Quem é adepto do movimento maker certamente já ouviu falar deles. Quem ainda não se iniciou nestas lides tem este ano uma nova oportunidade de o fazer e ver o que andaram a preparar os membros do laboratório One Over Zero.
Depois de se terem estreado com quadcopters e de, no ano passado, terem oferecido aos visitantes a oportunidade de simular uma missão em Marte a bordo do divertido Mars Rover, este ano o OOZ Labs apresenta o projeto SparroWatch. A criação consiste numa rede de casas para pássaros, munidas de componentes de eletrónica, que permitem a deteção precoce de incêndios florestais. Os ninhos contêm um sensor de temperatura e humidade e ligação wi-fi, como a que temos nos nossos telefones e tablets. «A ideia é nós termos uma rede espalhada num espaço aberto em que pelo menos um dos nós consegue ter contacto com um ponto de acesso comum para fazer transmissão de dados que venham da rede», explica Luís Correia, um dos mentores do projeto.
A comunicação é feita através de uma rede wireless em malha (mesh network), sendo cada ninho um nó. Tudo isto funciona através de pequenas placas solares que alimentam baterias de portáteis usadas e garantem o funcionamento dos sensores e da comunicação. Na feira das invenções, criatividade e desenvoltura, que decorre nos próximos dias 25 e 26 de junho, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, o OOZ Labs vai apresentar três casinhas para pássaros, como descreve Luís Correia: «Cada casinha vai ter uma ou duas baterias que vão ter capacidade de a alimentar durante algum tempo, depende de como o sol vai conseguir embater no painel solar».
Se era possível pôr este invento a funcionar sem ninhos? Sim. Mas não era a mesma coisa. «Se esquecermos o passarinho, torna-se mais simples, porque podemos pendurar isto no topo de uma árvore ou dos postes de madeira que ainda existem para comunicações. Mas os ninhos têm a vantagem de apoiar a nidificação e observação de animais e é um atrativo para as crianças», acrescentou Luís Correia.
No SparroWatch colaboraram o próprio Luís Correia e Nuno Correia na feitura das casinhas, na parte do software, a partir de Inglaterra, esteve o João Neves, Bruno Amaral assegurou o dashboard (controlo), e Basílio Vieira ficou encarregue da comunicação.
A Maker Faire Lisboa é uma iniciativa da Bright Pixel em colaboração com a Câmara de Lisboa, o Pavilhão do Conhecimento e a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Pelo terceiro ano a Maker Faire tem entrada livre, pelo que todos podem ver os fazedores (makers), bem como as suas invenções.
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