quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bom Ano de 2012

A APDSI deseja-lhe um próspero Ano Novo. Que a paz desta quadra possa estar presente ao longo de todo o ano de 2012.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Privatizar o quê na Administração Pública?

As actuais tendências da reforma do estado no XIX Governo, deixam questões importantes em aberto como a necessidade de se conhecerem melhor os limites entre o sector público e o sector privado, por forma a tornar possível uma desintervenção mais cuidadosa em actividades de baixa soberania e menor risco estratégico, delimitando a privatização de actividades susceptíveis de poderem ser devolvidas à economia real, promovendo um estado mais reduzido e menos pesado para os contribuintes e libertando “áreas de negócio” que já estão de facto em concorrência com o sector privado e que se revelam interessantes e rentáveis para a sociedade. Manter e desenvolver um mercado interno nestas actividades, que estão em concorrência com o mercado privado, pode ser mais prejudicial que a própria privatização. Estão neste domínio actividades puramente administrativas e instrumentais, enquadradas actualmente nos chamados “serviços partilhados”, como alguns procedimentos instrumentais nas áreas da gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais, assim como em serviços de tecnologias da informação como o alojamento (hosting) e a gestão de equipamentos e redes. Privatizar monopólios naturais é muito mais prejudicial do que manter em mercado interno actividades que desde há muito estão disponíveis em livre concorrência.

domingo, 11 de dezembro de 2011

«Where Are the Women Executives in Silicon Valley?»


Ainda e sempre, a igualdade do género, como o mostra este trabalho de hoje do NYT, onde está escrito, por exemplo: «And because tech companies tend to be global, they focus more on racial diversity than gender diversity, she said. As a result, there are fewer programs in place to encourage women to join or rise in tech companies. Tech companies also struggle to recruit female engineers even at the lowest levels, in part because girls do not commonly pursue computer science in school.». Para o nosso País, um endereço onde pode acompanhar estas problemáticas, o Portal para a igualdade

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

12ª Tomada de Posição do Grupo de Alto Nível da APDSI

A 12ª Tomada de Posição do Grupo de Alto Nível da APDSI, intitulada "A Sociedade da Informação no XIX Governo Constitucional: Um eixo de acção omisso", será apresentada publicamente no próximo dia 7 de Dezembro, às 11h30, na Sala Évora do Hotel Tiara Park Atlantic (Rua Castilho, 149, Lisboa).

Nesta 12ª tomada de posição, o GAN recentra a expressão "Sociedade da Informação e do Conhecimento" (SIC) como um modo de desenvolvimento social e económico em que a aquisição, armazenamento, processamento, valorização, transmissão, distribuição e disseminação de informação conducente à criação de conhecimento e à satisfação das necessidades dos cidadãos e das empresas, desempenham um papel central na actividade económica, na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida dos cidadãos e das suas práticas culturais.

Embora a construção da SIC dependa de um grande número de intervenientes, o papel do Estado é fulcral. Compete ao Estado definir metas, políticas, estratégias e prioridades quer para a sua própria administração quer para a sua intervenção na Sociedade Civil. Assim, e considerando relevância deste tema actual convidamo-lo a estar presente nesta sessão.

Basta fazer a sua inscrição gratuita mas obrigatória para secretariado@apdsi.pt.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Conferência: As TIC e a Saúde no Portugal de 2011

Estamos perante uma atitude global de aceleração da utilização das TIC na área da Saúde. Para tal contribuem diferentes factores tais como, as crescentes necessidades da sociedade, o desenvolvimento científico e tecnológico e as limitações orçamentais da governação pública e privada. As transacções electrónicas e os novos paradigmas de aprendizagem, interacção e decisão estão no campo das soluções expectáveis.

Com este evento pretende-se trazer para a sociedade civil um momento de reflexão sobre estas questões e onde se encontra Portugal nesta trajectória de mudança. Esta iniciativa será desenvolvida em articulação com entidades do Ministério da Saúde, entidades prestadoras de cuidados de saúde públicas e privadas, com instituições universitárias e com fornecedores de soluções e tecnologias.

A conferência realiza-se a 15 de Dezembro, no Auditório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, na Av. Brasil, em Lisboa, sob a coordenação da Dra. Maria Helena Monteiro. A inscrição é gratuita mas obrigatória para secretariado@apdsi.pt.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Governo Electrónico e as TIC

Por: Professor J.Dias Coelho

O Governo electrónico está no cerne do desenvolvimento da sociedade da informação. O aumento de eficiência da administração pública apenas se pode fazer com a utilização criteriosa das tecnologias de informação e comunicação aproveitando o manancial de ferramentas que a sociedade da informação permitiu desenvolver, da Web 2.0 às redes sociais, dos softwares de gestão integrada de clientes/utentes à nuvem computacional, na expressão inglesa, ‘cloud computing’, até à panóplia de ferramentas especializadas para os sectores de saúde, justiça, segurança interna, defesa, educação entre outros.

Por uma questão de economia referirei apenas uma meia dúzia de medidas de medidas que podem contribuir para a redução de custos e/ou aumento de produtividade na administração pública. Para uma análise mais detalhada refiro o trabalho de Luís Vidigal “ 36 medidas para reduzir a despesa pública através da melhor gestão e utilização das TIC – Uma questão de aumento de produtividade no Estado e na Sociedade” (http://portugal-si.blogspot.com/2010/05/32-medidas-para-reduzir-despesa.html).

No que se refere à melhoria dos processos é essencial definir e estruturar os processos de modo a promover a sua desmaterialização do princípio ao fim evitando soluções departamentais que não estejam alinhadas com todas as entidades intervenientes no processo. É fundamental a adopção generalizada de sistemas de workflow e gestão documental, evitando circuitos paralelos e redundantes que contribuem para incrementar os custos, aumentar a complexidade e reduzir a produtividade.

No domínio da gestão das comunicações propõe-se o aproveitamento da rede RING do CEGER que se encontra fortemente subutilizada pelos gabinetes governamentais, assegurando a total separação entre os canais de utilização política e administrativa, mas permitindo a sua interoperabilidade de forma segura quando necessário. As redes ministeriais podem também ser substancialmente racionalizadas através da renegociação com os operadores e simultaneamente assegurado o aumento da sua capacidade e funcionalidades.

Na área da gestão de identidades sugere-se a consolidação das várias entidades que emitem certificados digitais qualificados do sector público, CEGER, AMA, Ministério da Justiça, entre outros e a criação de um sistema de identificação de cargos e colaboradores com funções públicas e que simultaneamente sirva de suporte à desmaterialização dos actos administrativos e respectivos processos de decisão com base nas assinaturas digitais qualificadas.

A gestão de informação e a criação de repositórios comuns são elementos essenciais para a interoperabilidade e a fluidez de informação nos eventos dos ciclos de vida dos cidadãos, das empresas e outras organizações. Assim, é fundamental criar uma arquitectura da informação com semântica comum e generalizar o recurso a repositórios comuns de território, pessoas, empresas e veículos, acabando de vez com a redundância e incoerência das bases de dados com as mesmas entidades informacionais.

Na esfera da gestão dos sistemas e tecnologias da informação refere-se a necessidade de adopção das melhores práticas internacionais de gestão e auditoria de sistemas e tecnologias da informação, nomeadamente o ITIL, ISO 20000, ISO 27001, CMMI, CobIT, etc., assim como acabar com a multiplicidade de tutelas e organismos na gestão dos sistemas e tecnologias de informação em áreas críticas como a justiça, saúde, educação e segurança, acabando com a dispersão de centros com capacidade aquisitiva e orçamentos concorrentes e não alinhados entre si.

Finalmente, para reforço da cidadania activa, propõe-se a disponibilização do Diário da República Digital para consulta gratuita em texto integral com mecanismos adequados de pesquisa e a simplificação do Portal do Cidadão para melhorar a acessibilidade e a utilização pelos cidadãos comuns. A criação de um sistema de informação para a efectiva transparência da administração pública é uma peça fundamental de um estado de direito, numa democracia moderna adequada ao século XXI, num país que se quer posicionar-se entre as economias desenvolvidas.

sábado, 19 de novembro de 2011

NA GULBENKIAN


Outra informação, na GULBENKIAN. A não perder. Gulbenkian que em diferentes momentos se tem associado à APDSI. Tudo está em tudo, tudo tem a ver com tudo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Comemoração do 10º aniversário da APDSI

A APDSI assinala o seu 10º aniversário no próximo dia 13 de Dezembro. Todos os sócios são convidados a juntar-se a nós para comemorar a efeméride, entre as 18h00 e as 20h00, na nossa sede na Rua Alexandre Cabral, nº 2C - Loja A, em Telheiras, Lisboa.

A proposta é para assinalarmos o 10º aniversário da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação com uma Wine and Cheese Party de queijos e vinhos nacionais.

Agradecemos que confirme a sua presença para: secretariado@apdsi.pt.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Net Neutrality - Neutralidade da Internet: Problemática, estado da arte em Portugal

A ISOC Portugal e a APDSI vão organizar um evento destinado a discutir o tema "Net Neutrality - Neutralidade da Internet: Problemática, estado da arte em Portugal". O encontro realiza-se no próximo dia 30 de Novembro, entre as 9h30 e as 18h00, no Hotel Villa Rica, em Lisboa. O objectivo é envolver a sociedade civil, as empresas e os agentes políticos.

Esta problemática da Net Neutrality tem um enquadramento: Toda a informação trocada através da Internet é convertida em sequências de pacotes que são enviadas de uma origem a um destino.
Na génese da invenção da Internet está o facto desta ser uma rede baseada na transferência de pacotes (packets, datagramas) de um ponto da rede até outro segundo uma filosofia de best-effort, isto é, a rede procura transportar um pacote de uma origem a um destino mas sem garantia desta entrega. Ao longo dos anos foram desenvolvidas outras tecnologias de comunicações, como as definidas pelo modelo de referência OSI ou o ATM, que tiveram menos sucesso e alguns já desapareceram, por seguirem abordagens em que a rede procurava garantir a entrega de todos os pacotes ou procurava criar níveis de serviço para diferentes aplicações e/ou clientes.

De modo resumido a Internet é uma rede com uma enorme eficiência de transporte de informação de uma origem a um destino, por ser uma rede que faz processamento mínimo dos fluxos de informação que a atravessam. Além disso é uma rede com uma arquitectura muito distribuída e resiliente.

Nos últimos anos algumas entidades no mundo das comunicações voltaram a insistir numa abordagem em que "a rede" deveria ser alterada para garantir qualidade de serviço a alguns tipos de clientes, com maiores exigências de entrega da informação de uma origem para um destino e dispostos a pagar tarifas mais elevadas para este efeito. Esta abordagem altera a filosofia em que assentou a criação da Internet baseada, como se disse, no tratamento de pacotes independentemente do seu conteúdo, e privilegiando o tráfego de certas origens para certos destinos.

Um factor de preocupação de muitos reside no facto que uma Internet que deixe de ser neutra em relação ao tipo de tráfego que transporta, possa dar início a uma transformação da rede marcada por: filtragem de tráfego que não interessa a alguns operadores da rede (como VoIP), filtragem de tráfego de alguns tipos de conteúdo com base em critérios económicos ou políticos obscuros, uma menor capacidade de ligação à Internet de pequenos fornecedores de conteúdos que poderão ser discriminados contribuindo-se para uma menos inovação na Internet, etc. A nível internacional muitos governos, organizações e empresas se têm debruçado sobre a neutralidade da Internet. A questão, na sua vertente mais técnica, tem-se resumido em saber qual o modo como a Internet deve tratar os pacotes: de modo neutro ou de modo diferenciado. Esta matéria passou desde há muito da pura discussão técnica para a análise do respectivo impacto a nível social, económico, regulatório e legal. A OCDE, no "Communiqué on Principles for Internet Policy-Making", que resultou da conferência de Paris em Junho, defende que devem haver normas de responsabilização do sector privado (para os ISP's, por exemplo) tendo em vista a protecção da propriedade intelectual na Internet.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Conferência do INA: "A coprodução de serviços públicos com as tecnologias de informação"

Vai ter lugar mais uma audioconferência do INA, no âmbito de um protocolo com a APDSI, na próxima sexta-feira, dia 11, entre as 14h00 e as 15h30 sobre "A coprodução de serviços públicos com as tecnologias de informação". A sessão será moderada por José Maria Pedro, da Inspecção-Geral de Finanças.

Nesta sessão serão debatidas algumas questões, tais como:

- O que é a coprodução de serviços públicos?
- Como podemos obter economia de recursos com as tecnologias de informação?
- Há casos interessantes que ilustrem a redução de custos através da coprodução de serviços públicos?
- Somos capazes de atenuar as barreiras aos fluxos de dados entre serviços?
- Haverá novas formas de cooperação entre organismos públicos?
- Estamos preparados para a gestão de valor na Administração Pública?
- Quais os desafios?

Faça a sua inscrição no sítio na web do INA. Este evento é gratuito mas limitado ao número de inscrições existentes.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Prémios "Personalidade da Sociedade da Informação" e "Homenagem a Uma Vida"

A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação - tem o prazer de anunciar os galardoados com os Prémios “Personalidade da Sociedade de Informação” e "Homenagem a Uma Vida” em 2011.

António Barreto
, Sociólogo e Presidente do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, foi galardoado com o Prémio “Personalidade da Sociedade da Informação” do Ano 2011 pelo contributo para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal, nomeadamente pelo seu empenho na criação e desenvolvimento da “PORDATA - Base da Dados Portugal Contemporâneo”.

António Barreto licenciou-se em Sociologia, na Universidade de Genebra, em 1968. Foi assistente daquela Universidade, até 1970, onde voltaria para se doutorar, em 1985. Foi investigador do Instituto de Pesquisas das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social, de 1969 a 1974, do Gabinete de Estudos Rurais da Universidade Católica Portuguesa, entre 1974 e 1982, e do Instituto de Ciências Sociais (http://www.ics.ul.pt) da Universidade de Lisboa, de 1982 a 2008, jubilando-se em 2009. Foi professor de Sociologia nas Faculdades de Ciências Sociais e Humanas (http://www.fcsh.unl.pt) e de Direito (http://www.fd.unl.pt) da Universidade Nova de Lisboa, tendo feito parte da Comissão Instaladora desta última. Foi também membro do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Estatística. Em 2009 assumiu a presidência do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, onde criou o portal de informação estatística Pordata (http://www.pordata.pt).

Diogo Vasconcelos, homenageado a título póstumo, Foi fundador e presidente da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, de Nov. 2002 a Julho de 2005. Nessa qualidade, foi responsável pela elaboração do Plano de Acção para Sociedade da Informação, do Plano de Acção do Governo Electrónico, da Iniciativa Nacional para a Banda Larga, entre outras. Em articulação com a Agência de Inovação, da qual foi administrador, lançou as iniciativas Oficinas de Transferência de Inovação e Conhecimento, Centros de Excelência e o Programa NEOTEC. Integrou a representação de Portugal nos Conselhos de Ministros da União Europeia, no eEurope Advisory Group, no OECD eGovernment Group e na Cimeira Mundial para a Sociedade da Informação (Primeira Fase, Genebra). Em 2007 torna-se primeiro português a ocupar um cargo de director internacional na Cisco. Foi Presidente da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações no biénio 2008-2010.

A selecção foi efectuada por um Júri, formado por personalidades de reconhecido mérito e idoneidade, com a seguinte composição:

- Prof. J. Dias Coelho, Presidente da APDSI, que presidiu
- Eng.º Francisco Maria Balsemão, Administrador da Impresa;
- Eng.º. Vitor Rodrigues, Director-Geral da Oracle Portugal:
- Eng.º José Carlos Gonçalves, Presidente da Logica;
- Dr. Elísio Borges Maia, Presidente da AMA;
- Prof. Luis Magalhães, Presidente da UMIC;
- Dr. Pedro Norton, Presidente da APDC;
- Eng.º Francisco Godinho, Prémio Personalidade 2003;
- Eng.º João Picoito, Prémio Personalidade 2004;
- Prof. António Dias de Figueiredo, Prémio Personalidade 2005;
- Dr. José Magalhães, Prémio Personalidade 2006;
- Prof. José Tribolet, Prémio Personalidade 2007;
- Dr. João Tiago Silveira, Prémio Personalidade 2008;
- Dr. Vasco Trigo, Prémio Personalidade 2009;
- Eng.º Zeinal Bava, Prémio Personalidade 2010.

Com estas distinções, que contam com o patrocínio da Oracle e da Logica e com o apoio do semanário Expresso, a APDSI pretende realçar a acção daqueles que mais contribuíram para a prossecução dos objectivos da Associação, nomeadamente a promoção e dinamização de projectos de relevância pública no âmbito da Sociedade da Informação em Portugal.

Estes prémios deverão ser entregues durante o mês de Novembro, em data e local a designar, contando novamente com o patrocínio da Oracle e da Logica e o apoio do Jornal Expresso.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conferência: BPO - Business Process Outsourcing



A APDSI organiza um seminário dedicado ao tema "Uma agenda nacional para o BPO". Esta iniciativa surge na sequência das conclusões do estudo "Desafios da adopção do BPO pelo sector público", que a APDSI realizou em 2010.

O desenvolvimento do sector de BPO em Portugal criará emprego, aumentará as exportações e captará investimento estrangeiro. Com base na nossa estimativa existirão mais de 4000 postos de trabalho dedicados a exportação de serviços só na zona de Lisboa, sendo esperado um crescimento de 3% anual de acordo com projecções de entidades internacionais. Este desempenho é conseguido sem o enquadramento e mobilização de uma agenda nacional. Será de referir que 50 países terão já uma estratégia nacional para os sectores do BPO e do Outsourcing. Por outro lado, a Administração pública portuguesa é das que menos recorre ao BPO no âmbito da OCDE, sendo também um factor que não concorre para a formação de cluster forte na economia nacional.

A inscrição para a conferência, dedicada ao tema "Uma agenda nacional para o BPO", é gratuita mas obrigatória. Está já confirmada a presença do Eng.º Carlos Oliveira - Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.

A conferência realiza-se no próximo dia 22, a partir das 9h00, na Sala do Senado, do Campus de Campolide, da Universidade Nova de Lisboa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

APDSI participa na consulta pública europeia sobre ePrivacy

A APDSI (Associação para a Promoção e o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), através do Grupo de Segurança (GSSI), tomou posição ao nível europeu respondendo a uma consulta pública lançada pela Comissão Europeia relativamente à directiva ePrivacy (Directiva 2009/136/CE do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, de 25 de Novembro), ainda não transposta para o ordenamento jurídico Português.

Questões relacionadas com as circunstâncias, procedimentos e formatos das notificações de violações de dados pessoais, foram analisadas pela APDSI, considerando que esta é uma importante medida para proteger a privacidade e segurança dos consumidores. A directiva em questão regula o tratamento de dados pessoais e a protecção da privacidade no sector das comunicações electrónicas da União Europeia. As suas disposições são fundamentais para garantir que os utilizadores possam confiar nos serviços e nas tecnologias que usam para comunicar electronicamente. A directiva faz parte do quadro regulamentar para comunicações electrónicas públicas, redes e serviços de comunicações, e que compreende quatro outras directivas relativas ao quadro geral de acesso e interligação, autorização e licenciamento.

«Existem vários exemplos de violações que potencialmente poderão afectar negativamente os dados ou a privacidade do assinante ou utilizador. Desde logo, qualquer violação que possa resultar no roubo ou usurpação de identidade, poderá afectar negativamente os dados ou a privacidade do assinante ou indivíduo» expressou a Associação sobre a questão da violação de dados pessoais.

A APDSI salienta, no entanto, o roubo de identidade como a questão mais importante a considerar, sobretudo porque «permite aos autores de tal violação levarem a cabo inúmeros actos que podem comprometer seriamente o assinante ou o utilizador das comunicações electrónicas».

A APDSI é uma associação que tem como missão a promoção e o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal, partilhando as preocupações da Comissão Europeia relativamente à necessidade de criar um quadro legal e procedimental harmonizado, evitando assim diferentes critérios e procedimentos de notificação de violações de dados pessoais no espaço europeu.

Veja, no nosso sítio na web, a resposta do Grupo de Segurança (GSSI) da APDSI.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

APDSI Internacional

A APDSI vai estar representada em Maputo, numa palestra pública, a realizar na ISUTC, no próximo dia 26 de Outubro, às 11h15.

A palestra, intitulada "Perspectivas da Sociedade da Informação: Administração Pública Electrónica", destina-se a estudantes, académicos, especialistas, engenheiros e público em geral com interesse nesta área.

A intervenção do Eng.Francisco Tomé, membro da Direcção da APDSI, será pautada pela sua partilha de experiências em áreas como a Física, Métodos Matemáticos Aplicados à Economia e Gestão de Empresas. O Eng.Francisco Tomé é, também, membro da equipa de missão para a Sociedade de Informação do Ministério da Ciência e Tecnologia de Portugal.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Apelo nacional da PASC

Portugal Afundou... (!)

Queres que aconteça um milagre económico no nosso país? Então deixa-te de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses, que não os nossos! Não te deixes mais manipular pelo marketing! Faz aquilo que os políticos, por razões óbvias, não te podem recomendar sequer, mas que individualmente podes fazer: Torna-te PROTECCIONISTA da nossa economia!

Para isso: 1. Experimenta comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal. Experimenta começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes, bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais). Experimenta trocar, temporariamente, a McDonalds, ou outra qualquer cadeia de fast food, pela tradicional tasca portuguesa. Experimenta trocar a Coca-cola à refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool, fabricada em Portugal.

2. Adia por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que tenhas planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos, produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc., etc...

Lê com atenção e reencaminha para que sejamos muitos a ter esta atitude! Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e comentários mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular dos países mais ricos. Confundem o povo português com a classe política incompetente e em muitos casos até corrupta que nos tem dirigido nos últimos anos e se tem governado a si própria. Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de desenvolvimento. Agora, mais do que lamentar a situação de falência a que Portugal chegou, e mais do que procurarmos fuzilar os responsáveis e são muitos, cabe-nos dar a resposta ao mundo mostrando de que fibra somos feitos para podermos recuperar a nossa auto-estima e o nosso orgulho. Nós seremos capazes de ultrapassar esta situação difícil. Vamos certamente dar o nosso melhor para dar a volta por cima, mas há atitudes simples que podem fazer a diferença. O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados fora de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as etiquetas de origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em Portugal, sempre que existir alternativa.

Desta forma estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego. Há quem afirme que bastaria que, cada português, substituísse em somente 100 euros mensais as compras de produtos importados, por produtos fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido. Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a 12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção de um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3 meses!!! Este comportamento deve ser assumido como um acto de cidadania, como um acto de mobilização colectiva, por nós, e, como resposta aos povos do mundo que nos acham uns coitadinhos incapazes. Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso. Quem já viajou com Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar e comprar as passagens, ou pacote, em agência Espanhola, depois, se viajam de avião, fazem-no na Ibéria, pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas (Meliá, Riu, Sana ou outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem sequer comparar o preço (por exemplo em Portugal só abastecem combustíveis Repsol, ou Cepsa). Mas, até mesmo as empresas se comportam de forma semelhante! As multinacionais Espanholas a operar em Portugal, com poucas excepções, obrigam os seus funcionários que se deslocam ao estrangeiro a seguir estas preferências e contratam preferencialmente outras empresas espanholas, quer sejam de segurança, transportes, montagens industrias e duma forma geral de tudo o que precisem, que possam cá chegar com produto, ou serviço, a preço competitivo, vindo do outro lado da fronteira. São super proteccionistas da sua economia! Dão sempre a preferência a uma empresa ou produto Espanhol! Imitemo-los nós no futuro!

Apelo nacional da PASC

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

10º Fórum da Arrábida da APDSI (2011)

A APDSI realizou o 10º Fórum da Arrádiba subordinado ao tema "Segredos de Estado - Transparência na Internet".

Este encontro vem na continuidade dos encontros anuais realizados desde 2002 e tem como objectivo reunir um conjunto de personalidades que possam em conjunto, e de diferentes perspectivas, reflectir e explorar novas ideias e entendimentos sobre o que será o futuro da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal e num mundo que, como sabemos, é cada vez mais complexo e incerto colocando-nos perante constantes desafios individuais e colectivos.

Pretende-se continuar um processo de análise e de reflexão sobre o que imaginamos ser o caminho para melhor desenvolvermos e endogeneizarmos os benefícios de uma sociedade baseada na informação e no conhecimento, reflectindo sobre as políticas públicas e a posição dos cidadãos.

Discutir ideias, baseados em necessidades, valores e modos de comportamento em que acreditamos hoje, mas que permitam também posicionar-nos para além das nossas rotinas diárias e considerar papéis e intervenções alternativas a esses quotidianos é também um objectivo a alcançar.

Pensar no futuro implica tentarmos perceber de que modo a sociedade, como um todo, influencia a inovação tecnológica e a adopção de novas tecnologias, e noutro sentido, explorar de que forma estas vão ao encontro das necessidades dos cidadãos, dos diferentes grupos sociais, dos agentes económicos e das instituições em geral.

Veja no nosso sítio as apresentações.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

APDSI com "novo rosto" na web

A APDSI tem um novo sítio na web. Crendo que de algum modo ele simboliza o avanço que está naturalmente associado a uma Sociedade da Informação, com esta mudança a APDSI acompanha e promove o "info-crescimento" dos cidadãos.

Com um design renovado, informação mais completa, actualizada e organizada de forma mais eficiente, o sítio inclui vários complementos multimédia sobre os principais eventos que a Associação organiza e realiza ao longo do ano. A consulta da informação está também melhorada através de um menu autónomo agregador de conteúdos temáticos.

No topo da página de entrada encontra, sempre, as mais recentes actividades da APDSI. Com um design sóbrio, o menu vertical apresenta-lhe as várias alternativas consoante o tipo de informação que procure. Mais abaixo, o "Calendário de Eventos" exibe os dias mais importantes no cumprimento da missão da APDSI.

Agradecemos, contudo, a sua compreensão para alguns ajustes de que o sítio ainda será alvo, nomeadamente quanto a conteúdos mais antigos ainda não carregados/transferidos. Ajude-nos a melhorá-lo. (Durante um certo período de tempo o anterior sítio manter-se-á disponível para consulta, ainda que sem actualização, em http://www.apdsi.pt/).

Recordamos que a missão da APDSI é "proporcionar um fórum para debate sobre a Sociedade da Informação; afirmar-se como força de pressão sobre os poderes públicos, instituições e sector privado no sentido de maximização dos benefícios da Sociedade da Informação; promover a sensibilização e qualificação no domínio da Sociedade da Informação e estimular a adequação do mercado às necessidades de desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento".

São muitas as novidades, agora basta que mergulhe nesta nova dimensão da Sociedade da Informação.

domingo, 25 de setembro de 2011

Cruzamentos

Data as Art, as Science, as a Reason for Being
«(...)
Inside the exhibition the interactive screens also show a wide range of images and information. You read about the invention of a fluid microchip in 2009 and see a 19th-century London map charting a cholera epidemic. A jar ornamented with dragons is described as a second-century Chinese seismograph. (Stones drop from the dragons’ mouths in response to vibrations.) Brief interviews can be sampled with such disparate subjects as Glenn D. Lowry, the director of the Museum of Modern Art, and William J. Bratton, the former New York City police commissioner.
But what is this show meant to be? Partly, it is corporate public relations. We learn about I.B.M.’s astonishing accomplishments over a century, its researchers creating what is now commonplace: UPC bar codes, magnetic strips holding data on cards, computer hard drives. I.B.M. scientists have received Nobel Prizes, performed molecular prestidigitation and won chess and “Jeopardy!” games with pioneering examples of artificial intelligence.
The exhibition is also meant to demonstrate I.B.M.’s vision of the world while defining its mission to the public, for it is no longer an office machine company or the maker of the world’s best electric typewriter (the Selectric), or the designer of mainframe computers, or even the manufacturer of the once-ubiquitous IBM PC.
The corporation is now, we learn, concerned with matters far more difficult to define. Its ambition is not just determined by its founder’s blunt motto, “Think,” but by the bland slogan used to name the company’s centennial history book, which appears throughout the show: “Making the World Work Better.” Along the data wall, some of those achievements are heralded: reduced crime, improved energy usage, healthier rivers, better air quality, safer food.
I.B.M. also sees this exhibition as a kind of milestone, meant to reveal to visitors something about the cutting edge of computer applications. The company’s material points out that this is the first show it has created since its pavilion at the 1964 World’s Fair, where the exhibitions were designed by Charles Eames (who a few years earlier had created, with his wife, Ray, a landmark exhibition, “Mathematica,” for I.B.M. that after a half-century is still impressive and readily sampled at major science museums). (...)». O texto completo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

APDSI prepara Fórum da Arrábida

No próximo mês de Outubro a APDSI vai realizar o 10º Fórum da Arrábida, no complexo do Convento da Arrábida, em Setúbal.

Esta edição do Fórum da Arrábida é dedicada ao agitado e oportuno tema "Segredos de Estado - Transparência na Internet". Serão abordados aspectos relativos à transparência na Internet, ao papel dos media e aos desafios que se colocam à soberania dos países num espaço que já é praticamente omnipresente.

Estes fóruns, que se realizam anualmente desde 2002 e que têm como tema geral comum "Repensar o Futuro da Sociedade da Informação", reunem um conjunto de personalidades num verdadeiro think tank no qual são exploradas ideias e perspectivas sobre o futuro da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal.

Nas edições mais recentes abordaram-se os seguintes temas; O Papel da Sociedade da Informação da Superação da Crise (2010); O Papel do Estado (2009); Como Mobilizar Portugal (2008).

Este evento é patrocinado pela ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações.

Como é normal relativamente às actividades desenvolvidas pela APDSI, as conclusões serão posteriormente inseridas no seu sítio na Web.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Prémios e homenagens APDSI

O Prémio "Personalidade do Ano no domínio da Sociedade da Informação", com o patrocínio da Oracle, da Logica e o apoio do semanário Expresso, tem por objectivo destacar e galardoar uma personalidade em cada ano pelo seu contributo para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal.

A Homenagem a "Uma Vida", tem por objectivo homenagear postumamente uma personalidade que ao longo da sua vida se tenha distinguido pelo seu contributo para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento em Portugal.

Com estes prémios/homenagens pretende a APDSI realçar a acção daqueles que mais contribuíram para a prossecução dos objectivos da APDSI, nomeadamente a promoção e dinamização de projectos de interesse público no âmbito da Sociedade da Informação, a contribuição para o combate à info-exclusão, o apoio e o desenvolvimento de actividades que façam chegar os seus benefícios ao maior número possível de cidadãos. A existência destas iniciativas revela a firme determinação da APDSI no apoio a actividades que visam a dinamização da Sociedade de Informação em Portugal. As personalidades eleitas serão com certeza um exemplo a seguir também pelas empresas, enquanto responsáveis pela disponibilização de novas tecnologias no mercado nacional.

Neste sentido, lembramos todos os sócios da APDSI que poderão propor, até 30 de Setembro, a nomeação de personalidades elegíveis para atribuição do prémio "Personalidade do Ano no domínio da Sociedade da Informação" e Homenagem a "Uma Vida" do corrente ano, para: secretariado@apdsi.pt.

Cada nomeação deverá ser acompanhada de uma nota explicativa que a fundamente, bem como de ligações (links) e referências bibliográficas que a sustentem.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Por uma cidadania mais activa na sociedade da informação

O aparecimento e a vulgarização vertiginosa da Internet e das redes sociais veio estimular diálogos, encurtar distâncias, democratizar informações e expandir as relações humanas, permitindo a criação de espaços e comunidades virtuais que seriam impensáveis num mundo onde tudo fazia prever o aprofundamento do individualismo e da quebra de solidariedade entre pessoas, grupos e sociedades.

Através da Internet as pessoas agrupam-se baseadas em afinidades e não por determinação geográfica, libertando a comunicação humana das barreiras do espaço e do tempo que a constrangem. A participação social através da Internet contraria a percepção da tecnologia como algo separado do nosso dia-a-dia e muito pelo contrário introduziu um novo paradigma e uma nova apropriação quotidiana da técnica sem precedentes na história da humanidade.

A nova telepresença em espaços virtuais e o novo tempo das redes fora do tempo cronológico veio revolucionar as nossas vidas. O computador deixou de ser o protagonista de um trabalho solitário para ser simplesmente a porta de entrada para uma nova sociabilidade, num espaço não territorial compartilhado por todas as culturas e singularidades e que não é propriedade de ninguém.

Com as relações sociais a migrarem de um suporte físico para novos espaços virtuais, os cidadãos e as localidades estão cada vez mais a abstrairem-se de seu sentido geográfico e histórico, pois com o rompimento dos padrões espaciais através da interacção com as redes, o “espaço dos fluxos” passou a substituir o “espaço dos lugares”.

Os novos ciberespaços desempenham na era pós-moderna o papel que as cidades e as regiões desempenharam na formação e no desenvolvimento da sociedade industrial. A cultura, entendida como o sistema de crenças e códigos historicamente produzidos, está a ser transformada de maneira fundamental pelo novo sistema tecnológico. A sociedade actual baseia-se em conhecimento, organiza-se em torno de redes que interconectam os vários elementos das novas “cidades virtuais” e relaciona-se através de uma estrutura intensiva de fluxos informacionais.

O papel do Estado como prestador de serviços e como regulador de grande parte dos eventos da vida dos cidadãos e das empresas deve encontrar nas tecnologias da informação e comunicação uma grande oportunidade para transferir para a sociedade de forma massiva os benefícios da nova Era Digital.

Falta-nos ainda no nosso país uma cultura da liberdade e da responsabilidade cívica e temos ainda uma incapacidade efectiva de exercício dos direitos e de cumprimento dos deveres. Neste contexto as tecnologias apenas são capazes de ampliar tendências socio-culturais de exercício mais ou menos activo ou passivo de cidadania.

As relações entre o Estado e os cidadãos podem resumir-se em dois eixos com dimensões diferentes: No primeiro eixo chamado das "Relações Transaccionais" os assuntos poderão ir do "Interesse do Cidadão" (ou substantivo) ao "Interesse do Estado" (ou procedimental) e no segundo eixo chamado das "Relações Regulatórias" do lado da "Oferta" o Estado decide e o cidadão controla e do lado da "Procura" o cidadão decide e o Estado controla.

A sociedade de hoje coloca-nos problemas de exclusão maiores do que no século XIX e por isso é urgente reaprender novos conceitos de gestão pública. Tem de se aprender a trabalhar para as classes Z, Y e X ... em vez de se continuar a privilegiar canais de acesso que apenas as classes A, B e C ... podem alcançar. As tecnologias podem e devem prestar cada vez melhores serviços a todos os cidadãos independentemente das suas diferenças sociais, geracionais, culturais, geográficas, capacitivas, etc.

Cabe ao Estado, como garante da equidade e promotor do bem-estar para toda a sociedade, ajustar os meios tecnológicos e encontrar os media e as formas mais adequadas de apresentação aos diversos públicos que necessitam de informação clara e atempada para o exercício de cidadania e para a sustentação do desenvolvimento.

As bibliotecas, os clubes de bairro, as paróquias, os centros de dia e outros lugares públicos poderão desempenhar com a Internet o mesmo papel que nos anos 50 os cafés de aldeia desempenharam quando apareceu a televisão. Só que neste caso já não se trata de juntar multidões de espectadores passivos, mas de cidadãos activos e com direitos de escolha e opinião.

A penetração na Administração Pública dos novos instrumentos da sociedade da informação deve conduzir progressivamente ao empowerment do cidadão e à maior democraticidade nas suas relações com os poderes públicos. No entanto há que acautelar aspectos de natureza ergonómica (interfaces), tanto no domínio tecnológico como no tratamento da informação, visando o tão desejado "serviço universal".

Tem-se muitas vezes uma visão redutora da reforma do Estado, propondo-se a diminuição de direitos e garantias da sociedade por sermos incapazes de acelerar, electronicamente ou não, os processos administrativos. Acabar com licenciamentos, desintervir, desregular, etc. são formas de desburocratizar, que nalguns casos são caminhos sem retorno de restrição democrática e de redução dos direitos e garantias do cidadão. É cada vez mais necessário analisar as necessidades actuais de desburocratização e ao mesmo tempo de burocratização, pois hoje é possível tecnologicamente reburocratizar, de forma inteligente, processos críticos para a sociedade, mas que se consideram irremediavelmente descartáveis devido ao esforço, ao tempo e ao custo que acarretam devido à não utilização adequada de tecnologias.

Aqui ficam algumas recomendações:

  • É urgente que se proceda à inovação institucional para melhorar os relacionamentos entre o Estado e os Cidadãos no âmbito da Sociedade da Informação;
  • O Estado deve reorganizar-se para a intergovernação cooperativa, horizontal e participada pelos cidadãos, por forma a tornar transparente e responsável a actuação de cada órgão interveniente;
  • O Estado e as associações da sociedade civil devem encorajar os cidadãos para um papel cada vez mais activo de supervisão e controlo das políticas públicas;
  • Devem ser reforçados os direitos de autodeterminação informacional e de acesso à informação sobre todos assuntos relacionados com o exercício da cidadania activa em todos os eventos de vida dos cidadãos e agentes económicos;
  • Deve ser disponibilizada de forma acessível na Internet toda a legislação e documentos de política e em particular devem-se tornar claras as responsabilidades e competências de cada organismo e o seu grau de desempenho e produtividade.

Sinopse da intervenção no Primeiro Forum da Plataforma Activa da Sociedade Civil (PASC), “Conhecer, Agir e Mudar”, a 21 de Setembro de 2011 na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cidadania 2.0: novas ferramentas sociais ao serviço do diálogo em sociedade


Após o sucesso da edição inaugural em 2010, o Cidadania 2.0 está de volta com a 2ª edição já no próximo dia 13 de Outubro, em Lisboa. O evento pretende, mais uma vez, partilhar e debater exemplos onde as plataformas online (Facebook, Twitter, e outras) e as ferramentas sociais em geral (wikis, blogues, etc.) estão a ser usadas para melhorar o diálogo em sociedade e aumentar a participação activa dos cidadãos em torno dos grandes desafios.

Para esta nova edição estão já confirmadas as presenças de projectos como Irekia - Governo Aberto do País Basco (Espanha), Movimento Milénio (Portugal), Vote Na Web (Brasil) ou Cidades pela Retoma (Portugal), entre outros.

Mas o Cidadania 2.0 de 2011 traz também uma grande novidade: um espaço no programa para acolher apresentações de iniciativas, já implementadas ou ainda no papel, propostas pelos seus promotores mas escolhidas por votação pública no sitio web do evento.

A APDSI dá uma colaboração activa a este evento.

A participação no Cidadania 2.0 é gratuita, graças ao esforço da Knowman e ao apoio de parceiros. No entanto, a inscrição é obrigatória, podendo ser já feita em http://cidadania20.com/inscricao. Acompanhe todas as novidades no sitio do evento e também através do Twitter.


sábado, 10 de setembro de 2011

FAZER A HORA

Ao ler o post anterior não pude deixar de o associar à iniciativa seguinte (para que tive o privilégio de ser convidada como oradora) e pensar que isto não será apenas uma mera coincidência. Ainda bem que a dita Sociedade Civil (designação pela qual não morro de amores) está atenta. E penso que é útil as iniciativas saberem umas das outras. E ainda bem que se «está a fazer a hora» e não na «espera acontecer ...».

Conferência de Economia Social
 Conhecer o Presente. Confiar no Futuro
12-16 de Setembro de 2011
Fundação Cidade de Lisboa
  • Conceito(s) e História da Economia Social
  • A realidade em Portugal, na UE e no Mundo
  • A Legislação do Setor
  • Observatórios e Contas Satélite
  • As autarquias e a Economia Social
  • A Democratização da Economia Social
  • Os Desafios, a Inovação e o Empreendedorismo Social
  • O papel da Economia Social no Desenvolvimento do País

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fórum da PASC "Conhecer. Agir. Mudar"


A Plataforma Activa da Sociedade Civil (PASC) vai realizar o Fórum das Associações da Sociedade Civil no próximo dia 21, a partir das 10h30, no Grande Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.

Sob o mote "Conhecer. Agir. Mudar", a APDSI também vai participar nesta iniciativa que pretende debater a importância de uma Sociedade Civil organizada enquanto ponte e construtora de uma nova vida pública que inclua o futuro e a esperança.

A primeira mesa-redonda, intitulada "A Sociedade Civil e a Democracia do Futuro", vai contar com a presença de João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa.

À tarde, o debate vai andar à volta do tema "Sociedade Civil - Uma Agenda Social e Económica", no qual os participantes vão assumir um cenário de um Portugal daqui a três anos e como deverá o país preparar-se para o futuro, do ponto de vista social e económico.

Este é mais um evento no qual a PASC procura dar expressão a questões de interesse nacional, fazendo apelo à mobilização e consciencialização dos portugueses para uma cidadania activa e responsável, individual e colectiva.

Para mais informações ou para se inscrever contacte o secretariado da APDSI: secretariado@apdsi.pt

Programa:
Abertura - 10.30
João Salgueiro – Presidente do Conselho Geral da SEDES

1ªMesa Redonda - 11.30
A Sociedade Civil e a Democracia do Futuro

Estamos a viver a ideia de um presente que é decepcionante e poderemos estar a chegar a um ponto em que tudo nos pode parecer melhor do que esta realidade. Nesse momento, talvez possamos estar mais disponíveis para correr riscos. Numa ausência de passado e de futuro, a Sociedade Civil organizada pode ser uma ponte e a construtora de uma nova vida pública que inclua o futuro e a esperança.

Moderador:
João Palmeiro – Presidente da API – Associação Portuguesa de Imprensa
Participantes:
Fernanda Freitas – Jornalista, Coordenadora em Portugal do Ano Europeu do Voluntariado e apresentadora do Programa da RTP2- Sociedade Civil;
Dias Coelho - Presidente da APDSI- Associação Portuguesa para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação;
Rui Moreira - Presidente da Associação Comercial do Porto;
Rui Rangel - Presidente da Associação dos Juízes pela Cidadania

15.00h – Intervenção
Rocha de Matos – Presidente da Fundação AIP


2ª Mesa Redonda- 15.45h
Sociedade Civil - Uma Agenda Social e Económica
Assumindo um cenário em que Portugal consegue num horizonte temporal de três anos passar a fase aguda em que se encontra, como deverá o país preparar - se para o futuro, do ponto de vista social e económico.
Moderador:
Luís Campos e Cunha – Presidente do Conselho Coordenador da SEDES
Participantes:
João César das Neves – Professor de Economia
José Tavares - Professor de Economia
Alexandre Relvas – Administrador de Empresas

Propostas Finais PASC- 17.00h
Mendo Henriques - Presidente da Direcção do IDP
Maria Perpétua Rocha- Coordenadora PASC

Sessão de Encerramento
Rui Vilar- Presidente da Fundação Gulbenkian

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Primeira LInha de Eléctricos

Associemo-nos à efeméride através da bela ideia do GOOGLE na sua homepage de hoje que abre com aquela imagem: comemora-se o 110º aniversário da inauguração da primeira linha de carros eléctricos que liga o Cais do Sodré a Algés. E uma sugestão: é um belo passeio fazer aquela viagem (pode começar na magnífica  Praça do Comércio) em qualquer época do ano. Pequenos prazeres. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Prémio Eng. A. J. Simões Monteiro


Está a decorrer uma nova edição do Prémio Eng. A. J. Simões Monteiro. O prémio corresponde a uma homenagem dos colegas e amigos de António João Simões Monteiro na data de comemoração do 5º aniversário do seu desaparecimento (18 de Maio de 2007).

Este concurso visa premiar o melhor programa informático em desenvolvimento ou desenvolvido voluntária e gratuitamente para apoio a organizações de solidariedade social, realizado recentemente ou a realizar até Maio de 2012. O objectivo desta iniciativa é estimular e homenagear os que mais se dedicam e prestigiam a Engenharia Informática em Portugal com acções de voluntariado.

Serão admitidos a concurso, projectos ou programas de concepção e produção de conteúdo maioritariamente informático, que revelem um elevado nível tecnológico e de inovação. Os programas ou projectos deverão possuir grande valor acrescentado, sendo condição preferencial estarem em funcionamento ou previsto aplicar a curto prazo em uma ou mais organizações de solidariedade. O promotor ou os elementos da equipa promotora do projecto terão que ser, na sua maioria, Engenheiros portugueses.

O concurso está a decorrer até 31 de Março de 2012. A participação deverá ser formalizada através de apresentação, em mão ou por carta registada, à Ordem dos Engenheiros, Av. António Augusto de Aguiar, de um dossier de candidatura.

Preâmbulo

António João Simões Monteiro nasceu a 8 de Janeiro de 1943.

Licenciado em Engenharia Químico-Industrial pelo Instituto Superior Técnico, com Mestrado em Engenharia Química, pela Universidade de Kansas, e em Gestão de Projectos, pela Universidade Aberta, desde cedo dedicou a sua vida à defesa da Engenharia Informática em Portugal, tarefa que iniciou com a criação da Associação Portuguesa de Informática.

Foi docente do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, sendo aí responsável pelas cadeiras de Gestão de Sistemas de Informação e Aspectos Sócio-Profissionais da Informática.

O Eng. Simões Monteiro foi sócio fundador e Director-Geral da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI).

Era o actual Presidente da Amnistia Internacional Portugal, organização de defesa dos direitos humanos que, em 1981, ajudou a fundar. A sua vida sempre se pautou pelas causas sociais, sendo o seu lema "Direitos Humanos, sempre". Foi o representante português no Technical Committee 9 - "Informática e Sociedade", da International Federation for Information Processing (IFIP) e Membro da Comissão de Programa da fileira Telecooperação, 15th IFIP World Computer Congress, Viena/Budapeste, 1998.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

APDSI propõe medidas de combate ao desemprego em Portugal


A adequação dos sistemas educativos e de formação profissional, desenvolvendo as qualificações intelectuais dos trabalhadores, pode ser a chave para o aumento da inovação e da produtividade em Portugal. Esta foi a principal conclusão manifestada na 11ª tomada de posição do GAN apresentada publicamente na quinta-feira, dia 14 de Julho, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sob o tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação".

O Grupo de Alto Nível é composto por um pequeno número de membros convidados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

Para este resultado, o GAN da APDSI fez um enquadramento do estado do emprego em Portugal e da competitividade da economia nacional, para depois propor as diversas contribuições que a Sociedade da Informação (SI) pode dar no desenvolvimento económico social deste Portugal em crise. Tendo por base dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) e do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), o GAN verificou que os desempregados são, sobretudo, trabalhadores não qualificados (em todos os sectores, com um total de cerca 120 mil desempregados) e que os trabalhadores dos serviços e empregados de escritório também se contam entre os grupos profissionais com mais pessoas desempregadas (cerca de 70 mil e 56 mil, respectivamente). Confirma-se que o sector de serviços é o que mais tem sofrido com o desemprego, embora seja também aquele que absorve mais emprego.

Concluindo que «o aumento das exportações não poderá ser suportado numa desvalorização da moeda, nem tão pouco em salários baixos», esta 11ª tomada de posição do GAN aponta como caminho a seguir o da Sociedade da Informação: «Portugal tem a vantagem de integrar um espaço económico e político desenvolvido. Se nos focarmos num campo mais restrito das tecnologias de informação e comunicação, o Networked Readiness Index coloca-nos em 32º lugar, num total de 138 países».

Por outro lado, um estudo da OCDE mostra que Portugal, entre 1991 e 2001, estava no 29º lugar no ranking de produtividade entre 52 países. «A nossa baixa produtividade é, em grande parte, explicada pelo factor capital humano. Para obter elementos de riqueza numa economia é fundamental construir uma visão inspiradora e mobilizadora de toda a população, sustentada em programas claros de desenvolvimento. Há a absoluta necessidade de estratégias robustas e não uma mera colecção de acções avulsas, como é comum observar nalguns programas nacionais» aponta o GAN da APDSI nesta 11ª tomada de posição pública num período em que Portugal vive uma grave crise financeira (grande endividamento), económica (forte recessão) e social (elevado desemprego).

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

«Cloud Computing» na Administração Pública

Ao ler o artigo Federal Push for ‘Cloud’ Technology Faces Skepticism, interroguei-me sobre o que se estará a passar em Portugal. Por acaso, recentemente, numa acção de formação  em que o Cloud Computing fazia parte da agenda era manifesto que o assunto era mesmo novidade para a generalidade da assistêmcia. Ou seja, não dava sequer para cepticismo ou entusiasmo. Enfim, se calhar, como acontece com frequência, a táctica será: devagar, devagar, devagarinho ...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

“Mil Sócios para a APDSI”

A APDSI, associação sem fins lucrativos e que se dedica à promoção, debate, investigação e desenvolvimento da Sociedade da Informação e Conhecimento, cumpre um plano anual de actividades que visam dinamizar projectos de utilidade pública nesse âmbito. Contudo, este empenho e dedicação à promoção e desenvolvimento da Sociedade da Informação também depende de uma componente financeira que permita à APDSI dispor de um orçamento, utilizado de modo criterioso, tendo em vista a continuidade das suas actividades, assegurando a sua independência de pensamento e acção.

Por isso, convidamo-lo a juntar o seu nome à lista dos que contribuem ou a endereçar o seu convite a personalidades que se enquadrem no espírito subjacente à acção da APDSI.

Os sócios individuais da APDSI constituem o nosso capital humano, daí que a quotização tenha um carácter simbólico (30 euros por ano). Ao tornar-se sócio recebe, de imediato, um exemplar do livro “Do Plano Tecnológico à Agenda Digital - cinco anos de tomadas de posição do grupo de alto nível da APDSI”. Uma edição exclusiva da Associação, lançada no passado dia 17 de Maio.

Ao longo do ano os sócios da APDSI têm acesso a actividades restritas e condições especiais de participação em actividades promovidas por entidades parceiras da APDSI.

Mesmo que não esteja interessado em tornar-se sócio apoie-nos e seja crítico do nosso trabalho, através dos nossos sítios de redes sociais.

A inscrição pode ser feita aqui: http://bit.ly/iObTgk

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Prémio "Editorial APDSI – Sociedade da Informação" - Relativo a trabalhos de 2010


A APDSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, entidade impulsionadora do Prémio "Editorial APDSI – Sociedade da Informação", visa com este prémio distinguir os jornalistas que mais se destacaram no campo da investigação e produção de artigos, ou documentários, subordinados ao tema "Sociedade da Informação" em todas as suas dimensões. A Oracle Portugal é o patrocinador deste prémio.

De acordo com os regulamentos, os trabalhos apresentados a concurso têm que ter sido produzidos e publicados na imprensa portuguesa (nacional ou regional) e/ou no ciberespaço (em blogues ou em sítios jornalísticos na World Wide Web) entre 1 de Junho de 2010 e 31 de Maio de 2011 e as candidaturas devem ser entregues com data de recepção ou de carimbo dos CTT até 30 de Setembro de 2011, incluindo a identificação do autor, ou autores, (nome, morada, telefone, fax e e-mail), cópia da carteira profissional de Jornalista ou original de documento emitido pela instituição que frequenta, um exemplar da publicação na qual o artigo foi editado ou o apontador para o sítio, e o texto em formato electrónico.

As candidaturas poderão ser entregues ou enviadas para uma das seguintes entidades:

Logica
A/C Sónia Manuel
Lagoas Park – Edifício n.8
2740-244 PORTO SALVO

ou:
Oracle Portugal
A/C Luis Guimarães
Edifício 8
Lagoas Park
2740-244 Porto Salvo

ou:
APDSI
A/C Cristina Torres
Rua Alexandre Cabral, Nº2 C – Loja A
1600-803 Lisboa

Os critérios de avaliação que o Júri, constituído por sete elementos com elevado reconhecimento profissional, irá avaliar, englobam a capacidade de inovação, criatividade e descoberta na abordagem do tema, o contributo para a visibilidade e aplicabilidade dos benefícios da Sociedade da Informação, a relevância social, económica, cultural e tecnológica, a contextualização de impactos, e o grau de profundidade da investigação jornalística patente no trabalho.

Os vencedores, que recebem três mil euros no caso de serem distinguidos com o Prémio "Editorial APDSI – Sociedade da Informação", e mil e quinhentos euros no caso das Menções Honrosas, serão divulgados numa sessão pública em data a anunciar.

wikimania


É sabido que a Wikipedia tem muitos desafectos mas não é o meu caso. Reconheço as limitações, mesmo perigos, contudo as vantagens são, do meu ponto de vista, enormes.Com este ponto de partida dou aqui  conta da Wikimania conference de 2011, realizada há pouco, e penso que o lema organizador é inatacável: to create a world in which every single human being can freely share in the sum of all knowledge.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vulnerabilidades

«(...)
For better or worse, said Jonathan L. Zittrain, a Harvard Law School professor, securing the Internet has been largely left to private players — and even government information is increasingly guarded by private companies, whose actions can be difficult to monitor and hold accountable.(...)». Mais no NYT de hoje.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

«Outsourcing»

Nem tudo são rosas: veja The trouble with outsourcing.

 

APDSI defende que a Sociedade da Informação pode criar emprego

Nas análises feitas sobre desemprego e competitividade, o Grupo de Alto Nível (GAN) da APDSI mostra que Portugal não tem uma estratégia para a criação de emprego e para o aumento da competitividade e produção nacional.

Esta conclusão foi tornada pública na 11ª tomada de posição do GAN apresentada na passada quinta-feira, dia 14 de Julho, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sob o tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação". O GAN é composto por um pequeno número de membros seleccionados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

De entre as recomendações feitas neste documento pode ler-se que o crescimento económico deve ser inclusivo e sustentado no desenvolvimento técnico e na produção de novos serviços: «Na Sociedade da Informação a melhoria dos processos de produção, dos produtos e dos serviços resulta do aumento das actividades da informação e, consequentemente, do incremento do capital da informação numa aposta em computadores e redes, por exemplo, e do número de trabalhadores da informação, como engenheiros de hardware e software, arquitectos da informação, programadores e operadores, com importantes impactos na alteração da estrutura do emprego».

Esta posição do GAN é assente em quatro linhas de orientação. São elas: o incremento da quantidade de processos produtivos mais eficientes em termos de recursos (aumentar a qualidade dos sítios web e dinamizar as TIC), fomentar o crescimento inteligente (formação avançada em TIC), melhorar os serviços de informação pensando num mercado global (com a utilização de redes e banda larga) e fomentar o crescimento inclusivo (com programas de qualificação para a população activa).

Deste modo a APDSI deixou clara, nesta 11ª tomada de posição, a importância da Sociedade da Informação na criação de emprego: «Os produtos e serviços da Sociedade da Informação, oriundos do sector da informação, são importantes para a qualificação da população activa, para o aumento da capacidade de gestão dos processos produtivos e para o progresso técnico. São estas variáveis que favorecem o aumento da produtividade e da competitividade dos sectores económicos, nomeadamente dos sectores produtores de bens transaccionáveis para exportação».

A APDSI demonstrou a sua preocupação face à urgência de resolução do problema do endividamento mas entende que o futuro passa por uma estratégia que coloque Portugal no caminho do desenvolvimento económico e social.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Portugueses conquistam pela terceira vez medalhas nas Olimpíadas de Informática


Terminou no passado dia 29 de Julho, na cidade de Pattaya (Tailândia), a 23ª edição das Olimpíadas Internacionais de Informática (IOI) que contou com a participação de 302 alunos de escolas secundárias, provenientes de mais de 70 países. Propostas inicialmente numa reunião da UNESCO, as Olimpíadas Internacionais são um dos mais prestigiados concursos de programação em todo o mundo. Em dois dias de prova (cada um com a duração de 5 horas) os alunos criam programas de computador (em C, C++ ou Pascal) destinados a resolver o conjunto de problemas proposto (3 em cada dia de prova), de natureza algorítmica, e baseados em problemas da vida real com aplicação prática.

Este ano os alunos tiveram, por exemplo, de criar programas para tarefas como: descobrir o melhor percurso possível para realizar uma corrida nas ruas de uma cidade, descobrir o menor caminho para sair de um labirinto, calcular o melhor local para armazenar um depósito de arroz de maneira a minimizar a distância aos arrozais ou a melhor maneira de tirar fotos a um grupo de elefantes. Os programas dos alunos são, depois, submetidos a vários testes de diferentes dificuldades, sendo que a sua correcção e eficiência é avaliada de forma automática e atribuída uma pontuação em função do número de testes correctos respondidos em tempo útil. Para além da competição em si, as IOI proporcionaram uma inesquecível experiência social a todos os participantes, com um programa que incluiu, também, uma visita a um jardim tropical, um espectáculo de elefantes, uma exibição de danças típicas e uma demonstração de artes marciais tailandesas.

Desde 1992 que Portugal participa neste evento, enviando os seus melhores alunos seleccionados através das Olimpíadas Nacionais de Informática, organizadas, actualmente, pela APDSI. A prova está aberta a todos os alunos portugueses com menos de 20 anos e que ainda não frequentem um curso universitário. Este ano a delegação portuguesa foi constituída por:

- Alunos
Rodrigo Gomes (na foto em cima), 12º ano da Escola Secundária Vitoriano Nemésio (Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores);
Pedro Paredes, 11º ano da Escola Secundária de Avelar Brotero (Coimbra);
Mauro Mesquita, 11º ano da Escola Secundária Eça de Queirós (Póvoa de Varzim);
Afonso Santos, 9º ano da Escola Técnica e Liceal de Santo António do Estoril (Estoril).

- Líderes
Pedro Ribeiro - Delegation Leader (DCC-FCUP Universidade do Porto).

Nestas Olimpíadas a alocação de medalhas funcionou de maneira diferente da que vinha sendo habitual, sendo que, no final das Olimpíadas, apenas o aluno que fique na metade cimeira da classificação obtém uma medalha. A competição é muito apertada e levada muito a sério em países como a China, Estados Unidos ou Polónia, onde os alunos se preparam durante um ou mais anos quase exclusivamente para as Olimpíadas, sendo verdadeiros atletas de alta competição. Em Portugal os recursos são mais escassos e a preparação é feita sem os alunos deixarem de seguir o seu normal percurso curricular nas respectivas escolas, em programas que não tocam sequer no tipo de conhecimentos mais avançados que são necessários para umas Olimpíadas desta natureza. Normalmente os representantes portugueses são auto-didactas com gosto pela programação e pela descoberta de algoritmos e estruturas de dados eficientes.

Portugal tinha conquistado duas medalhas de bronze: uma em 2002, na Coreia do Sul, por David Rodrigues (Canas de Senhorim), e outra em 2009, na Bulgária, por Pedro Abreu (Madeira).

Tendo partido para a Tailândia com o objectivo de conquistar novamente uma medalha, a comitiva portuguesa viu os seus intentos serem alcançados. Na cerimónia de encerramento o aluno Rodrigo Gomes recebeu uma medalha de bronze que premiou os seus 323 pontos obtidos nos 2 dias de prova (num máximo de 600), o que lhe deu um 117º lugar na geral (num total de 302 participantes), o melhor resultado individual de sempre por parte de um aluno português, depois do 119º lugar obtido por Pedro Abreu em 2009.

Durante as IOI foram também entregues os prémios correspondentes ao Concurso Ibero-Americano de Informática por Correspondência (CIIC), uma prova internacional destinada a preparar os melhores alunos vários países da América Latina da Península Ibérica para as IOI. Os melhores alunos das Olimpíadas Nacionais representaram Portugal no CIIC e os resultados foram os seguintes:

2 Medalhas de Bronze:
Rodrigo Gomes, 12º ano da Escola Secundária Vitoriano Nemésio (Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores);
Pedro Paredes, 11º ano da Escola Secundária de Avelar Brotero (Coimbra).

1 Menção Honrosa:
João Ramos, 11º ano da Escola Secundária de Avelar Brotero (Coimbra).

Em 2012 teremos nova edição das Olimpíadas Nacionais de Informática, disputada em várias fases de selecção, e culminando na selecção dos alunos que irão representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Informática, que se irão realizar em Setembro de 2012, em Itália.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Cibernética ao serviço da administração pública e da sociedade

Muitos dos processos da AP podem incluir algoritmia e as tecnologias podem ser um tipo de regulação automática (cibernética), que o ser humano sozinho é incapaz de desempenhar apenas com recurso ao processo normativo. Talvez esta seja a única forma de salvar os valores do serviço público.
Tal como as tecnologias da informação, a burocracia não deixa de ser uma forma de regulação e de fecho do sistema através de regras e procedimentos facilmente incorporáveis em algoritmos e processos automáticos de tomada de decisão. A burocracia e a regulação, tal como as tecnologias, apenas reduzem a margem de incerteza e arbitrariedade através da construção de modelos da realidade e de recondução à legalidade.
“A integração e o apoio dos agentes na modernização administrativa não é uma questão de mentalidade, mas de processos, de competências, de autonomias e, ainda, de formas de participação e negociação.” (Mozzicafreddo, 2001), mas se as competências e a participação são baixas e as autonomias estão mal reguladas no nosso país, só nos resta mexer nos processos de uma forma neo-burocrática e respeitadora das competências de pessoas e máquinas.
A introdução de simuladores de cálculo do IRS, dos subsídios de arrendamento jovem, e outros no Infocid durante os anos 90 e mais recentemente algumas iniciativas no género no âmbito do SIMPLEX, são formas intencionais de acabar com divergências na interpretação da lei e de criar uma “verdade” informática no processo decisório, baseada em algoritmos suficientemente “fechados” e “definitivos”, para não permitirem arbitrariedades nos processos.
Neste momento quero estar mais no campo da ciência do que na ideologia. Infelizmente a participação no nosso pais mais parece ser uma questão de fé do que uma realidade.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

APDSI acredita que a Sociedade da Informação pode ajudar no combate à crise

Qualidade de vida no emprego, qualificação profissional e competitividade económica são possíveis mesmo em tempo de crise financeira (grande endividamento), económica (forte recessão) e social (elevado desemprego). Esta foi a convicção demonstrada na 11ª tomada de posição do GAN apresentada publicamente nesta quinta-feira, dia 14, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sob o tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação". O Grupo de Alto Nível da APDSI defendeu que o recurso a instrumentos da Sociedade da Informação permite a expansão económica, mesmo em contexto difícil, sem haver perdas de postos de trabalho.

Para que tal aconteça, o GAN recomenda que sejam desenvolvidas políticas de incentivo ao aumento da produtividade: «As economias nacionais deveriam ter mecanismos de política para o aumento da qualidade do emprego. Assim, poderíamos perguntar qual é a relação que pode existir entre "crescimento" da economia e "dinâmicas" dos mercados de emprego? Provavelmente, essa relação também passará, em Portugal, por políticas de incentivo ao aumento da produtividade. Essa é a única opção estratégica em período de recessão económica, com menor impacto negativo em termos sociais».

O GAN é composto por um pequeno número de membros seleccionados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

APDSI apresenta tomada de posição pública sobre Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação


O tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação" foi o escolhido pelo GAN (Grupo de Alto Nível) para a sua 11ª tomada de posição apresentada publicamente nesta quinta-feira, dia 14, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

Para esta tomada de posição, o GAN analisou, em primeiro lugar, o estado do emprego em Portugal e a competitividade da economia nacional, para depois propor as diversas contribuições que a Sociedade da Informação (SI) pode dar. Tendo em conta o quadro da Agenda Digital e da Estratégia Europa 2020, o GAN preocupou-se, também, em enfatizar que se pode potenciar a competitividade portuguesa, recorrendo à SI em áreas tão distintas como a agricultura, a indústria e serviços.

«Questões chave da estratégia de crescimento são a determinação das necessidades de trabalhadores da informação e a determinação das necessidades de requalificação de trabalhadores que se convertem em trabalhadores da informação. Uma outra questão chave é a adequação dos sistemas educativos e de formação profissional de modo a fornecer qualificações intelectuais cada vez maiores exigidas aos trabalhadores da informação» afirma o GAN.

Esta 11ª tomada de posição do GAN ocorre num período em que Portugal vive uma grave crise financeira (grande endividamento), económica (forte recessão) e social (elevado desemprego).

O GAN é composto por um pequeno número de membros seleccionados individualmente pela direcção da APDSI, colocando o seu conhecimento e experiência ao serviço da comunidade nacional.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Posição do GAN: Emprego, Competitividade e SI

O tema "Emprego, Competitividade e Sociedade da Informação" foi o escolhido pelo GAN (Grupo de Alto Nível) para a próxima tomada de posição que será apresentada na quinta-feira, dia 14, às 11h00, na Sala do Senado da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

Esta 11ª tomada de posição do GAN ocorre num período em que Portugal vive uma grave crise financeira, económica e social e em que, na sequência das eleições legislativas de 5 de Junho de 2011, iniciou funções o novo Governo Constitucional, o qual tem por missão dar cumprimento aos acordos estabelecidos entre o Governo, a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.

Faça a sua inscrição de forma gratuita, mas obrigatória, através do email: secretariado@apdsi.pt.