quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Transformação das Operações de IT pouco valorizadas pelas empresas


A Cisco, que inquiriu mais de 1500 gestores de IT de todo o mundo (entre 500 a 50 mil colaboradores) demonstra que apesar de a maturidade das operações de IT ainda estar numa fase inicial, 88% dos CIO acreditam que o investimento nestas operações é essencial para obter capacidades de prevenção e oferecer um valor estratégico.

As organizações com níveis mais altos de maturidade reúnem dados de mais áreas da sua infraestrutura, realizam mais análises e apoiam-se na automatização em grande medida. Para obter capacidades "preventivas" (o nível máximo de maturidade), as organizações devem estar mais orientadas para os dados através da utilização de indicadores de dados, de forma a prever ocorrências (como interrupções) e na automatização para realizar alterações contínuas e manter um estado ideal dos seus processos.

De acordo com o estudo da Cisco, 28% dos orçamentos de TI dos entrevistados são gastos em otimizar e corrigir as Operações de TI, sendo que 68% dos inquiridos esperam aumentar este orçamento nos próximos 12 meses. Paralelamente, 88% dos gestores de TI afirmam que o seu investimento em operações de TI nos últimos 12 meses melhorou a satisfação dos clientes externos, enquanto 89% salienta progressos na inovação.

Atualmente, apenas 14% alcançaram o nível mais alto de capacidades de operações de TI, denominado pela Cisco de "preventivo". Cerca de 26% ainda se encontram num nível mais baixo, onde os acontecimentos de TI reagem à medida que ocorrem (operações "reativas"). No entanto, 33% esperam alcançar as operações "preventivas" dentro de dois anos.

Os mais avançados, aqueles com capacidades operativas "preventivas", têm o dobro de probabilidades de realizar operações de automatização contínua do que as organizações menos avançadas, e mais de 50% têm mais probabilidade de implementar uma recolha automática de dados ao longo de toda a organização.

Quando as Operações de TI têm os dados certos, os conhecimentos corretos extraídos desses dados, e a capacidade de automatizar as tarefas operacionais através de toda a infraestrutura, podem otimizar-se.

Porém, de acordo com o relatório da Cisco, apenas 26% dos entrevistados reúnem os dados de forma contínua, 17% utilizam análises automatizadas em tempo real. A maioria das atividades ainda são periódicas.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

APDSI apoia tertúlia / debate "Cidadania Digital - Será o Fim da Democracia?"


A APDSI, enquanto associação fundadora da PASC - Casa da Cidadania e, no atual mandato, a presidir à Direção desta Plataforma, apoia a Tertúlia - Debate intitulada "Cidadania Digital - Será o fim da democracia?" que se vai realizar no dia 14 de dezembro no Salão Palacete da Junta de Freguesia do Lumiar, entre as 16h30 e as 19h30.

O desenvolvimento tecnológico, particularmente a Internet, a inteligência artificial e o big data, permitiram acelerar e massificar a comunicação personalizada, através de uma enorme diversidade dos canais digitais. O discurso do ódio, a maquinação dos medos e o aproveitamento das fragilidades da democracia passaram a fazer parte do nosso quotidiano.

A captura do jornalismo por grandes grupos económicos institucionalizou uma comunicação social baseada nas notícias sensacionalistas e de impacto de curto prazo, com menos investigação e com pouco contraditório. Será que estamos a deixar de ser cidadãos para passarmos a viver numa sociedade comandada por algoritmos de computador? Qual o Futuro do Jornalismo? Quem nos governa afinal? Será que trocámos o nosso controlo político por uma aparente liberdade individual de publicar nas redes sociais?

Esta iniciativa da PASC - Casa da Cidadania pretende ser um espaço de debate aberto entre perspetivas diferentes e aparentemente contraditórias, capaz de desconstruir o papel das redes sociais no aprofundamento da democracia participativa ou no seu enfraquecimento.


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Conferência da APDSI sobre "Saúde e Segurança Digital"



A APDSI vai realizar uma conferência sobre "Saúde e Segurança Digital", no dia 11 de dezembro, entre as 8h30 e as 14h00, no auditório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, na Avenida do Brasil, n.º 53. 

A saúde com Tecnologias de Informação e de Comunicação garante maior equidade e maior qualidade de cuidados em saúde centrados no cidadão.

A Conferência "Saúde e Segurança Digital" vai reunir especialistas, bem como representantes de instituições de saúde, públicas e privadas, para debater e partilhar casos de estudo sobre os desafios de segurança e de confidencialidade da informação.

O que nos trouxe o Regime Geral da Proteção de Dados? Que transformação implicou nas Unidades de Saúde e no percurso do cidadão no Sistema Nacional de Saúde? Estas são algumas das questões a que vamos procurar responder em mais um momento de reflexão sobre a transformação do setor da Saúde.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Websummit em Portugal em 2028: o que esperar até lá



2028 será o último ano da Websummit em Lisboa e até lá muitas são as mudanças previstas e anunciadas já na edição deste ano.

Se pensarmos que em 2008 nascia o Spotify, o Facebook ainda não era mobile e faltavam ainda dois anos para conhecermos o Instagram, é fácil concluirmos que daqui a dez anos a Websummit em Portugal não será a mesma que vimos agora.

 Resumindo as intervenções dos principais oradores da Websummit, percebemos que o robô Sophia, que ainda nos deixa boquiabertos tantas e tantas vezes, não estará sozinho. Em 2028, os robôs humanoides farão parte do nosso dia-a-dia, acredita Jamie Paik, professora, fundadora e diretora do Laboratório de Robótica Reconfigurável da École Polytechnique Fédérale de Lausanne.

Quem também esteve em destaque na Web Summit deste ano foi o robô Furhat, da empresa sueca com o mesmo nome. O fundador e CEO da empresa é o sírio Samer Al Moubayed, que acredita que dentro de dez anos os robôs estarão em toda a parte: lojas, aeroportos, supermercados e até em entrevistas de emprego a candidatos. Samer admite que a inteligência artificial nos robôs neste momento ainda não está no ponto, mas está muito perto e vai haver vantagens enormes em ter um robô numa loja, a indicar de imediato o que está ou não em stock naquela loja e em outras sem necessidade de ver no computador, é só perguntar ao robô.

A generalização de veículos elétricos e de serviços de partilha de automóveis também será realidade daqui a 10 anos, acredita Christoph Grote, vice-presidente do grupo BMW para a área eletrónica. Também estão previstos veículos voadores autónomos, como táxis, por exemplo.

No espaço vão vaguear turistas, mas não só. Também poderemos ter centenas, ou mesmo de milhares, de satélites que poderão ser lançados por startups. Tendo em conta a diversidade de negócios espaciais, Jim Cantrell, cofundador da empresa Vector, acredita que este mercado, nos próximos dez anos, vai valer o dobro.

Os milhares de participantes que seguirão rumo a Lisboa, para a Web Summit de 2028, poderão também ter uma experiência turística diferente das que vivenciaram nestes anos. Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, revela que a aposta nacional da próxima década passa pela eficiência e a sustentabilidade com a adaptação da oferta às questões da sustentabilidade ambiental.

Em 2028, poderemos ter elevadores horizontais a mover pessoas de pavilhão em pavilhão. Quem o diz é Andreas Schierenbeck, CEO da Thyssenkrupp Elevator.

As Nações Unidas acreditam que o cruzamento entre internet e política vai ser ainda mais notório dentro de uma década.

A Web Summit não vai ser só um showcase de startups mas passará a ser também um showcase de inovação. A conferência pode vir a transformar-se na próxima CES e a abordar temas como biotecnologia, nanocomputação e computação quântica.

O Ikea também tem uma palavra a dizer sobre a forma como vamos decorar as nossas casas em 2028, sendo que a cadeia sueca de mobiliário acredita que vamos ver mais mudanças nos próximos dez anos do que vimos nos últimos 40. Em 2028, o mobiliário em casa será completamente diferente. As peças vão adaptar-se a nós, indica Pia Heidenmark Cook, diretora de sustentabilidade do grupo Ikea.

No futuro existirão novas formas de adquirir produtos, com a economia a tornar-se mais circular, com um acesso diferente às coisas e com toda a logística do setor a transformar-se. James Trainor, vice-presidente da área de soluções de cibersegurança do grupo AON acredita que, com o passar dos anos, o cibercrime e a cibersegurança passarão da mão dos humanos para o domínio das máquinas: tudo andará à volta do machine learning e da inteligência artificial. Os crimes informáticos serão cada vez mais autónomos e quase sem envolvimento humano ao contrário do que acontece hoje, onde apenas 20% dos cibercrimes não têm mão humana.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Passio Consulting realiza o AI Forum Lisboa



A Passio Consulting, uma das associadas da APDSI, vai levar a cabo, no dia 29, o o AI Forum Lisboa (Data Science and Machine Learning Forum ) em parceria com a Datarobot.

Já é uma verdade absoluta que a oportunidade para Machine Learning existe em qualquer setor de atividade e várias linhas funcionais dentro das organizações. Até agora só as organizações com uma grande equipa de Data Scientists conseguiam realizar todos os benificios de uma organização AI-Driven. O Paradigma mudou, com o Automated Machine Learning.

No próximo dia 29, pelas 15h00, no Sana Lisboa Hotel, na Av. Fontes Pereira de Melo n.º 8, fique a saber como construir e colocar em produção modelos de alta precisão, de forma rápida, consistente, documentada e transparente. O seu fácil uso, a grande capacidade de intereção e a disponibilização de informação de forma intuitiva, permite a intervenção humana em todo o ciclo de vida, bem como a transparente explicação das probabilidades e fatores que mais contribuem para a mesma.

Para mais informação e registo consulte o site do evento: www.passio-consulting-ai.com.

As inscrições são limitadas e estão sujeitas a confirmação.



sexta-feira, 9 de novembro de 2018

APDH promove workshop "Como referenciar para a Rede Nacional de Cuidados Continuados"



Estão abertas as inscrições para o workshop "Como referenciar para a Rede Nacional de Cuidados Continuados", que se realiza no dia 21 de novembro de 2018, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa - ESTeSL.

Com vista à agilização e desmaterialização do processo de referenciação para a RNCCI, a organização pretende aumentar o envolvimento dos profissionais de saúde no processo de referenciação dos utentes para as respetivas unidades e equipas, sabendo que para as mesmas podem ser referenciadas pessoas com dependência funcional transitória decorrente de processo de convalescença ou outro, dependência funcional prolongada, idosas com critérios de fragilidade, incapacidade grave, com forte impacte psicossocial e doença severa, em fase avançada ou terminal.

Os objetivos do workshop são esclarecer quais as condições gerais de admissão em todas as tipologias da RNCCI, demonstrar o processo de referenciação para unidades e equipas da RNCCI e interagir com o aplicativo de referenciação para RNCCI.

A metodologia aplicada vai passar pela exposição de conteúdos teóricos e demonstração do preenchimento dos módulos obrigatórios para referenciação à RNCCI.

Os formadores são Carla Pereira, da equipa de apoio à reforma dos Cuidados Continuados e Joaquim Magalhães, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

APDSI apoia a 5.ª conferência internacional sobre Sistemas de Informação, Segurança e Privacidade - ICISSP 2019



A 5.ª Conferência ICISSP (Conferência Internacional sobre Sistemas de Informação de Privacidade e Segurança), organizada pelo INSTICC (Instituto de Sistemas e Tecnologias de Informação, Controlo e Comunicação) e que conta com o apoio da APDSI, vai decorrer de 23 a 25 de fevereiro de 2019, em Praga, na República Checa.

A Conferência Internacional sobre Segurança e Privacidade de Sistemas de Informação tem como objetivo criar um ponto de encontro para pesquisadores e profissionais que abordem desafios de segurança e privacidade que dizem respeito a sistemas de informação, especialmente em organizações, incluindo não apenas questões tecnológicas, mas também questões sociais.

A conferência acolhe artigos de natureza prática ou teórica, apresenta pesquisas ou aplicações, abordando todos os aspetos de segurança e privacidade, e que preocupam organizações e cidadãos individuais, criando assim novas oportunidades de pesquisa. O período de submissão de papers decorre até 15 de novembro deste ano.

A ICISSP vai juntar investigadores e académicos do mundo inteiro sobre esta área. Os principais tópicos abordados serão a segurança de dados e software, a criação de confiança em equipamentos e online, segurança em dispositivos móveis, privacidade e confidencialidade.

Bill Buchanan, da Edinburgh Napier University, do Reino Unido, e Roberto Di Pietro, da Hamad Bin Khalifa University, no Qatar, são os keynote speakers já anunciados.

Os sócios da APDSI beneficiam de um desconto na inscrição do evento. Encontra aqui mais informação.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

APDSI esteve na AR com o tema "Portugal É Um Só - Gestão Integrada do Território Português"



A Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI) esteve na Assembleia da República, no passado dia 31 de outubro, no âmbito da conferência / debate "Portugal é um só - Gestão integrada da Informação do Território Português". Este encontro decorreu ao abrigo das iniciativas do Grupo Território Inteligente da APDSI e a sessão foi presidida por Maria Helena Monteiro, presidente da direção da associação. A apresentação esteve a cargo do Professor Rui Pedro Julião, da Universidade Nova de Lisboa, o coordenador do grupo.

Há 16 anos que a APDSI trabalha neste tema, estando atenta à permanente evolução tecnológica e ao seu impacto no quotidiano, através de diagnósticos e apresentação de soluções para os problemas encontrados assentes nas infraestruturas tecnológicas existentes.

«É objetivo da APDSI procurar identificar as tendências de evolução, as soluções e também as interações entre as tecnologias e outras dimensões sociais e económicas, contribuindo com uma visão mais aberta para a discussão e eficaz implementação destes conceitos na Sociedade Portuguesa», sublinha Maria Helena Monteiro.

Jorge Lacão, vice-presidente da Assembleia da República, considerou que a implementação da gestão integrada do território português é da maior pertinência e urgência para o país: «A Assembleia da República tem a obrigação de estar atenta a estes desafios que são para nós uma atitude incorporada dos nossos procedimentos».

O estudo apresentado pelo Professor Rui Pedro Julião resulta do contributo de várias entidades e cidadãos que têm uma visão integrada do território português e pretendem promover ações no sentido de juntar as várias camadas de informação do território que estão disponíveis. O Grupo entende que há várias iniciativas a decorrer, mas falta uma noção de conjunto nas políticas públicas existentes no âmbito da informação geográfica.

Para a execução do plano de ação sugerido pela APDSI, o Professor traçou dois eixos de execução. Num primeiro eixo, através da capacitação e articulação dos parceiros na governança corporativa, bem como a agregação e disseminação do conhecimento, nomeadamente através da criação de plataformas online para o efeito. A criação de repositórios de serviços de informação geográfica e a agilização de processos de atualização do cadastro são outros dois objetivos apontados para melhoria do resultado final.

Marco Painho, Professor Catedrático da NOVA-IMS e coautor do estudo, reforça a relevância da informação geográfica para o desenvolvimento do país que «atualmente não é transparente, tem de o ser e acessível a todos». Para o Professor, o conhecimento que existe sobre a tecnologia não é suficiente para a pôr a funcionar em nosso benefício (através da integração dos vários sistemas) e os cidadãos devem poder passar a atualizar a informação relativa às suas propriedades sempre que entenderem ser necessário fazê-lo.

José Carlos Barros, do Grupo Parlamentar do PSD, reconhece que os incêndios mostraram o quanto o território português tem fragilidades preocupantes que é necessário combater porque «foi quando verificaram que não há registo da pequena propriedade. Não devemos ter a obsessão da perfeição, devemos almejar um cadastro que nos permita saber de quem é o território».

Maria da Luz Rosinha, do Grupo Parlamentar do PS, ressalva que «organização e comunicação são o segredo para o sucesso de um cadastro territorial». O cidadão também deve ter consciência da importância de registar a sua propriedade, sendo que a deputada defende a aplicação de coimas a quem não o fizer. «Informação é poder. É por isso que tantos organismos encerram informação dentro dos seus equipamentos informáticos», conclui.

«A partilha da informação sobre o cadastro territorial levará ao desejável diálogo sobre essa informação», entende Carlos Patrão, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, que também referiu o quanto a desinformação sobre o território português leva à especulação imobiliária.
João Dias, do Grupo Parlamentar do PCP, sublinha que «em Portugal há muitos "Portugais" e o cadastro deve entender estas realidades e trabalhar com os cidadãos locais». O PCP entende que tem de se ter em conta as diferentes realidades de propriedades de norte a sul do país - esta diferença entre terrenos comunitários e baldios são informação cadastral útil para o território e para as pessoas.

Esta foi mais uma iniciativa da APDSI com o objetivo de conduzir a uma maior valorização e desenvolvimento do território português, através do planeamento, gestão e utilização adequada de sistemas e tecnologias de informação de base territorial.