terça-feira, 24 de maio de 2011

APDSI e APG discutem impacto das redes sociais na produtividade


Os sítios de redes sociais vieram para ficar mas a sua utilização dentro do espaço e tempo de trabalho depende de uma questão de compromisso e das motivações de cada um. Esta foi uma das principais conclusões da sessão organizada pela APDSI, em conjunto com a APG (Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos), realizada no passado dia 12 de Maio.

A partir da pergunta: "O desenvolvimento das Redes Sociais produz fortes ganhos de produtividade e pode levar a novas áreas de crescimento que Portugal precisa?" os participantes e intervenientes do público manifestaram as suas opiniões e experiências pessoas, de forma informal, sob a coordenação de Etelberto Costa.
Mais do que uma moda, Facebook, Linkedin e Twitter fazem parte da vida do cidadão comum e nem sempre se consegue dissociar com clareza a sua utilização pessoal e lúdica da profissional.

Pedro Caramez, webstrategist na MBU Intelligence, começou por lembrar que algumas redes sociais, como o LinkedIn, por exemplo, são utilizadas para fins profissionais, permitindo a funcionários e empresas ultrapassar as barreiras territoriais e aumentar o seu índice de competitividade: "A aproximação dos tecidos empresariais traz índices de produtividade muito positivos".

Antonieta Rocha, do Laboratório de Educação à distância e e-Learning (UAB), salientou a importância desta "reflexão conjunta sobre uma temática que urge ser continuadamente pensada, trabalhada e enriquecida" para que estas redes ajudem na criação de uma identidade de pertença, na construção de coesão organizacional e na partilha de boas práticas.

Actualmente, as redes sociais colocam às organizações desafios semelhantes a outros que já surgiram no passado, por isso, é necessário incentivar os colaboradores a terem as competências adequadas para tornar as redes sociais numa mais valia. "Tem de haver uma mudança de paradigma em relação às redes sociais. Os mind sets estão mal informados, com pouca formação e, sobretudo, com dificuldades na concepção de planos de comunicação com definição de objectivos verdadeiramente críticos e mensuráveis e respectiva monitorização" alertou Luisa António, innovative trainer da Cegoc.

Luísa António anunciou, ainda, que está a desenvolver dois trabalhos na área das redes sociais: "A Comunicação Interna através das Redes Sociais" e o "Retorno da Lealdade dos Clientes Internos e Externos através das Redes Sociais".

A fechar a manhã de trabalho foram apresentados os resultados de um questionário feito a 150 sócios da APDSI e da APG, que demonstra que a maioria dos inquiridos utiliza o Facebook e o Linkedin sobretudo para “encontrar e conviver com amigos” embora se note um número crescente de indivíduos que recorrem às redes sociais para "contactar com colegas de trabalho” e “discutir assuntos de interesse profissional".


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