A APDSI organizou hoje mais uma edição dos Pequenos-Almoços temáticos, desta vez dedicado ao “Amor 2.0”. Em ambiente de informal troca de opiniões e experiências, na sede da Associação, a Engª Ana Neves lançou algumas das questões em debate, em colaboração com a aluna de mestrado Patrícia Matos, também a aprofundar as relações humanas no universo online.
O Pequeno-Almoço “Amor 2.0” propôs para discussão questões como as alterações comportamentais que as redes sociais podem potenciar nas relações familiares, amorosas e de amizade. Será que o Facebook está a destruir relações? Não. Apesar da palavra “Facebook” ser mencionada em 40% dos processos de divórcio atuais, no grupo de discussão foi unânime a opinião de que as redes sociais facilitam e aceleram aquilo que já se passa na vida real, ou seja, relacionamentos pouco sólidos, mais rapidamente se fragilizam com a intervenção da web, mas não é a web que potencia o fim, enquanto relações saudáveis não saem “beliscadas” pela vida online. Parece, no entanto, haver uma tendência crescente para a criação de regras entre o casal para a utilização e atenção que se dedica ao Facebook.
A rede social de Mark Zuckerberg foi, de fato, aquela que o grupo considerou a maior “ameaça” às relações amorosas que não parecem sustentar as suas rupturas no Twitter ou no LinkedIn que mantém intacta a sua imagem de rede exclusivamente profissional.
Outra das consequências da presença no mundo virtual e da facilidade com que fotografias e participações em festas testemunham o nosso lado lúdico, são os chamados “pedidos de amizade”. A possibilidade de serem apenas episódios pontuais de contacto é real mas foi também feita a comparação com o “piropo” à antiga que mais não seria que uma tentativa de aproximação de alguém a quem despertámos interesse.
Com um café, uma fatia de bolo e uma fruta pelo meio, o assunto “Amor 2.0” conduziu a uma outra problemática que poderá ter consequências graves e descontroladas por parte dos utilizadores mais incautos (eventualmente, a maioria da população, mesmo a mais esclarecida, atendendo às constantes mudanças nas políticas de privacidade, nomeadamente, do Facebook, concluiu o grupo): a questão da privacidade online que levanta questões sobre o que se deve expor e o que se deve proteger. A aluna Patrícia Matos aludiu ao trabalho de mestrado que está a desenvolver para mencionar que nas zonas do interior sul do país, os utilizadores têm poucas cautelas em matéria de privacidade online.
A fechar, ficou a pergunta de retórica sobre estas questões do “Amor 2.0”: será um assunto que o tempo vai resolver ou estaremos perante um conjunto de dúvidas que vão manter-se?
No próximo dia 10 de julho, a sede da APDSI vai acolher outro Pequeno-Almoço Temático, neste caso dedicado à “Educação 2.0”.
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