sexta-feira, 28 de junho de 2013

«Governação Inteligente para o Século XXI»


Governação Inteligente Para o Século XXI
 
 
Estive presente na iniciativa da APDSI a que se refere o post  Partidos Políticos discutem futuras estratégias para a SI que, aliás,  faz uma sintese do que foi dito pelos representates dos Partidos. Pelo que teve de mais e menos conseguido achei a iniciativa muito útil. Com a «autoridade» de quem esteve lá, atrevo-me a  sugerir à volta do seguinte:
- Desde logo, que se faça também uma sintese do que foi dito pela «plateia» tão ou mais rico do que aquilo que veio da «mesa»;
- Depois, sugiro o livro da imagem que me veio à ideia à medida que ia ouvindo algumas das intervenções. Uma pequenissima passagem: «A melhor opção para os paises avançados, enquanto a sua quota no fabrico cai para uma percentagem bem abaixo dos 30 por cento do produto mundial, que mantiveram no periodo após a Segunda Guerra Mundial, não consiste em procurar a "competitividade baseada no preço" através de uma corrida atá ao fundo. Em vez disso, devem esforçar-se por atrair as tarefas de produção "não competitivas em matérias de preço" - por exemplo, a inovação, as capacidades de elevada procura e os serviços de valor acrescentado. Isto depende da existência de informação e infra-estruturas de ponta, excelência na educação e na formação, bem como de uma qualidade de vida propicia nas regiões urbanas que albergam a economia global»; 
- Em seguida, propor aos Partidos que dinamizem Audiências Parlamentares online, previstas mas quase inexistentes. E, quem sabe, até por esta via se podia continuar a desenvolver a iniciativa aqui em causa e, por exemplo, desta forma os Partidos poderiam beneficiar de mais contributos informados;
- Por último, e movida pelo que foi dito, lá na sessão havida, é cada vez mais minha convicção que se no Plano de Atividades de cada Organização das Administrações Públicas a questão das TI tivesse de ser equacionada que isto resolveria alguma coisa em termos imediatos, e numa ótica estratégica. Bem vistas as coisas, é assim que deve ser.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

APDSI avalia os impactos sociais e económicos da Internet


A APDSI realizou na quarta-feira, 26 de junho, a terceira edição do Observatório da Economia da Informação em Portugal, dedicado ao tema "Aspetos Sociais e Económicos da Internet", cujo objetivo passou por analisar e disponibilizar informação sobre o impacto que a Internet tem e vai ter na transformação da economia.

No novo documento, elaborado por Joaquim Alves Lavado, um dos membros do Grupo de Alto Nível da APDSI, estão presentes um conjunto de recomendações sobre a Internet e a sua importância económica e social, bem como a relação da Internet com os agentes económicos onde o minimizar dos potenciais problemas de segurança relativos às atividades que decorrem online, ganhou particular destaque por ser um dos indicadores que mais preocupa os consumidores. O fomentar de uma maior utilização da Internet na Administração Pública também foi recomendado pelo GAN da APDSI.

No entanto, esta edição do Observatório da Economia da Informação em Portugal trouxe um olhar mais preocupado com a questão do desemprego. Outra recomendação, partilhada por alguns dos membros do Governo que a APDSI também ouviu esta semana, vai no sentido de se estimular a formação em informática nas escolas como um passo importante rumo a uma maior e melhor formação de profissionais na área que invertam a atual curva do desemprego.

No documento apresentado, cujos dados estatísticos são, maioritariamente, do Eurostat e da OCDE, percebe-se que Portugal tem uma boa rede de clientes de Internet mas enquanto 67% dos portugueses lê jornais online e 75% usa diariamente as redes sociais, apenas 28% a usa em serviços de viagens e hotelaria. "Portugal gosta de interagir socialmente e comentar o que se está a passar", avalia Joaquim Alves Lavado.

Enquanto as pequenas e médias empresas estão a procurar mexer e fazer funcionar a Internet, a média de utilização da Internet na Administração Pública em Portugal é bastante baixa, destaca o membro do Grupo de Alto Nível da APDSI: "A média da OCDE é de 41% e Portugal situa-se nos 26%. No México quase ninguém se relaciona com a Administração Pública online". O e-learning em Portugal é também muito procurado com 31,2% das empresas com mais de dez empregados a registar o recurso frequente a este tipo de formação.

Quanto às previsões para o futuro, e desta vez de acordo com dados do IDC - International Data Corporation, apontam para um crescimento do número de tablets vendidos, apesar da crise.

A apresentação desta sessão, cujas conclusões e recomendações foram apresentadas na sede da APDSI, já está disponível online no sítio na Web da Associação.

As outras componentes desta sessão sobre "Mercados dos Produtos e Serviços da Informação" foram apresentadas em fevereiro deste ano e julho de 2012.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Data Science / Analyzing the Analyzers An Introspective Survey of Data Scientists and Their Work




A O'Reilly continua colocar muita atenção à questão em torno de Data Science e publicou, já este mês, um estudo muito interessante e actual sobre a temática. Chama-se "Analyzing the Analyzers An Introspective Survey of Data Scientists and Their Work".


Está disponível (gratuitamente) no site daquela entidade, sendo acessível por este link:
http://oreilly.com/data/stratareports/analyzing-the-analyzers.csp?imm_mid=0ab5e8&cmp=em-strata-newsletters-strata-webcast-20130626-elist

Enquanto ramo com recrudescida importância no seio das Ciências da Informação, a Data Science merece bastante atenção na comunidade académica norte-americana (entre outras). Eis um exemplo daquilo a que  nos referimos:

"It will be interesting to see the effectiveness of the new analytics, data science, and business intelligence Master’s-level degrees that many colleges and universities are now starting to offer. The history of many current data scientists are those who pivoted through a variety of fields, giving them the breadth and depth needed for the field almost accidentally. It remains to be seen whether new degrees will offer the scope and practicality to provide the software engineering, statistical thinking, and domain skills needed to be immediately effective, or if additional experience will be necessary." (op. cit., página 24)

APDSI patrocina "As Ideias de TICAP"


A APDSI patrocinou a cerimónia de entrega dos prémios "As Ideias de TICAP", que decorreu a 26 de junho de 2013 no ISCSP, no auditório do piso 1.

O Prémio "As Ideias de TICAP" destina-se a premiar anualmente trabalhos produzidos no âmbito da unidade curricular de TICAP - Tecnologias de Informação e Comunicação e Acção Política, do Curso de Ciência Política do ISCSP, que tenham sido submetidos a apreciação do respetivo júri.

Partidos Políticos discutem futuras estratégias para a SI


A APDSI reuniu com os representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia da República para debater as estratégias e propostas para a Sociedade da Informação e do Conhecimento, centradas numa perspetiva de futuro para a economia.

Tiago Ivo Cruz, representante do Bloco de Esquerda, advertiu para alguns aspetos menos positivos que estão diretamente relacionados com o desenvolvimento das novas tecnologias sem, no entanto, valorizar em excesso o colapso de certas cadeias laborais a que este processo levou. “É um erro de análise apontar um colapso geral de certos setores da economia como consequência do desenvolvimento trazido pela Internet e da circulação da informação, que trouxe um novo potenciar de escalas económicas que não têm razão para não funcionarem lado a lado com as cadeias tradicionais”, sublinha o membro do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda.

Lembrando que apenas 4% dos serviços do Estado português têm software livre, Tiago Ivo Cruz apela ao inverter desta realidade: “O software livre corresponde a uma opção que os serviços públicos devem tomar porque é ele que melhor responde à necessidade de uniformização da informação e a uma melhoria da relação com os cidadãos, centralização, credibilidade e reutilização da própria informação. É de valorizar a possibilidade de se mexer nele de forma livre e criativa”.

Raúl Almeida, em representação do Centro Democrático Social/Partido Popular, lê o desenvolvimento da Sociedade da Informação como uma revolução que provoca uma quebra no emprego tradicional. “Há uma acessibilidade direta e em tempo real a tudo. As funções de todos os quadros médios de empresas são, hoje em dia, mais de interpretação dos dados disponíveis e da realidade funcional de cada companhia, do que eram antigamente. Esta realidade tem que ser importada para a reforma do Estado”. A diferença entre regulamentação e regulação do setor também mereceu a atenção de Raúl Almeida.

Repetindo a experiência de participação neste debate bi anual que a APDSI promove, Bruno Dias, do Partido Comunista Português, referiu-se ao papel das TIC na produção nacional: “Crescimento económico. Temos usado muito esta expressão como uma expressão do passado e não pode continuar a ser assim. Está a registar-se uma quebra no investimento superior a 26% o que pode pôr em causa o próprio potencial produtivo do país. Não era este cenário que esperávamos ter pela frente quando falávamos que era urgente pôr Portugal a produzir para as nossas próprias necessidades. Estamos a substituir exportação por emigração”.

Para o deputado a resposta que o Governo deverá dar tem de estabelecer uma melhor relação entre a Sociedade da Informação e a atividade económica. “O apelo ao uso de software livre, presente no Orçamento de Estado para 2013, só faz sentido se eu não for prejudicado na minha relação com o Estado ao usá-lo. Cá estaremos até ao final do ano para ver como é que isto será cumprido”, concluiu Bruno Dias.

O Licenciamento Zero esteve no centro do discurso do representante do Partido Ecologista “Os Verdes”. Rui Lopo destacou a tentativa de implementação desta medida que tem por objetivo facilitar a implementação de actividades económicas no país: “Reconheço que o Estado tem um longo caminho a percorrer para melhorar a relação que tem com os cidadãos no âmbito da Sociedade da Informação. Na Reforma do Estado é urgente que haja uma maior agilidade nestes tópicos”.

Nuno Encarnação, do PSD, destacou, em contrapartida, a evolução que o Estado já fez na evolução digital nos serviços relativos ao IRS e ao selo do carro, por exemplo, que considerou “uma óbvia otimização de serviços”.

Quanto à evolução tecnológica e à mudança que a mesma provoca na estrutura de emprego, o deputado Social Democrata deixou as suas preocupações serem alvo de debate: “Daqui a 20 anos como é que tudo isto será? Se as lojas se tornam virtuais, o que será feito dos shopping centers? É que já hoje em dia verificamos que as vendas online têm promoções melhores do que as das lojas franchisadas”.

Com um maior enfoque na dinamização do mercado dos media, Inês de Medeiros, do PS, ressalvou a importância de haver legislação supra nacional dirigida àquela que chamou de nova revolução industrial: “Não tenho dúvidas de que a Sociedade da Informação vai alterar todo o sistema social existente. Devemos analisar todas as relações sociais ou comerciais que o advento digital trouxe. A noção de território e de Estado-Nação vai alterar-se e isso é um desafio muito grande para as autoridades europeias que são muito lentas a refletir nesta matéria”.

Antes de terminar a sua intervenção, a deputada disse acreditar que a criatividade humana continuará a ser o valor fundamental num mercado onde as máquinas estão a conquistar terreno.

Durante o debate com a assistência percebeu-se a preocupação generalizada face ao impacto que a robótica e as novas tecnologias poderão ter na criação de emprego e desenvolvimento económico, tendo os representantes dos partidos políticos ouvido críticas e sugestões de alterações necessárias para a sociedade atual que passam, nomeadamente, por uma maior aposta nas empresas de TIC e numa educação precoce assente na informática.

O debate, que reuniu cerca de meia centena de participantes, foi moderado pelo jornalista Vasco Trigo e decorreu na passada terça-feira, 25 de junho, na Assembleia da República.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Observatório da Economia da Informação em Portugal - Aspetos Sociais e Económicos da Internet


A APDSI vai promover, na próxima quarta-feira, dia 26 de junho de 2013, mais uma sessão do Observatório da Economia da Informação em Portugal, desta vez dedicado ao tema "Aspetos Sociais e Económicos da Internet".

A apresentação é coordenada pelo Dr.Joaquim Alves Lavado e vai decorrer nas instalações da APDSI, na Rua Alexandre Cabral, Nº 2C - Loja A, em Telheiras, Lisboa, entre as 17h00 e as 19h00. Consulte o programa, mais abaixo, e faça a sua inscrição gratuita para secretariado@apdsi.pt. O documento irá disponibilizar informação sobre aspetos económicos e sociais da Internet obtidos através da observação e análise estatística de diversos indicadores.

A Internet é um domínio de observação muito importante que nos permite inferir sobre os novos comportamentos dos agentes económicos, a implementação de mercados globais, a transformação do acesso aos mercados e a alteração das cadeias de valor e das estruturas de custos de produção e distribuição de bens e serviços. Infelizmente, não existem dados produzidos sistematicamente que permitam ilustrar empiricamente muitos dos aspetos económicos e sociais da Internet, não obstante a proliferação de informação que existe sobre o tema.

Com base na reflexão feita sobre o domínio de observação irão ser apresentadas algumas recomendações, posteriormente distribuídas aos participantes na sessão.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

APDSI no Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação - vídeo

A APDSI juntou-se às comemorações do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, a 17 de maio de 2013. Este ano o tema escolhido internacionalmente, e sobre o qual a APDSI organizou a mesa-redonda para assinalar a data, foi "ICTs and improving road safety". Um encontro coordenado pelo Prof. J. Dias Coelho (APDSI) e pelo Eng.º José Luis Almeida Mota (FPC). Leia a notícia desenvolvida, as apresentações e veja os vídeos já disponíveis.



No Youtube encontra a versão sintetizada deste evento.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ex-presidente da Anacom considera o preço dos SMS em Portugal «obsceno»


O ex-presidente da Anacom, Luís Nazaré, considera o preço dos SMS em Portugal «obsceno».

O antigo líder da autoridade alertou, em entrevista à Exame Informática, as autoridades nacionais e internacionais no sentido de analisarem as tarifas pagas pelos SMS. «Os custos que os operadores têm de suportar no envio de um SMS são ridiculamente baixos e, no entanto, são impostos aos consumidores custos equiparáveis às de uma chamada telefónica. Sendo que uma chamada de telemóvel consome recursos (de rede) incomensuravelmente superiores ao envio de um SMS de mil ou mais carateres», explicou Luís Nazaré que considerou «osbsceno» o custo final para o consumidor do envio de um SMS.

Para o professor do ISEG, a discrepância entre os recursos de rede empregues e as tarifas aplicadas no mercado justificaria, só por si, a intervenção das entidades reguladoras: «Já é tempo de as autoridades nacionais e internacionais se pronunciarem sobre este assunto», concluiu.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Conferência "Serviço Público Inteligente" no Youtube

A APDSI realizou a conferência intitulada "Serviço Público Inteligente - Sistemas de Business Intelligence, decidir com base em informação de qualidade". A preleção decorreu no dia 15 de maio de 2013, no Auditório B da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa  (Campus de Campolide). Este encontro foi organizado pelo Grupo de Trabalho de Business Intelligence na Administração Pública da APDSI.

Leia a notícia, veja as apresentações e os vídeos já disponíveis, ou a versão resumida já disponível no Youtube.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Prémios e Homenagem - Sociedade da Informação 2012


A cerimónia de entrega dos Prémios e Homenagem "Sociedade da Informação", decorreu na terça-feira, dia 14 de maio de 2013, no Hotel Altis Belém, na Doca do Bom Sucesso. Veja os vídeos já disponíveis ou uma síntese do evento no Youtube.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

APDSI debate com os partidos políticos "Estratégias para a Sociedade da Informação e do Conhecimento" [2013]


Após ter realizado um evento semelhante em anos anteriores, a APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação vai voltar a promover um debate com os representantes dos Partidos Políticos com assento na Assembleia da República sobre "Estratégias para a Sociedade da Informação e do Conhecimento".

O debate terá lugar no Auditório do Edifício Novo da Assembleia da República na terça-feira dia 25 de junho de 2013, entre as 17h30 e as 19h30.

Dada a relevância que a temática da Sociedade da Informação e do Conhecimento tem na agenda política contemporânea, quer no domínio instrumental da modernização operacional do Estado quer no do padrão de desenvolvimento do perfil de competência do país na procura de fatores de competitividade, esta iniciativa tem vindo a ser reeditada a cada campanha eleitoral para a Assembleia da República e, quando oportuno, a meio das respetivas legislaturas.

As inscrições são gratuitas mas obrigatórias e limitadas à lotação da sala. Deve enviar os seus dados para secretariado@apdsi.pt.

terça-feira, 4 de junho de 2013

APDSI promoveu conferência sobre "Privacidade, Inovação e Internet"


A APDSI elaborou um relatório sobre a conferência "Privacidade, Inovação e Internet", que decorreu no passado dia 22 de maio, e já está disponível no nosso sítio na web.

A conferência assentou num conjunto de tópicos de reflexão. Foram eles: A realidade que atualmente vivemos nada ter a ver com aquela para a qual a legislação sobre privacidade fora aprovada em 1995; as novas tecnologias e, especialmente, a Internet, estarem a possibilitar aos utilizadores a capacidade de fazerem ouvir as suas vozes, permitindo um maior acesso à informação, o que diminuiu custos e melhorou oportunidades de negócio; a redefinição a que as novas tecnologias têm obrigado de como, onde e que dados são recolhidos e usados, já que a inovação é algo que levanta questões fundamentais para os Governos; a existência de um claro consenso sobre a necessidade de se melhorar as regras de privacidade para proteger mais eficazmente os utilizadores, de forma a adaptá-las face ao crescimento da utilização das novas tecnologias, e a necessidade de se tomar uma posição equilibrada para assegurar as duas premissas: inovação e proteção dos direitos.