quarta-feira, 17 de maio de 2017

APDSI no Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação - "Big Data for Big Impact"



A Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI) voltou a associar-se à sessão comemorativa do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, assinalado na Fundação Portuguesa das Comemorações. Este ano, o grande foco do debate sobre Sociedade da Informação em Portugal foi "Big Data For Big Impact".

Os painéis de debate sobre o ecossistema da big data pretenderam sensibilizar a opinião pública e decisores para a influência no domínio económico e social da Internet, mais concretamente sobre a «enorme quantidade de informação mundial e a sua reconversão em todas as áreas e setores do conhecimento», ou seja, a big data e as suas aplicações.

Hoje em dia, mais do que o aquilo se faz, pesa a rapidez com que se faz, daí que a Portugal Telecom/MEO, representada no primeiro painel, admita que procura recolher informação útil para a empresa mas também para a sociedade. Uma filosofia de negócio secundada pela Vodafone.

Coube à APDSI traçar um cenário para o panorama universitário face aos empregos do futuro, nomeadamente a figura de data analyst que começa a surgir como alguém fundamental para "desembrulhar" a big data circulante. «Este é um assunto que preocupa e de grande relevância. As máquinas já conseguem aprender sozinhas; é a chamada aprendizagem não supervisionada. O que vamos fazer, quem vai ter acesso aos resultados coletados por essas máquinas e como vão ser utilizados é um problema para o qual não temos ainda solução», afirma Vítor Santos, da Direção da APDSI. 

Filipa Martins da PT/MEO admite que essa é uma consequência da "vida acelerada na lógica do digital", para o qual o tempo encontrará uma resposta: «Vamos avançando no sentido de fazer testes e depois é preciso adaptar com regulamentos».

Para a Vodafone, a robotização do mercado de trabalho é preocupante. «Muitos empregos vão ser destruídos mas vamos criar mais valor e novos empregos embora nunca à mesma proporção, é um facto», reconhece Pedro Gonçalves. 

Sem surpresa, Marcel Leonardi, da Google, prefere olhar para a big data como algo que virá a construir valor. «A cadeia de valor está também nos métodos que se utilizam para extrair dados. A Google financia pesquisas de machine learning e, para a toda comunidade que nelas trabalha, disponibilizou uma ferramenta open source», afirma, rejeitando o rótulo de canibal digital (de players no mercado das tecnologias de informação).

Já na reta final das celebrações, Fernando Bação, da Universidade Nova, mostrou-se otimista quanto ao futuro, mesmo debaixo da "nuvem" imprevisível da evolução tecnológica. «Vamos trabalhar com as tecnologias e com os robôs, ao invés de sermos substituídos por eles. A tecnologia não substituirá a presença humana», concluiu.

Internacionalmente, o dia 17 de maio é o World Telecommunication and Information Society Day. Comemora-se nesse dia a realização da primeira convenção internacional sobre telegrafia e a criação da ITU - International Telecommunications Union. Em 2017 celebram-se 152 anos desde a fundação.

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