A APDSI apresentou hoje o estudo “Interoperabilidade na Saúde - onde estamos?”, no Auditório da Escola Nacional de Saúde Pública - UNL, em Lisboa, sob a coordenação do Dr. Fernando Rodrigues.
Haverá uma solução única para todos os problemas que surgem em matéria de interoperabilidade na saúde? Poderá o Serviço Nacional de Saúde ser pensado e criado de outra maneira? Estas foram apenas algumas das questões que serviram de ponto de partida para a elaboração deste estudo cujo objetivo principal foi divulgar as experiências em marcha e as melhores práticas que existem no setor.
Para esclarecer a problemática que está por detrás deste trabalho de observação e pesquisa, o Prof. Pedro Pita Barros fez a definição: «Interoperabilidade é o que não se vê, é quando tudo “fala” com tudo e ninguém percebe. Isso acontece quando tudo funciona bem». No estudo, a concorrência entre o sistema público e o sistema privado de saúde também é abordada para se concluir que «não têm de ser diferentes. Tem de se escolher o melhor». Os direitos sobre a propriedade da informação privada dos utentes também mereceram atenção, embora esta seja uma questão que os autores do estudo entendam que é sobrevalorizada.
A existência de uma grande diversidade conceptual, de plataformas de hardware e software distintas, a necessidade de pesquisa de comunicação de informações clínicas e administrativas em tempo real e a viabilização do uso de sistemas de apoio à decisão cada vez mais sofisticados, levaram um conjunto de sócios da APDSI e personalidades de instituições relevantes na área, a elaborarem este documento que reflete o momento que se vive em matéria de interoperabilidade na saúde.
Segundo os inquéritos feitos pela equipa que desenvolveu o estudo, a maioria dos médicos está disponível para fazer uma opção tecnológica mas a forma como os serviços estão a funcionar pode não ser a melhor. Ainda na sequência destas entrevistas realizadas, o grupo concluiu que os Conselhos de Administração das instituições de saúde gostariam de ver criado um Conselho Técnico Nacional, «englobando os diferentes grupos profissionais envolvidos na saúde, que permita estimular, propor ideias e soluções estratégicas credíveis para serem consideradas pelo Governo atual e futuros», acrescentou Fernando Rodrigues. A interoperabilidade na saúde é composta por características e sistemas TICE habilitados ou serviços prestados no domínio da saúde e deverá permitir aos seus utilizadores trocar, entender e agir sobre e entre os “ativos de saúde”, num conhecimento interpretado de igual forma por todos.
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