quarta-feira, 24 de julho de 2013

Será a América um Big Brother?


A revelação de que a Agência de Segurança norte americana tem um sistema que vigia todas as comunicações globais está a deixar o mundo em polvorosa com as questões da privacidade.

E-mails, chamadas telefónicas, conversas no Skype, fotografias e posts colocados nas redes sociais são tudo atividades de todos os cidadãos do mundo que estão a ser vigiadas por um sistema de informação, baseado em supercomputadores, usado, segundo o Governo americano, para controlar questões de segurança.

O PRISM (Planning Tool for Resource Integration, Synchronization, and Management) é um sistema descoberto por um espião, Edward Snowden, que agora procura asilo politico no Equador depois de ter aceite um cargo de consultor com o objetivo de desmascarar o PRISM.

A onda de protestos que surgiu depois das revelações é enorme e assume uma proporção cada vez maior, não só da parte de Governos de outros países como de utilizadores individuais e organizações de defesa da privacidade, mas também nos Estados Unidos os cidadãos se sentiram ameaçados por serem vigiados por uma agência que supostamente só deveria fazer vigilância externa. Mesmo as garantias dadas pela administração do presidente Barack Obama de que o programa foi descontinuado não acalmaram os ânimos, até porque continuam a ser contrariadas por novos dados.

Uma carta aberta, assinada pelo Diretor da NSA, procura explicar que todas as ações são legais. No entanto, até a Mozilla lançou uma campanha, designada Stop Watching Us, que junta várias organizações na defesa da privacidade e promove alguns conselhos sobre como proteger os dados usando diversos serviços online.

De recordar que já em 2006 a APDSI se mostrava preocupada com estas e outras questões relativas à questão da privacidade, que inspiraram mesmo dois dias de intenso debate e troca de ideias no Fórum da Arrábida. Recorde aqui a edição desse ano e descarregue o relatório gratuitamente.

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