quinta-feira, 26 de maio de 2011

APDSI apresenta edição de 2011 do Glossário da Sociedade da Informação


Com seiscentos termos, distribuídos por mais de 160 páginas, já está disponível a edição 2011 do Glossário da Sociedade da Informação, da autoria do grupo de trabalho de José Palma Fernandes, num desafio lançado há seis anos pela APDSI.
O lançamento oficial e na versão papel do glossário realizou-se na passada terça-feira, 17 de Maio, na Fundação Portuguesa das Comunicações, integrado nas comemorações da APDSI do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação.

Segundo o coordenador do projecto, o Glossário da Sociedade da Informação pretende "contribuir para um melhor entendimento dos conceitos, já que quase todos têm origem anglo-saxónica". Iniciar uma sessão remotamente, em vez de fazer um remote login, ou circuito integrado, em vez de chip, são apenas alguns exemplos das propostas que o glossário oferece.

José Palma Fernandes lembra que para este trabalho recorreu a colaboradores interessados na problemática da Sociedade da Informação, provenientes de várias organizações, e contou com a participação de duas professoras – Margarida Correia e Mafalda Antunes - ligadas ao Instituto de Linguística Teórica e Computacional. "Não adaptámos simplesmente a definição. Em muitos casos procurámos uma definição nossa, recorrendo a dicionários, fontes bibliográficas e propostas de termos apresentados. O glossário de 2011 também já está traduzido segundo o acordo ortográfico, para ser usado em países de língua oficial portuguesa", explicou o coordenador.

José Dias Coelho, presidente da direcção da APDSI, felicitou os envolvidos neste trabalho que corresponde a um aumento gradual em cerca de 100 termos a cada nova edição que surge: "Este trabalho é fruto de um grupo grande, feito por profissionais e em regime de voluntariado. É uma das mais emblemáticas iniciativas da Associação".

O Glossário da Sociedade da Informação é utilizado na Biblioteca Nacional e no Instituto Camões. Destina-se, principalmente, a jornalistas, estudantes e docentes que sintam necessidade de entender e expressar estes termos na língua portuguesa. A edição 2011 contém 600 termos globais, 280 remissivos, 150 abreviaturas e 45 referências documentais.

Foi em 2005 que a APDSI lançou um projecto destinado à recolha, sistematização e divulgação da terminologia portuguesa considerada mais adequada para representar os conceitos relevantes da Sociedade da Informação em que vivemos. Esse projecto conduziu à elaboração de um documento intitulado "Glossário da Sociedade da Informação", onde foram incluídos mais de quatrocentos termos em português e respectivas definições, com os equivalentes em inglês. O trabalho foi continuado pelo grupo de forma permanente, tendo sido possível publicar em 2007 uma segunda versão com cerca de quinhentos termos.

Pode descarregar gratuitamente a edição de 2011 aqui.



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Debate “Estratégias para a Sociedade da Informação e do Conhecimento”


No seguimento de uma actividade que a APDSI desenvolve desde 2002, também este ano a Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação organiza, no próximo dia 31 de Maio, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, um debate com representantes dos Partidos Políticos com assento na Assembleia da República.

Em discussão estarão as "Estratégias para a Sociedade da Informação e do Conhecimento" das diferentes forças políticas.

Esta é a sexta edição deste encontro promovido pela APDSI que se repetiu em 2004, 2006, 2007 e 2009. O último encontro da APDSI com os representantes dos Partidos Políticos teve lugar a 15 de Setembro de 2009.

O debate marcado para o próximo dia 31 de Maio decorre entre as 17h30 e as 19h00 na Sala do Senado da Reitoria da UNL.

O programa completo da conferência pode ser consultado no sítio da APDSI. A inscrição para este debate é gratuita mas obrigatória.


terça-feira, 24 de maio de 2011

APDSI e APG discutem impacto das redes sociais na produtividade


Os sítios de redes sociais vieram para ficar mas a sua utilização dentro do espaço e tempo de trabalho depende de uma questão de compromisso e das motivações de cada um. Esta foi uma das principais conclusões da sessão organizada pela APDSI, em conjunto com a APG (Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos), realizada no passado dia 12 de Maio.

A partir da pergunta: "O desenvolvimento das Redes Sociais produz fortes ganhos de produtividade e pode levar a novas áreas de crescimento que Portugal precisa?" os participantes e intervenientes do público manifestaram as suas opiniões e experiências pessoas, de forma informal, sob a coordenação de Etelberto Costa.
Mais do que uma moda, Facebook, Linkedin e Twitter fazem parte da vida do cidadão comum e nem sempre se consegue dissociar com clareza a sua utilização pessoal e lúdica da profissional.

Pedro Caramez, webstrategist na MBU Intelligence, começou por lembrar que algumas redes sociais, como o LinkedIn, por exemplo, são utilizadas para fins profissionais, permitindo a funcionários e empresas ultrapassar as barreiras territoriais e aumentar o seu índice de competitividade: "A aproximação dos tecidos empresariais traz índices de produtividade muito positivos".

Antonieta Rocha, do Laboratório de Educação à distância e e-Learning (UAB), salientou a importância desta "reflexão conjunta sobre uma temática que urge ser continuadamente pensada, trabalhada e enriquecida" para que estas redes ajudem na criação de uma identidade de pertença, na construção de coesão organizacional e na partilha de boas práticas.

Actualmente, as redes sociais colocam às organizações desafios semelhantes a outros que já surgiram no passado, por isso, é necessário incentivar os colaboradores a terem as competências adequadas para tornar as redes sociais numa mais valia. "Tem de haver uma mudança de paradigma em relação às redes sociais. Os mind sets estão mal informados, com pouca formação e, sobretudo, com dificuldades na concepção de planos de comunicação com definição de objectivos verdadeiramente críticos e mensuráveis e respectiva monitorização" alertou Luisa António, innovative trainer da Cegoc.

Luísa António anunciou, ainda, que está a desenvolver dois trabalhos na área das redes sociais: "A Comunicação Interna através das Redes Sociais" e o "Retorno da Lealdade dos Clientes Internos e Externos através das Redes Sociais".

A fechar a manhã de trabalho foram apresentados os resultados de um questionário feito a 150 sócios da APDSI e da APG, que demonstra que a maioria dos inquiridos utiliza o Facebook e o Linkedin sobretudo para “encontrar e conviver com amigos” embora se note um número crescente de indivíduos que recorrem às redes sociais para "contactar com colegas de trabalho” e “discutir assuntos de interesse profissional".


segunda-feira, 23 de maio de 2011

APDSI apresenta tomada de posição pública sobre o Plano Tecnológico e a Agenda Digital


A APDSI assinalou o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação com várias iniciativas.

As actividades foram dinamizadas, a partir das 14h30, na Fundação Portuguesa das Comunicações. Para além do lançamento da edição 2011 do Glossário da Sociedade da Informação e da apresentação do livro "Do Plano Tecnológico à Agenda Digital - cinco anos de tomadas de posição do grupo de alto nível da APDSI", foi apresentada, também, a 10ª tomada de posição do Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI sobre o caminho percorrido do Plano Tecnológico (PT) à Agenda Digital (anunciada pelo Governo em Setembro de 2010 e enquadrada no Plano Tecnológico, em paralelo com a Estratégia Europa 2020 e a Agenda Digital Europeia).

O GAN considera que a generalidade dos resultados publicados sobre o PT são positivos, subsistindo, no entanto, alguns objectivos a serem alcançados. O Grupo destaca que é preciso assegurar a elevação dos níveis educativos médios e o esforço de aprendizagem, bem como os seus reflexos na economia portuguesa. Ainda na mesma avaliação pode ler-se que "progressos importantes foram conseguidos na ligação dos agregados familiares à banda larga".

Esta avaliação do GAN assenta em três eixos. São eles o conhecimento, com o destaque para a importância da qualificação, a tecnologia, com o objectivo de se vencer o atraso tecnológico, e um novo impulso necessário à inovação. Pela positiva são destacados "os progressos na utilização da Internet, no número de alunos por computador nas escolas, no esforço para aumentar as competências científicas e tecnológicas e na mobilização das empresas". Por outro lado a análise do GAN diz que na Agenda Digital 2015 não se consegue "promover a alteração do perfil da indústria e dos serviços de modo a aumentar a produtividade e a competitividade, nem é evidente a estratégia de médio e longo prazo que é posta em prática e que o país precisaria para corrigir a actual trajectória e construir a sociedade da informação e do conhecimento".

O GAN é composto por um pequeno número de membros seleccionados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sessão "Redes Sociais – Produtividade: Sim ou Não"


A APDSI, com o apoio da APG (Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos), realizou na quinta-feira, 12 de Maio, na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, uma sessão de troca de ideias sobre a utilização no espaço da empresa e durante o tempo de trabalho das redes sociais na web.

A partir da pergunta: "O desenvolvimento das Redes Sociais produz fortes ganhos de produtividade e pode levar a novas áreas de crescimento que Portugal precisa?" os participantes e intervenientes do público foram unânimes na opinião de que a sua correcta utilização está dependente de uma questão de compromisso e das motivações de cada colaborador. "Esta é uma área mais comportamental que tecnológica, tudo depende de como usamos os novas tecnologias, mas acho que sempre que as redes sociais solucionarem problemas de comunicação, são produtivas" destacou Ricardo Andorinho, Business Developer at MBU Intelligence.

Facebook, Linkedin e Twitter têm registado um crescimento acentuado e sustentado. A estratégia de expansão dos sítios das redes sociais a nível mundial tem sido de tal forma bem pensada que já ninguém fica indiferente a estas ferramentas. Longe vão os tempos em que eram apenas os adolescentes ou os geeks de informática a interessarem-se por estas matérias. Hoje em dia, o cidadão comum também tem presença na web o que levanta questões sobre como é que o acesso às redes deve ser feito no local de trabalho.

Ana Neves, sócia-gerente da Knowman, refere a importância de se estabelecer a diferença entre sítios sociais e redes de organizações: "As redes sociais públicas podem levantar algumas reticências no horário de trabalho. É a distinção entre a utilização individual ou corporativa".

Miguel Faro Viana, director da APG, reconhece que, apesar de não ser adepto deste tipo de sítios, a discussão à volta do impacto dos mesmos no universo laboral, parte do paradigma errado: "Esta temática baseia-se no pressuposto de que a produtividade tem a ver com o tempo que passamos nas organizações. O que tem de ser percebido é se estas ferramentas estão, ou não, a produzir resultados individuais ou em grupos da organização".

A sessão encerrou com a apresentação dos resultados de um questionário feito a 150 sócios da APDSI e da APG, que demonstra que a maioria dos inquiridos utiliza o Facebook e o Linkedin sobretudo para "encontrar e conviver com amigos" embora se note um número crescente de indivíduos que recorrem às redes sociais para "contactar com colegas de trabalho" e "discutir assuntos de interesse profissional".

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Apresentação da ferramenta UMIC para teste de Acessibilidade Web (WCAG 2.0)


No "Fórum para a Sociedade da Informação", subordinado ao tema da acessibilidade Web, realizado pela APDSI, através do seu Grupo de Negócio Electrónico, em parceria com a UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, a 5 de Maio em Lisboa, foi apresentada uma nova ferramenta informática para avaliação dos níveis de acessibilidades de páginas na web 2.0, o eXaminator.

Para o engenheiro responsável pelo desenvolvimento desta ferramenta, Jorge Fernandes, da UMIC, o novo eXaminator «resulta da evolução das ferramentas que têm vindo a ser desenvolvidas e aplicadas pela UMIC desde 2005 para a versão 1.0. Na altura o eXaminator era apenas um jogo de um programador mas feitos alguns testes percebi que podia vir a tornar-se uma grande ferramenta». O eXaminator é também "herdeiro" de uma outra ferramenta – o HERA. O eXaminator foi desenvolvido com o objectivo de ultrapassar várias limitações dos outros validadores e de poder ser utilizado para a avaliação da acessibilidade de todas as páginas de um sítio.

A nova versão do eXaminator, agora lançada pela UMIC, vai ajudar a avaliar se os produtores de conteúdos tornam de facto a web mais acessível a um maior número de pessoas que possuam um qualquer tipo de deficiência, que devem conseguir perceber, compreender, navegar e interagir com a Web. Segundo Jorge Fernandes «estas ferramentas são regularmente utilizadas por várias entidades da administração pública e outras».

Ao contrário da maioria dos validadores de múltiplas páginas existentes no mercado, o eXaminator não precisa de ser instalado no computador e corre em qualquer sistema operativo (inclusive dispositivos móveis). O próprio processo de validação é integralmente descentralizado no servidor e pode ser consultado, gratuitamente, em http://www.acesso.umic.pt. Depois de se fazer o teste ao site, a ferramenta devolve um relatório simples e pedagógico. A cada problema ou boa prática descrito no relatório está associado um pequeno texto explicativo da importância do cumprimento desse mesmo ponto. Nos erros também são fornecidas pistas de como os resolver.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Comemoração "Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação"


O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação assinala-se amanhã. A Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI), como habitualmente, associa-se à data, realizando uma sequência de três eventos que evidenciam a importância deste dia, bem como o esforço constante da Associação em estimular a Sociedade da Informação em Portugal.

Na Sala Polivalente da Fundação Portuguesa das Comunicações, a partir das 15h30, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação será marcado pela comunicação da 10ª tomada de posição do Grupo de Alto Nível da APDSI sobre o caminho percorrido do Plano Tecnológico à Agenda Digital. À luz dos indicadores de impacto propostos no Plano Tecnológico, o GAN interpreta os seus resultados. Reconhecendo o progresso que já foi conseguido, o GAN constata, contudo, que «não foi possível promover a alteração do perfil da indústria e dos serviços de modo a aumentar a produtividade e a competitividade.

Será distribuído um exemplar do livro "Do Plano Tecnológico à Agenda Digital - Cinco Anos de Tomadas de Posição do GAN" a todos os sócios presentes que (à data) tenham a sua situação regularizada.

Antes disso, no mesmo local, às 14h30, será feito o lançamento da edição 2011 do Glossário da Sociedade da Informação. Com uma revisão das expressões que integram a nossa linguagem do dia-a-dia e novas entradas lexicais, este documento procura adaptar à língua portuguesa termos, originalmente, ingleses.

A inscrição para esta sessão é gratuita mas obrigatória e deve ser feita através do e-mail secretariado@apdsi.pt.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação

A 17 de Maio assinala-se o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação. Inicialmente designada apenas por Dia Mundial das Telecomunicações, a data foi estabelecida pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) e celebra a criação da União Internacional de Telecomunicações (UIT) a 17 de Maio de 1864.

Desde os dias do telégrafo, passando pelas comunicações na Era Espacial, até à nova Era do ciberespaço em que hoje estamos, a UIT sempre desenvolveu esforços para ligar toda a humanidade. Na sequência da Cimeira Mundial sobre a Sociedade da Informação, que decorreu em duas fases (em Genebra, em 2003, e em Túnis, em 2005), foi proposto que se comemorasse, também a 17 de Maio, o Dia Mundial da Sociedade de Informação. E assim acontece desde 17 de Maio de 2006, dia a partir do qual ocorreu a mudança de designação, com o alargamento à Sociedade da Informação, num sinal de convergência para a sociedade do conhecimento.

Neste dia, que visa promover acções de sensibilização e consciencialização pública para os benefícios da utilização da Internet, a APDSI vai realizar três eventos, a partir das 14h30, na Sala Polivalente da Fundação Portuguesa das Comunicações. São eles a divulgação da X Tomada de Posição do Grupo de Alto Nível da APDSI, a apresentação do livro "Do Plano Tecnológico à Agenda Digital - Cinco Anos de Tomadas de Posição do GAN" e o lançamento da edição 2011 do Glossário da Sociedade da Informação.

Relatório sobre Acessibilidade WEB (vídeo)

Apresentação do resultado de um estudo realizado pelo Grupo Permanente de Negócio Electrónico (GNE) da APDSI, em pareceria com a UMIC, na passada quinta-feira, dia 5 de Maio, no Auditório da SIBS, em Lisboa.




Relatório sobre acessibilidade Web da APDSI premeia a Brisa e a Peugeot


A Brisa e a Peugeot estão entre as melhores empresas no que toca à acessibilidade Web para cidadãos com necessidades especiais. Este é o resultado de um estudo realizado pelo Grupo Permanente de Negócio Electrónico (GNE) da APDSI, em pareceria com a UMIC, apresentado ao público na passada quinta-feira, dia 5 de Maio, em Lisboa.

Apesar de se verificar uma melhoria global nos resultados de acessibilidade, comprovada pelos estudos de 2010 face aos de 2009, a acessibilidade Web das maiores empresas portuguesas é, ainda, muito baixa. Em Portugal existem cerca de um milhão de pessoas com necessidades especiais. O estudo incidiu sobre mais de 894 sites, seleccionados entre as mil maiores empresas portuguesas (excluindo o sector da banca). A página Web da Brisa foi eleita a mais acessível, tendo por base as directrizes de acessibilidade 1.0 do World Wide Web Consortium (W3C), denominadas WCAG 1.0.

Rui Sousa Gil, director de redes e sistemas da Brisa, diz que a empresa, mesmo não tendo condições para, internamente, manter a evolução do site, faz questão de continuar por este caminho: «Esta distinção vem na sequência da política de sustentabilidade que a Brisa promove e que tem em acção. Também temos por tradição trabalhar com um conjunto de parceiros aos quais colocamos os requisitos básicos, tanto do ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista da imagem corporativa, requisitos esses que servem de base para o trabalho cujo resultado vemos hoje avaliado».

Neste grupo, o relatório mostra uma evolução positiva face à análise anterior, realizada em 2009, com o número de sites que respeitam o nível de regras de acessibilidade mais baixo (A) a mais que duplicarem, passando de 73 para 155. Os restantes nove melhores sites são: COMAR, SATA Internacional, Ibéria, Sanindusa, Luta II, ACCECOM, Nova Delta, Renova e Martinez Gassiot Vinhos.

No nível de acessibilidade intermédio (AA), o número de empresas aumentou de uma, em 2009, para quatro em 2010, tendo sido possível identificar apenas um site com o nível máximo de conformidade (AAA) - o da Brisa.

Já o site da marca de automóveis Peugeot lidera nos critérios de análise relativos à versão mais recente do conjunto de regras instituídas pelo W3C, denominado WCAG 2.0, existente desde 2008. Neste critério, entre os 10 melhores destacam-se, ainda, o site da Distrifarma, Tecneira, Joaquim Moreira Pinto e Filhos lda., Pimenta & Rendeiro, CME, Dilp, Valente Marques Comercial, Martinez Gassiot Vinhos e o site da Obriverca.

Ramiro Gonçalves, Professor da UTAD, mostrou-se optimista quanto a estes resultados: «Há, claramente, melhorias na acessibilidade e quantas mais vezes este assunto for tratado e quantas mais vezes as pessoas que têm responsabilidades ao nível das tomadas de decisão nas empresas e na monitorização deste tipo de cumprimento de directivas, mais facilmente teremos no futuro um conjunto de empresas mais alargado que irão cumprir as directivas e estar preocupadas com as questões da acessibilidade».

No final da apresentação foram feitas várias recomendações para melhorar a acessibilidade, mas essencialmente para chamar a atenção dos responsáveis das empresas para a importância de terem um website acessível a cidadãos com necessidades especiais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

APDSI e UMIC apresentam resultados positivos de acessibilidade à Internet


Portugal está bem posicionado no que respeita à acessibilidade Web na administração pública, quando comparado com outros países da União Europeia. O Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério dos Negócios Estrangeiros são os que aparecem melhor classificados neste estudo. Esta foi uma das conclusões do relatório apresentado na passada quinta-feira, 5 de Maio, no Auditório da SIBS pela APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, através do seu Grupo de Negócio Electrónico, em parceria com a UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento. "É um trabalho de sustentabilidade que tem de ser assegurado com elevados níveis de qualidade como até aqui", referiu Jorge Fernandes, da UMIC.

Num dos vários estudos apresentados, foi dada a conhecer a avaliação resultante de 333 sítios na rede. Foi constituído um grupo de trabalho ao nível da secretaria geral da PCM - Presidência do Conselho de Ministros, com a UMIC, CEGER - Centro de Gestão da Rede Informática do Governo, Instituto Nacional para a Reabilitação e a AMA - Agência para a Modernização Administrativa, como parceiros, que faziam um relatório mensal dos organismos às secretarias gerais dos ministérios, e destas à secretaria geral da PCM e ao conselho de ministros. Desta rotina mensal criou-se um conjunto de sessões de esclarecimento da UMIC e um helpdesk específico. Depois deste esforço, em 2008, foram feitos estudos que tiveram o objectivo de perceber como eram os níveis de acessibilidade nos sites da administração pública. Pelo meio foi feita uma avaliação para verificar como a situação tinha evoluído e, em 2010, foi feito um estudo sobre uma evolução positiva ou negativa desta questão.

Na primeira fase foram avaliados 33 sítios, que reportaram as suas análises às secretarias-gerais, de onde saíram 28 (dois de cada ministério), aos quais foi feita uma análise de 100 páginas. Como instrumentos foi utilizado o método manual e automático com o TAW (ferramenta espanhola) e uma ferramenta de produção da própria UMIC, feita em 2005, o eXaminator.

Em 2008 foram avaliadas imagens, scripts, tabelas de dados, frames e iframes. Em 2010, já a pensar na conformidade AA, foram acrescentados os elementos de menus como listas, cabeçalhos, tabelas de layout, contraste da informação e separação clara entre estilo e estrutura. Dos 33 sítios em análise, 93 % estavam em conformidade com o nível A. Um dado positivo face a análises de 2003 feitas pela Accenture que mostravam valores na ordem dos 14%.

O símbolo de acessibilidade à Web está presente em 89 % das páginas, contra os 75% de 2008. Em 2003 estes valores rondavam os 30% o que, segundo Jorge Fernandes, "mostra maior consciencialização dos técnicos da administração pública para com as questões de acessibilidade". Relativamente à conformidade, de registar valores de 79%, para com as directrizes de nível A, e destas 11% já estão no nível AA, onde já se verificam preocupações ao nível da estrutura com mais parágrafos em vez de quebras de linha, mostrando documentos mais estruturados e menos tabelas layout. Hoje em dia os frames estão quase a desaparecer por oposição aos iframes que estão a aumentar. O uso de javascript, ou o equivalente alternativo, é ainda um aspecto negativo a superar.

Como começou a questão da acessibilidade Web

A questão da democraticidade e o combate à exclusão dos cidadãos com necessidades especiais estiveram na origem destas preocupações em tornar a Internet realmente acessível a todos. Promover a aplicação de novas tecnologias de informação à saúde e, muito especialmente, à vida das pessoas com deficiências, traz um reforço da democracia socialmente relevante, daí que desde muito cedo Portugal se tenha envolvido nesta matéria.

O Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal foi aprovado pelo Conselho de Ministros no dia 17 de Abril de 1997 e presente à Assembleia da República, em sessão plenária, no dia 30 de Abril. Em 1999, na sequência do trabalho desenvolvido pela MSI – Missão Para a Sociedade da Informação, foi aprovada em Conselho de Ministros a “Iniciativa Nacional para os Cidadãos com Necessidades Especiais”. Dez anos depois do Livro Verde, Portugal adoptou normas que fixaram que os sítios da administração pública deviam ser conformes com o nível AA (resolução 155/2007) – um documento que faz menção explícita às questões de acessibilidade nos sítios informativos e transaccionais (nível A para os informativos e AA para os transaccionais); algo raro noutros países.

terça-feira, 10 de maio de 2011

“Redes Sociais – Produtividade: Sim ou Não”


A utilização dos sites de redes sociais no local de trabalho

A APDSI, com o apoio da Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos, vai realizar uma sessão de troca de ideias sobre a utilização no espaço da empresa e durante o tempo de trabalho dos "espaços de presença incontornável" que são, hoje em dia, os sites de redes sociais.

A actual conjuntura económica e social obriga a uma nova discussão sobre as questões da produtividade.

Terão ou não as redes sociais uma relação positiva com os índices de produtividade? São um contributo ou um entrave à produtividade? Serão uma perda de tempo ou um entretenimento saudável?

A sessão será conduzida em Técnica de Painel de Oposição sob a coordenação do Eng. Etelberto Costa, e realiza-se nesta quinta-feira, dia 12, às 9h00, na Sala Polivalente da Fundação Portuguesa das Comunicações, na Rua do Instituto Industrial, nº 16.


A inscrição para esta sessão é gratuita mas obrigatória e deve ser feita através do e-mail secretariado@apdsi.pt.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Participação da APDSI na IFIP

A APDSI é a entidade que representa Portugal na International Federation for Information Processing (IFIP). A actividade da IFIP está baseada em 14 Comités Técnicos, divididos em mais de uma centena de grupos de trabalho, a IFIP está ligada a 48 sociedades nacionais, de múltiplos países, que actuam na área das tecnologias de informação e comunicação. É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, com sede na Áustria.

A IFIP foi criada em 1960, pela UNESCO, e foi um dos primeiros exemplos de colaboração verdadeiramente internacional em ciência de computação. Os objectivos dos grupos de trabalho, que contam com representantes da APDSI, passam por organizar conferências e workshops, executar e divulgar documentos com pareceres técnicos.

São estes os grupos de trabalho que compõem a IFIP:

TC 1: Fundamentos da Ciência da Computação
TC 2: Software: Teoria e Prática
TC 3: Educação
TC 5: Aplicações de Tecnologia da Informação
TC 6: Sistemas de Comunicação
TC 7: Sistema de Modelagem e Optimização
TC 8: Sistemas de Informação
TC 9: Relações entre Computadores e a Sociedade
TC 10: Tecnologia de Sistemas de Computação
TC 11: Segurança e Protecção em Sistemas de Processamento de Informação
TC 12: Inteligência Artificial
TC 13: Interacção Humano-Computador
TC 14: Informática de Entretenimento

De recordar que, seguindo uma metodologia habitual, no passado dia 5 de Abril a Direcção da APDSI reuniu com conjunto de representantes dos grupos de trabalho. Foi feito um ponto de situação das actividades dos diferentes Technical Committees.