da perspectiva de serviço público)?
E porque é que nem sequer os sites de cada Ministério têm um look de entrada normalizado e uma navegação facilitadora da transparencia de informação para todos (mesmo os infoexcluidos)? E em que se possa validar que "antes PRACE era assim.E agora é assim!! (para melhor!!).
Mais uma vez parece que os Teóricos das GRANDES REFORMAS da AP se esqueceeram que os resultados a alcançar na SICSS não são como os "burocráticamente obtidos" nas velhas lógicas das reformas feitas à luz do "velho" (mas bem elaborado) manual do Direito Administrativo de Marcelo Caetano e dos principios das políticas públicas visando a melhoria da produtividade AP, postas em prática dos ultimos 15 anos tipo " lá vai lei e segurem-se.Mas poucos vão cair...".
Afinal:PRACE-Para que te fizeram? (no contexto da SICSS).
ERPendeste-te de teres começado? CRManchaste a tua vida)?WORKfloaste a tua Visão que nunca mais a viste?
Haja quem preste contas.Para que TODOS possamos ajudar a corrigir o que correu menos bem.Ou não foi feito.
Porque BEING é fácil!!! DOING é que é complicado.... Dizia-me há uns anos um cozinheiro portugues a trabalhar em Londres desde 1980, quando o interpelei sobre o que achava dos novos rumos da Pátria depois do 25 de Abril.
Levei a resposta (BEING / DOING com sotaque Beirão) para o lado do humor e disse-lhe : tem de voltar a Portugal.Há lá muita coisa na restauração para DOINGuer ("Fazer" em terminologia de humor britanico, género da série ALO ALO).
A resposta foi pronta: "por enquanto, com tantos por lá a "BEINguar", só regresso quando realmente sentir que posso ter o meu Restaurante e SER o que aqui estou a FAZER.
Será que o PRACE foi apenas sopa "nouvelle cuisine" e que, no final teremos apenas "sushi alentejano" regado com "gasosa" fabricada numa "fábrica totalmente robotizada" ?
Já pensei perguntar ao cozinheiro Luso-Britânico que ainda está por terras de Sua Majestade.Mas tive receio de ele me mandar dar uma volta ao PRACE.
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